31 de dezembro de 2011

Passado. Futuro. Presente


“Eu preciso escrever um último texto”, pensei. Sim, preciso mesmo, só não sei o que colocar nesse último texto. Talvez transformar em palavras o que se passa no meu coração... Sim, acho que é uma boa forma de “terminar” o ano.
Podemos pensar, talvez, no ano novo assim, metaforicamente:
Uma união entre o Passado e o Futuro. Um ano que fica e outro que começa.
Comemoramos a passagem à meia noite, que também pode ser chamada de vinte e quatro horas. Sendo assim, tal horário, em ponto, nem um segundo a mais ou a menos, pertence, também, ao Passado e ao Futuro, pertence a ambos os anos. Será que poderia ser chamado de Presente?
Poderia sim, no instante em que estivermos na meia noite, é o Presente, mas é um Presente diferente, talvez.
Na verdade, todo Presente é uma união de Passado e Futuro, mas, simbolicamente, este Presente é diferente. É a passagem de um ano para o outro, de uma fase para a outra, é uma nova oportunidade de reinventarmos a nossa vida. Sim, eu sei, podemos fazer isso em qualquer outra época do ano, mas, nesta, os sentimentos de felicidade emanam por todos os lados e, assim, somos contagiados por eles, pela alegria, desejos de paz, saúde e sucesso e, dessa forma, sentimos com mais intensidade a vontade de mudar que fica latente durante o resto do ano.
Vontade sem ação, porém, é desejo latente que nunca se transformará em realidade.
Agora, enquanto escrevo, estou onde não queria estar. Queria, neste instante, estar segurando a mão da mulher que mais amo nessa vida, sentir os dedos pequenos dela em vota dos meus, seu cheiro chegando até mim, o calor do seu corpo, o som da sua voz, da sua risada, a intensidade do seu amor. Mas não, estou em casa, e a culpa é totalmente minha.
Este ano que termina foi bom para mim. Muitas coisas boas aconteceram, muitas mesmo. Sonhos, desejos, felicidade, tudo isso fez parte da minha realidade.
Quando chegar o instante do Presente da meia noite, pedirei, desejarei, farei a mais intensa prece para que tudo isso possa continuar na minha vida neste próximo ano, que a minha realidade possa ser cada vez mais e mais feliz, que meus sonhos possam continuar sendo reais na minha vida, se realizando cada vez mais e que, quando chegar esta mesma época do ano, eu possa estar no lugar onde meu coração também está, ao lado dela, não importa onde.
Por isso, usarei essa união de Passado e Presente, todas elas, todas as que estão por vir, da melhor forma possível, aceitarei o presente dos Presentes de Deus de braços abertos e farei deles o meu melhor, me esforçarei ao máximo pela minha felicidade, e também pela dos que me cercam.
Não sei exatamente o que mais escrever...
Meu coração se aperta de uma saudade tão grande que fica difícil tentar descrever ou explicar. Nem mesmo esta tão bela e única palavra do nosso idioma, saudade, pode definir o tamanho do que sinto dentro de mim, pode expressar a dor que esse sentimento está me causando, dor maior por saber que fui eu quem o causou.
Mas tudo bem. 2012 será diferente, pois os velhos erros ficarão sim para trás, porque eu acredito sim em Deus, sei que ele está ao meu lado, ele e meus tantos amigos do lado de lá, me ajudando a dar cada passo, a traçar cada caminho e então percorrê-lo.
Quais meus maiores desejos para este ano?
- Passar este ano inteiro ao lado da garota/ mulher que mais me fez feliz na vida, que me ensinou o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, que me tornou homem, que me ensinou e me fez crescer, amadurecer. Passar este ano e também o próximo, e outro, e outro, e todos os que virão.
- Divulgar cada vez mais meu livro, minha história, meu maior sonhos. Que ele possa chegar a cada vez mais pessoas, que cada vez mais pessoas possam conhecê-lo, que eu consiga lançar o segundo e ele seja também um sucesso e que eu consiga passar a verdadeira mensagem que quero passar com esta história.
Resumindo, estes são meus maiores sonhos.
Que Deus me ajude a concretizá-los.

29 de dezembro de 2011

Novo fim de um ano velho


Vinte e nove de dezembro de dois mil e onze.

Antepenúltimo dia do ano. Véspera da véspera do fim. Dois mil e onze, sim, chegou ao fim.

Mais um ano que passou voando, como têm sido os últimos que vivi. Lembro perfeitamente que antes os anos não passavam assim, tão rápido. Piscamos, e então Janeiro acabou e a faculdade está aí de novo. Respiramos e já estamos de férias (tirando as semanas das provas, que passam na velocidade de décadas inteiras). Quando, enfim, exalamos o ar, já estamos em dezembro novamente (passando mais algumas vezes pela estranha distorção de tempo causado pelas provas).

Foi assim com esse ano, com o ano passado e com o que veio antes e o outro.

Até pouquíssimo tempo atrás eu tinha dezesseis anos e quinhentos reais no bolso pelo meu primeiro emprego. Num tempo que não pareceu durar mais que um ano e pouco, já tenho vinte (pelo menos o dinheiro cresceu junto com a idade).

O mais impressionante, porém, não é o tempo de anos que se espreme numa concepção de meses, mas sim os acontecimentos desses anos espremidos em meses que pareceram precisar de décadas para se desenrolar. Não por que se arrastaram, mas sim pela imensa quantidade de coisas que aconteceram comigo nesse tempo. Realmente muita coisa, muito aprendizado, muitas mudanças, muito amadurecimento.

O Gustavo de dezesseis anos com certeza não conseguia imaginar como seria o Gustavo de vinte.

Mas é inevitável, o tempo passa e, por mais batida que essa frase já seja, cabe a nós decidir o que fazer com ele.

Mas porque desanimar com o fim de dois mil e onze? 2012 está logo aí! E, com certeza, será muito melhor que 2011, afinal, temos um grande evento mundial para acontecer! E, melhor ainda, não acontecerá no Brasil, já que não temos estrutura pra um evento desse porte. Assim, poderemos assistir ao fim do mundo de camarote ;D hehe (Ok, parei).

No fim de 2010 combinei com uma pessoa que mudou a minha vida: “2011 vais ser o nosso ano, não vai? Vamos fazê-lo valer a pena, não vamos? Será o melhor ano das nossas vidas”.

E foi. Muitos percalços, problemas, dúvidas, medos, mais problemas, choro e tudo o mais, mas muito amor, paixão, prazer, alegria, felicidade, amizade e outras muitas coisas boas mais. Um equívoco no meio do caminho também, mas que está sendo corrigido a tempo.

Agora, aproveito pra refazer a proposta do ano passado para tal pessoa: 2012 será ainda melhor que 2011, não será? Muito melhor por que não iremos cometer os erros que cometemos em 2011, por que os erros são para isso mesmo, para aprendermos a não cometê-los novamente.

2012, eu tenho certeza, será muito melhor que 2011. E sabe por quê? Porque eu quero que seja. Porque eu vou fazer com que seja, porque vou fazer de tudo pra manter a linha de bons acontecimentos de 2011, onde tantas coisas mudaram na minha vida, coisas demais mesmo.

Continuarei fazendo meus sonhos virarem realidade, continuarei amando e ainda mais que antes, continuarei apaixonado, manterei as amizades, farei outras novas como já estou fazendo...

Sinto pela segunda vez que o próximo ano valerá à pena, e muito à pena, porque a primeira e última vez que senti isso, foi no final de 2010. Com certeza muitas surpresas me esperam, porque vou trabalhar para que elas apareçam.

Antes eu dizia que nada de diferente acontecia comigo. É claro que não, eu não estava aberto a isso, não acreditava que podiam acontecer. Hoje eu acredito. E sabe o melhor? Elas acontecem.

Por que você não faz, então, seu 2012 ser da forma que você quer que seja? Por que, sim, nós podemos fazer cada dia nosso ser da forma como desejamos e, de dia em dia, construímos um ano. Eu construí o 2011 que eu quis e farei o mesmo com o próximo ano. E você, vai também?

E você? (E esse você é muito mais específico) Quer construir um 2012 perfeito comigo?

O grande vilão da escolha é a indecisão. Ou talvez ambos sejam antônimos, não inimigos. O fato é que a indecisão nos impede de fazer escolhas, ou então de tentar escolher mais de uma coisa.

Escolhas são caminhos. Quando escolhemos algo, trilhamos um caminho. Se escolhemos dois algos, tentamos percorrer dois caminhos. O problema disso é que, invariavelmente, uma hora ou outra, tais caminhos vão se separar e então teremos que escolher um deles. Se não escolhermos, então estaremos escolhendo um terceiro caminho.

Esse terceiro, porém, percorreremos, inevitavelmente, sós.

A Mão Esquerda de Deus

Título: A Mão Esquerda de Deus
Autor: Paul Hoffman
Editora: Suma de Letras
Páginas: 327
Skoob: Livro

"Preste atenção. O Santuário dos Redentores no Penhasco de Shotover deve seu nome a uma grande mentira, pois há pouca redenção naquele lugar e ele tampouco serve de refúgio divino".

É com esse alerta que o inglês Paul Hoffman começa A Mão Esquerda de Deus, um livro sombrio e cheio de mistério. Estréia do autor no romance aventura, a obra vem sendo divulgada no exterior como um "novo Harry Potter", muito embora o autor não recorra a elementos sobrenaturais nem raças não-humanas em sua narrativa.

O cenário da trama é desolador. Habitado por meninos que foram levados para lá muito novos e geralmente contra a sua vontade, o Santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. Lá, esses milhares de garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. A intenção dos Lordes Opressores, os monges que protegem o lugar, é fortalecer os internos tanto física quanto emocionalmente, preparando-os para uma monstruosa guerra entre o bem e o mal.

Entre os jovens está Thomas Cale. Não se sabe ao certo se ele tem 14 ou 15 anos ou como foi parar ali. O que se sabe é que Thomas tem uma capacidade incomum de matar pessoas e organizar estratégias de combate. Essas poderosas habilidades serão colocadas à prova quando ele e dois amigos testemunham um brutal assassinato entre os corredores labirínticos da prisão. A visão do crime dá início a uma perseguição desesperadora e, finalmente fora dos muros do monastério, Cale irá compreender a extensão da crueldade dos lordes e a verdadeira origem de seu poder.

Um livro que, à primeira vista, já chama atenção por diferentes aspectos. Sua capa é bem trabalhada, sombria. Um homem encapuzado com uma espada na mão sob o título “A Mão Esquerda de Deus” só pode sugerir, no mínimo, uma história de uma ação mais “macabra”, com certa maldade. Na cultura humana, o “esquerdo” sempre foi visto como o errado, o mal, o que vai contra a ordem e coisas assim. Os maiores homens de um rei são suas mãos direitas, não as esquerdas. As palavras “A Mão Esquerda” já nos induzem a pensar que esta mão está longe do que diríamos ser certo, ético, justo ou até mesmo bom. E Cale, a personagem principal da história, muitas vezes se encaixa nesse conceito.

A ideia geral da série é boa, criativa e original. No início, pensa-se que o mundo é uma coisa, para, um pouco depois, perceber-se que ele bem maior que aquilo. Nas primeiras páginas, o autor nos faz pensar que o mundo inteiro é dominado pelos Redentores e está em uma guerra mundial contra os Antagonistas, mas depois vemos que não é isso, que a guerra não é tão grande assim e o mundo é muito maior.

Eu, quando percebi isso, desencantei um pouco. Talvez a trama seja mais bem trabalhada do que foi expresso neste primeiro livro, mas, por enquanto, não parece.

Ao contrário de personagens de outros livros, como Eragon e Herdeiros da Luz, onde vemos as personagens aprendendo tudo, ou O Senhor dos Anéis, onde Frodo não faz o tipo clássico de herói, Thomas Cale já começa, no livro, sendo um perfeito e cruel assassino.

Porém, como os outros, ainda e jovem e apresenta seus dilemas, não sendo assim tão desprovido de emoção como tentaram fazer dele. Por mais que o instinto de sobrevivência fale alto, ele não abandona seus amigos quando precisaram dele.

Duas coisas, porém, me incomodaram substancialmente na história.

Uma delas é o romance dele com uma “princesa”. Nada contra o amor entre um plebeu e uma pessoa da corte, o problema foi como tudo aconteceu: rápido demais. Em um momento, ela o repudiava, no outro, estavam perdidamente apaixonados deitados nus em uma cama. Acho que faltou desenvolver um pouco mais esse relacionamento.

Outra coisa, e essa coisa me incomodou muito mais, foi a guerra que aconteceu.

Hoffman conseguiu estabelecer uma estratégia de deslocamento de exércitos muito boa, mas, quando a batalha realmente aconteceu, pecou demais.

Geralmente os melhores e mais bem treinados exércitos são também os mais disciplinados, mas ele conseguiu aliar excelência com indisciplina, e, num exército, essas duas coisas não se encaixam.

Segundo que o general que comandou o exército, por mais que não seja o “principal”, comportou-se como uma criança jogando “War”.

É simplesmente impossível, em todo e qualquer sentido, que a guerra acontecesse da forma como aconteceu. Impossível. Números, por mais que não sejam o mais importante, são definitivos quando a proporção é de quarenta mil contra dois mil. É simplesmente impossível os dois mil ganharem dos quarenta mil quando todos os envolvidos são simples humanos sem nenhuma habilidade especial. Acredito que ele também precisa rever o conceito de vantagem num campo de batalha. Em um campo de batalha direto, exército contra exército, não faz diferença você esperar o oponente chegar até você ou avançar para ele se você não tiver alguma armadilha pronta e, definitivamente, ficar observando enquanto oponente põe em prática uma estratégia bem na frente do seu exército, não é a melhor atitude a se tomar.

Num conceito geral, dando uma nota de um a cinco, eu o classificaria com três. O texto é bem trabalhado e as personagens bem definidas, ainda que em alguns casos algumas pareçam ter mais de uma personalidade, mas não de uma forma proposital.

Um livro bom de se ler, envolvente, mas espero que a continuação faça-o valer mais à pena.

28 de dezembro de 2011

O Mochileiro das Galáxias – A Série


Títulos: O Guia do Mochileiro das Galáxias; O Restaurante no Fim do Universo; A Vida, o Universo e Tudo Mais; Até Mais e Obrigado Pelos Peixe; Praticamente Inofensiva; E Tem Outra Coisa.
Autor: Douglas Adams
Série: O Mochileiro das Galáxias
Editora: Sextante
Skoob: Livros

Sinopse “O Guia do Mochileiro das Galáxias”

Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.

Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

Definindo em uma palavra?

Fascinante.

Uma primeira dica? Se você abomina coisas “nerds”, nem comece a ler estes livros, pois fascinante será a última coisa que você vai achar da série.

Quando peguei o primeiro volume para ler, não sabia o que esperar dele a não ser um pequeno trecho sobre as toalhas (item indispensável e, talvez, o mais importante, para um mochileiro das galáxias) que um amigo me mostrou. Ali já vi que o livro seria bem brisado.

Mas, como gosto de coisas brisadas, me joguei de cabeça.

A cada página virada eu me surpreendia uma vez mais (ou muitas), com as ideias fantásticas e absurdas que Adams desenvolveu. Analisando-as por si só, qualquer um diria que são coisas ridículas demais até mesmo para se colocar em um livro de ficção, e talvez seriam, se não tivessem sido escritas por Douglas “Gênio” Adams. Sim, o cara é um gênio.

Como diz na contra capa, sua genialidade é cômica e, mesmo que algumas piadas apenas ingleses entenderiam, podemos rir com muitas outras.

A forma como ele escreveu suas brisas faz com que elas deixem de ser idiotas e passem a se tornar fascinantes, como criar um gerador de improbabilidade infinita através de uma máquina de café (se não me engano) e outras coisas totalmente sem sentido ou explicação que apenas deixam a série ainda mais interessante.

Às vezes a leitura é difícil, mas não por que o texto é maçante, mas sim porque as ideias explicadas são bem complexas.

Ele viajou pelo mundo da física e da matemática e conseguiu trazê-los brilhantemente para o universo literário, criando desde naves que podem estar em qualquer ponto do universo ao mesmo tempo até outras que viajam através de cálculos feitos no caderninho de um garçom de restaurante, pois a matemática gastronômica difere totalmente suas regras da matemática comum.

As personagens são fantásticas.

Arthur Dent, a personagem principal, parecendo ser bem lerdo no começo, se mostra extremamente engraçado no decorrer dos livros, e até mesmo inteligente depois. Ford Prefect parecia mais comum no começo, mas apenas até colocar suas mangas de fora e mostrar o verdadeiro Ford, ironicamente hilário, corajoso e medroso, calmo (no começo) e irritadiço. Zaphod Beblebroox e suas duas cabeças e, provavelmente, a personagem mais exótica da história, mas desaparece misteriosamente da trama no terceiro livro. Alguns dizem que os outros dois livros, sem ele, perdem a graça, mas eu achei que o quarto livro, mesmo com uma quantidade reduzidíssima de personagens em relação aos outros, ficou ótimo também. E não podemos esquecer Marvin, o robô depressivo que, no começo, pensa-se que não será de grande importância pra história, mas acaba participando mais do que significativamente de tudo e, mesmo ele sendo bem chato, acaba-se sentindo certo afeto por ele no seu fim.

Não me estenderei mais. Só se pode ter uma real noção de como é essa série, lendo-a. Posso dizer que é, novamente, fascinante, empolgante, muito brisada, muito engraçada, cheia de ação, reviravoltas inimagináveis e outras coisas mais, mas, se quiser realmente ir para outros mundos, pegue estes livros e leia.

Algumas nuvens e a esperança


As nuvens se espalham pelo céu disformemente, em alguns pontos, evanescendo-se completamente, em outros, cobrindo-o por inteiro, de uma forma acinzentada, quase como um início de tristeza.

Em outros pontos elas projetam-se baixas e brancas, esparsas em tantos outros. Lá, onde o halo dourado brilha, elas cobrem tudo. Ou quase tudo.

Uma fenda entre elas expõe a luz do nosso belo Sol para nós, mortais, aqui embaixo.

Os raios furam a cobertura vaporosa como flechas brilhantes e translúcidas, raios de esperança, tomando forma através da névoa que se forma como resquício das nuvens, quilômetros e mais quilômetros acima do chão, gerando uma cortina dourada de pura luz, uma cena extremamente bela de se ver por entre as casas e prédios. Cena que provavelmente pouquíssimos se deram o trabalho de observar.

Não importa quão densa seja a escuridão, quão difícil possa parecer uma missão, a Luz sempre encontra seu jeito de chegar até nós.

27 de dezembro de 2011

E o mundo das escolhas mostra sua cara novamente


Acho que estou um pouco perdido.

Não por que não sei o que quero (nos últimos tempos, essa coisa, saber o que quero, ficou um tanto confusa na minha mente).

Estou por que tenho medo de não poder conseguir.

Várias vezes, já falei sobre as escolhas, que devemos sempre tomá-las da melhor forma possível, nunca escolher não escolher nada. Escolher muitas coisas também não é muito bom.

Cada escolha é um passo que damos, um novo caminho pelo qual enveredamos e, como acontece com todos os caminhos, nenhum é igual ao outro. Cada escolha nossa nos faz passar por uma bifurcação, muitas vezes uma bifurcação com dezenas de outros possíveis caminhos. Como saber qual é o melhor?

Eu poderia dizer “esse é o fato, não temos como saber”, por que foi a primeira coisa que veio na minha mente, mas não é verdade. Temos como saber, pois eu soube, eu sabia, só não quis ver.

Sempre temos como saber. E não é nossa razão quem vai dizer. E não, também não são os sentimentos. Quem nos diz o caminho certo a seguir é o instinto.

O instinto bem direcionado (não estou falando de instinto animal, mas não vou me aprofundar no assunto. O tema deste texto é outro) sempre está certo.

Ouvi meu instinto. Não o segui.

Sempre podemos voltar atrás em nossas escolhas. Refazer o caminho de volta, todos os quilômetros que já andamos. Às vezes não conseguimos voltar até o ponto daquela escolha, voltar por todo o labirinto de nossas ações e voltar ao ponto zero, mas às vezes, sim.

Porém, assim como podemos voltar atrás nas escolhas, não podemos com as consequências dessas escolhas. Essas, a partir do momento que foram geradas, não tem mais volta. Aconteceram e nada que possamos fazer poderá desaparecer com elas. As consequências, às vezes, não tem mais volta.

Escolhas sempre geram amadurecimento, pois estamos sempre evoluindo, e esse amadurecimento é sempre necessário. Necessário, sim, mas os caminho a se percorrer para chegar até ele são inúmeros, e podem tanto passar pelo amor, quanto pela dor.

Nós, seres humanos racionais e emocionais, burros que somos, invariavelmente escolhemos o caminho da dor.

Se usássemos o instinto junto com esses dois outros aspectos fundamentais da nossa essência, poderíamos ter uma probabilidade maior de escolher o caminho do amor.

Sabe um bom motivo para usarmos a razão para tomarmos uma decisão? Orgulho. Orgulho de “pensarmos com a cabeça”. “Eu não penso com o coração, sigo sempre a razão em primeiro lugar”, diriam alguns por aí, ou então “sou extremamente emocional, sigo sempre meu coração”, ou até alguém que juntasse as duas frases, mas sempre se esquecendo do instinto. Esse instinto fez falta em algumas decisões minhas, pois me encaixo, geralmente, no último grupo, e, por fazer parte dele, posso dizer que talvez as escolhas tomadas por nós geram as consequências mais dolorosas.

Bem, mas como eu disse, as consequências estão aí, nada podemos fazer para desaparecer com elas. O negócio agora é trabalhá-las da melhor forma possível, pois as escolhas foram novamente tomadas, para não serem mais modificadas.

Só espero que determinação e força de vontade, aliadas ao sentimento, sejam suficientes. Se não for... bem... as consequências estão aí.

26 de dezembro de 2011

Resenha: As Crônicas de Gelo e Fogo - A Guerra dos Tronos

Título: As Crônicas de Gelo e Fogo – A Guerra dos Tronos
Autor: George R. R. Martin
Série:
Editora: Leya
Páginas: 592
Skoob: Livro
Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha - uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal - a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia. Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
Fantástico.
Com certeza uma ótima palavra para descrever esse primeiro livro da Série “A Guerra dos Tronos”.
Confesso que demorei muito para lê-lo (o tenho a mais de um ano), e quase me arrependo disso, mas valeu à pena. No início, a leitura foi um tanto entediante. Avancei quase duzentas páginas em um ano, parando por meses de lê-lo. Me dispus a terminá-lo há pouco tempo e o esforço valeu muito.
Em mais algumas páginas, me vi completamente preso à história, sem conseguir parar de ler. Em três dias devorei mais de trezentas páginas.
Martin escreve impressionantemente bem e, na capa, comparam-no à Tolkien, dizendo que é a história fantástica mais importante desde o conto de Bilbo. Sinceramente, eu concordo. Porém, não concordarei com aqueles que disserem que ele é melhor que Tolkien. Um gênio, sim, mas não melhor.
Sua escrita é detalhista, mas sem se tornar maçante, e os detalhes são fundamentais nessa história cheia de mentiras, intrigas e sangue, mostrando faces reais da natureza humana sem reviravoltas mágicas onde o bem prevalece. Aqui, o bem também morre cruelmente.
A história começa contando a vida dos Stark, senhores de Winterfell, reino gelado do Norte, comandados por Ned Stark, até que este se vê obrigado a ir para a corte como a Mão do Rei, e é aí que tudo começa.
Uma conspiração dos Lannister, família da Rainha, quer tomar o trono dos Sete Reinos e não medirão esforços, crueldade ou derramamento de sangue para que isso aconteça.
Porém, a história é ainda mais detalhada do que isso. Enquanto, no Sul, a guerra dos tronos se desenrola no longo verão de quase uma década, o inverno vai chegando a partir do Norte, um inverno que promete ser longo e cruel e, junto com ele, Os Outros parecem estar de volta. Criaturas malignas da noite invernal, desprovidas de misericórdia, desprovidas de vida, e que imaginava-se estarem extintos há milênios.
É um livro, no mínimo, fantástico, como a primeira palavra desse texto. Enquanto se lê, pensa-se estar mergulhado em um grande épico medieval muitíssimo bem construído, com guerreiros ferozes, habilidosos e cruéis. Porém, ao se chegar no fim, percebe-se que a história é ainda melhor, muito melhor, e isso é um ponto que, tenho que admitir, essa série está ganhando de O Senhor dos Anéis, onde as criaturas fantásticas datam das eras anteriores às dos homens.
Nesta história, além da aventura impressionante, as criaturas fantásticas somam-se para integrar ainda mais emoção à trama. Lobos gigantes, cruéis morto-vivos e outra criatura fascinante que pensava-se estar extinta há décadas reaparece de forma impressionante, prometendo uma leitura ainda mais maravilhosa para o segundo volume da série.
Este é um livro que, para os grandes amantes da fantasia, deve ser indispensável. Um livro que, com certeza, assim como O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia, irá ditar, daqui para diante, novos parâmetros para a literatura fantástica.
Não se assustem com o tamanho (que apenas aumenta nos outros). A leitura com certeza será muito recompensadora.

23 de dezembro de 2011

Então é Natal...


E o que você fez? O ano termina... E nasce outra vez...
Ok, me desculpe ter feito você cantar mentalmente essa música.
Mas ela não deixa de ser uma verdade absoluta, e ainda a será por todos os anos em que alguém ainda lembrar dela (e, pela forma com que gruda na mente, acho que vai demorar para ninguém mais lembrar).
O ano terminou. Sim, ainda faltam alguns dias, mas, comparando com os tantos que já passaram, o ano terminou.
E o que você fez?
Eu fiz várias coisas. Namorei intensamente, amei, fui amado, me apaixonei, sofri, ri demais, fui muito feliz, fiz outras pessoas felizes, fiz as mesmas pessoas, tristes, terminei um namoro, sofri, publiquei um livro, vendi esse livro, escrevi outro livro, transformei meus blogs em sites, investi dinheiro, gastei dinheiro, perdi dinheiro, ganhei presentes, dei presentes, recebi ingratidão, fui ingrato, fui odiado, despertei raiva e paixão, sofri mais um pouco, fiz planos, desfiz os mesmos planos, fiz outros planos e não sei como eles se desenvolverão, fiz mais outros planos que farei de tudo para darem certo, pensei, agi por impulso, tive medo, chorei, me desiludi, me entreguei à falta de esperança e senti a presença dela rugindo dentro de mim, amadureci.
2011, pra mim, foi exatamente como desejei que fosse, no fim de 2010.
Um ano intenso, muito intenso, e isso ele não deixou de ser. Com certeza o mais intenso de toda a minha vida.
Agora o ano irá novamente nascer, renascer das cinzas deste que termina. Nunca mais haverá um ano de 2011 no calendário cristão. Este foi o único e, com certeza, único na minha vida. Dele eu com certeza me lembrarei para sempre, com dezenas, centenas de lembranças boas e também algumas tristes, mas que apenas contribuíram para a minha evolução. Um balanço geral de 2011? Muito bom, ótimo, o melhor ano da minha vida. E é bom pensar nisso, pois foi exatamente isso que quis que ele fosse, quando 2010 terminou.
Mas agora 2011 também termina, com certeza não da forma que imaginei quando ele começou, mas, reunindo todos os aspectos, glamouroso.
E o ano que se iniciará será 2012, outro ano para outras experiências, outras conquistas, outras realizações.
E eu desejo, intensamente, que 2012 seja melhor que 2011, muito melhor. Não importa o que acontecer nele, só importa que eu possa continuar realizando os meus sonhos e, com certeza, continuar sendo feliz, e ser ainda mais feliz do que fui em 2011.
Desejo, também, é claro, isso para vocês, meus leitores, todos vocês. Que seus sonhos se realizem, pois os sonhos são os verdadeiros caminhos para a felicidade. Os verdadeiros caminhos, pois eles são infinitos, ainda que levem a um ponto em comum.
E que vocês nunca deixem de acreditar no amor, aquele amor verdadeiro, intenso, pois o amor pode mover muito mais do que montanhas. O amor pode mover mundos.

Resenha: Diários do Vampiro - A Série



Títulos: O Despertar; O Confronto; A Fúria; Reunião Sombria; Anoitecer; Almas Sombrias
Autora: L. J. Smith
Série: Diários do Vampiro
Editora: Galera Record
Skoob: Livro

O Despertar

Em Fell Church, uma cidade pacata em West Virginia, a garota mais popular da escola Robert E. Lee apaixona-se por um vampiro com quatrocentos anos. Com a ajuda das amigas, Meredith e Bonnie, Elena fará tudo para seduzir Stefan. E Stefan fará tudo para proteger Elena… dele mesmo. O adolescente de olhos verdes, rosto clássico escondem um passado sombrio e uma sede que não consegue controlar. Com ele, arrasta a memória de um amor perdido e um irmão que apenas deseja vingança. Em Florença, no Renascimento, Stefan e Damon Salvatore lutaram pelo amor da mesma mulher. Séculos mais tarde, voltarão a fazê-lo. Diários do Vampiro – O Despertar é a introdução a um triângulo amoroso arrepiante: a história de dois irmãos vampiros que se odeiam e de uma garota que se vê dividida entre os dois.

Não li a série toda, parei no quarto livro, mas já pude ter uma ideia bem clara sobre ela.
A série começa bem. Uma história sobre vampiros, moda nos dias de hoje, mas parecia ter uma abordagem diferente. Um romance, sim, mas nada muito meloso, algo mais real, com vampiros tendo uma natureza mais próxima da que conhecemos, ainda que a parte de se transformarem em animais seja um pouco apelativa. Para mim, ou a história é totalmente fantasiosa ou tem suas fantasias explicadas logicamente. Um pouco de cada fica um pouco forçado.
No quarto livro, porém, as coisas desandam.
Alguns fatos, durante toda a história, já estavam imaginativos demais, fantasiosos demais e sem uma boa explicação para eles, mas o fato da Elena se tornar um espírito evoluído depois da morte dela e conseguir fazer tudo o que fez contra o vampiro original que depois é levado por uma falange de espíritos para algum lugar não dito para ser exilado, e então a simples aparição de um novo corpo para a Elena, da mesma forma que era antes, criado do nada, criando matéria do nada... Pra mim isso foi demais.
Parece que Smith simplesmente pegou um punhado de ideias que imaginou, sem conexões nenhumas, e então as juntou todas sem se dar ao trabalho de tentar explicá-las de alguma forma.
E então, para melhorar tudo, neste último livro "Parece que a gravidade ainda não a afeta". Ah, me desculpe, mas isso sim foi demais para mim. Dizer que alguém tem a capacidade de voar, pode manipular o ar para fazer isso ou usa magia ou qualquer outra coisa, tudo bem, mas "parece que a gravidade ainda não a afeta"?
Conflitos têm que haver para deixar a história intrigante, mas sempre o mesmo não dá, né? Todos os conflitos da história acontecem por que uma entidade maligna foi atraída a Fell's Church por causa do derramamento de sangue da guerra civil e então eles têm que vencê-la... Cansativo.
Sem contar os inúmeros erros gramaticais e também no enredo, falas estranhas perdidas no meio de uma conversa e também a edição do livro, com letras enormes num formato pequeno para ter um bom volume de páginas.
Para mim, uma série que vendeu por uma imagem, pois a qualidade da história não se compara a nenhuma série que eu já tenha lido. Nem chega perto, na verdade.

22 de dezembro de 2011

Descubra quem você é, e seja de propósito


Uma frase que não precisaria de uma explicação maior do que a que suas próprias palavras dizem.

“Descubra quem você é, e seja de propósito”.

Encontrei-a no perfil de uma garota no Skoob, Kim, e achei simplesmente fantástica.

Uma das coisas que acredito plenamente é nisso: somos aquilo que queremos ser. Há uma música que diz isso, mas agora não me lembrarei de qual, talvez do Paralamas ou então dos Engenheiros, não tenho certeza.

“Descubra quem você é, e seja de propósito”.

Sim, estou repetindo-a, mas é por que realmente me fascinei por ela, pela simplicidade direta, quase como um sutil tapa na cara. Podemos até tirar uma ironia dela, se observarmo-la do ponto de vista daqueles que fazem exatamente o contrário do que ela diz.

“Descubra quem você é, e seja de propósito”.

Quanto mais vezes a leio, mais fundo o seu significado cala em mim.

“Descubra quem você é, e seja de propósito”.

E mais difícil de explicar ele se torna.

“...seja de propósito”.

Tome a atitude, faça a escolha, siga em frente, dê o primeiro passo, não desanime, seja aquilo que quiser ser, aquilo que você realmente é, não o que os outros te dizem que deve ser, ou então a opinião deles sobre sua personalidade. Ela está aí dentro de você, descubra-a e então seja dessa forma propositalmente, com intenção, por querer ser e, se ela te causar problemas, assuma a responsabilidade, pois todo ato proposital tem um responsável.

Prefira ser o responsável por um erro cometido propositalmente do que culpado por algo que te levaram a fazer. Erre da sua forma de errar, não da forma que os outros errem.

“Descubra quem você é, e seja de propósito”.

Resenha: Percy Jackson - A Série


Títulos: O Ladrão de Raios; O Mar de Monstros; A Maldição do Titã; A Batalha do Labirinto; O Último Olimpiano
Autor: Rick Riordan
Série: Percy Jackson e Os Olimpianos
Editora: Intrínseca
Skoob: Livros

O Ladrão de Raios

Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O ladrão de raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.
O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.

Ainda não li o último, mas vou falar da série até este livro.
Bem, original, original, não podemos dizer que a ideia é, mas ele fez uma ótima adaptação da mitologia grega para os dias de hoje. Uma "escola" para treinamento de semideuses é uma boa sacada, mas, pra mim, as coisas acontecem um pouco forçadas na história.
Primeiro peguei algumas contradições no enredo. Em uma hora, uma coisa é uma coisa, no outro livro, tal coisa já mudou o que era.
É uma literatura infantil sim, mas podia ter sido mais desenvolvida, mais detalhada e explicada. Percy aprende a lutar "do nada" e, do mesmo nada, já está vencendo seres mitológicos com facilidade e sem se machucar.
Percebo alguma semelhança com Harry Potter, ainda que não tenha sido a intenção de Riordan ou que nem tenha passado pela cabeça dele. Um "ano escolar" onde ele passa treinando e então volta para casa nas férias para retornar no outro ano, ainda que voltar para casa signifique que será atacado, correndo o risco de morrer, pois atrai criaturas mitológicas involuntariamente.
Para mim, pecou muito nos detalhes, errando na coesão da história e deixando de explicar e detalhar muitas coisas, deixando a história imaginativa demais em alguns pontos, fazendo-a perder um pouco sua base e fundamentos.
No geral, um livro bom, mas podia ser melhor.

Ao melhor estilo Obama




Yes, we can.
O ex-candidato, hoje presidente (não por muito tempo) dos EUA usou esta frase como slogan de sua campanha: Yes, we can (Sim, nós podemos).
Realmente, nós podemos mesmo.
Essa frase vai muito além de três palavras entusiastas para comprar votos através de uma imagem de auto confiança e determinação.
Adotei-as, no singular, para a minha vida (mas não por causa do Obama, com certeza).
Sim, eu posso.
Para mim, um dos maiores – se não o maior – problema das pessoas é o antagonismo do que esta frase quer dizer, que pode ser resumido em uma palavra: desacreditar.
Desacreditar de si é simplesmente o maior – e o mais comum – erro que uma pessoa pode cometer na vida. Pior do que isso: é a pior escolha.
Sim, porque escolhe-se desacreditar das coisas, das pessoas, de si. Escolhe-se, pois tudo na vida é feito de escolhas. Eu escolho quem eu quero ser e pronto, ninguém pode me dizer o que posso ou não fazer, como devo ou não devo ser. Eu sou aquilo que quero ser. Desde que eu escolha diferente, é claro. Desde que eu escolha acreditar.
O que seria, realmente, o causador da força de vontade e da auto estima?
A escolha.
Ter força de vontade é uma escolha? Auto estima é uma escolha? Provavelmente você deve estar olhando com desdém para estas palavras (ou pelo menos há alguém que está), mas eu não digo nada além da verdade. Sei que é verdade porque foi exatamente assim comigo.
A pior parte, a mais difícil, nem é tomar a decisão. Escolher é fácil, até, começar a colocar em prática, um pouco menos, mas a pior parte realmente é passar do desacreditar para o acreditar. É cruzar a tênue, porém poderosa, linha que divide estas palavras antagônicas, é cruzar a fronteira do quase. Do quase conseguir, do quase acreditar, do quase ser feliz.
Como alguém pode ser feliz se não acredita, confia, em si? Não pode, simplesmente não pode.
Não estou aqui dizendo que sou a pessoa mais confiante do planeta, longe disso. Tenho meus momentos de indecisão e medo, sim, mas de uma coisa eu tenho sim certeza: nada é impossível. Nada, simplesmente nada, e depende apenas de nós conseguirmos aquilo que queremos.
Mas não adianta pensar também: uma hora eu decido, uma hora eu vou conseguir mudar.
Não, você nunca vai conseguir mudar pensando assim.
As coisas não acontecem no futuro, nem no passado. As coisas acontecem apenas no presente, no agora, e é por isso que ele tem esse nome, pois é uma dádiva concedida a nós por Deus. Podemos mudar o presente, nada mais que isso, e então construirmos um futuro que, quando chegar, nada mais será que o próprio presente, aquele presente que nos demos no já então chamado passado.
Construímos, no agora, o nosso presente do futuro, e é nisso que temos que investir.
Basta apenas aquela pequena palavra: Acreditar.

21 de dezembro de 2011

Something: Faça por você!

Something: Faça por você!: Porque quando você sabe que a carga é pesada, é sua opção fraquejar ou prosseguir. Sentir medo é comum, desejar mais é comum, querer algo...

Something: Dias cinzas

Something: Dias cinzas: Tem dia que de repente perde a graça. A gente esquece a alegria, Deixa tudo dentro de uma capa que, por teimosia, Insistimos em ...

Conhecendo-se a partir do próximo


Um mestre em luta diria que o conhecimento próprio é a maior arma que se tem contra um adversário. Um grande amante o diria que, para conquistar alguém, é preciso, primeiramente, conhecer e confiar em você. Jesus disse: conheça-te a ti mesmo.
O auto-conhecimento é pregado por todos os lados, por todos os tipos de pessoa, como uma peça fundamental para uma boa vida em sociedade, para vencermos em tal vida, conquistarmos nossos desejos e realizarmos os nossos sonhos. Concordo plenamente com isso.
Dizem, entretanto, que para se conhecer, deve-se se voltar para dentro, olhar em seu íntimo e descobrir como somos.
Alguém aí já tentou fazer isso?
Foi fácil?
Conseguiu?
Bem, eu também não.
Algumas experiências nas vidas das pessoas as mudam completa e irreversivelmente, e algumas mudanças só podem ser operadas por certos acontecimentos.
O fato é que, antes, eu achava que me conhecia. Hoje, vejo que não me conhecia tanto assim.
Aprende sobre mim ao conviver com outros.
É assim que se conhece, é assim que podemos buscar nosso conhecimento interior.
Todos têm uma ideia pré-formada sobre si, sobre gostos, atitudes, formas de reagir a determinadas circunstâncias que já foram vividas e também às que não foram ainda. E é exatamente nestas, as que não foram vividas, que erramos muitas vezes.
Como você pode saber como vai reagir a algo que nunca lhe aconteceu antes? Até mesmo um lutador frio e experiente pode tremer diante da faca de um assaltante. Mas quero falar sobre assuntos mais complexos.
Sempre tive uma ideia sobre mim, sobre como eu imaginava que queria que as coisas fossem, do que precisava, do que sentia falta, como queria que os outros fossem comigo.
Sempre me achei dependente do afeto alheio, necessitando de doses diárias dele em intervalos curtos para pode me sentir inteiro e bem. Enganei-me.
Sou mais independente do que imaginava e, ainda mais, preciso da minha privacidade com mais intensidade do que pensava. Simplesmente há horas em que preciso ficar comigo e apenas comigo. Isso não significa que eu esteja mal, triste ou qualquer outra coisa. Não, eu apenas adoro ficar em silêncio às vezes, sozinho com os meus pensamentos, livre para poder não falar durante horas a fio, se eu puder.
Descobri esse lado meu a partir da convivência, a partir da exteriorização da intimidade, do ideal que imaginava para mim, e então percebi que eu precisava sim daquilo que imaginava, mas em doses proporcionais dos meus próprios momentos de contemplação interior, não com o objetivo de me conhecer, mas apenas de apreciar a minha companhia. Sinceramente falando, acredito que todos deveriam fazer isso algumas vezes, pelo menos, por semana, quem sabe até uma ou duas por dia.
O auto conhecimento, portanto, adquire-se através do convívio, mas não um convívio frio. É preciso mostrar-se às outras pessoas para que elas te conheçam e, então, você consiga também conhecer a si, a partir das respostas recebidas às suas ações.
Recolher-se não é a melhor escolha, pois somos seres feitos para vivermos em sociedade, e é na sociedade que evoluímos e aprendemos, também, sobre nós.

 
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