Acho que estou
um pouco perdido.
Não por que não
sei o que quero (nos últimos tempos, essa coisa, saber o que quero, ficou um
tanto confusa na minha mente).
Estou por que
tenho medo de não poder conseguir.
Várias vezes, já
falei sobre as escolhas, que devemos sempre tomá-las da melhor forma possível,
nunca escolher não escolher nada. Escolher muitas coisas também não é muito
bom.
Cada escolha é
um passo que damos, um novo caminho pelo qual enveredamos e, como acontece com
todos os caminhos, nenhum é igual ao outro. Cada escolha nossa nos faz passar
por uma bifurcação, muitas vezes uma bifurcação com dezenas de outros possíveis
caminhos. Como saber qual é o melhor?
Eu poderia dizer
“esse é o fato, não temos como saber”, por que foi a primeira coisa que veio na
minha mente, mas não é verdade. Temos como saber, pois eu soube, eu sabia, só
não quis ver.
Sempre temos
como saber. E não é nossa razão quem vai dizer. E não, também não são os
sentimentos. Quem nos diz o caminho certo a seguir é o instinto.
O instinto bem
direcionado (não estou falando de instinto animal, mas não vou me aprofundar no
assunto. O tema deste texto é outro) sempre está certo.
Ouvi meu
instinto. Não o segui.
Sempre podemos
voltar atrás em nossas escolhas. Refazer o caminho de volta, todos os
quilômetros que já andamos. Às vezes não conseguimos voltar até o ponto daquela
escolha, voltar por todo o labirinto de nossas ações e voltar ao ponto zero,
mas às vezes, sim.
Porém, assim
como podemos voltar atrás nas escolhas, não podemos com as consequências dessas escolhas. Essas, a partir do momento que foram geradas, não tem mais
volta. Aconteceram e nada que possamos fazer poderá desaparecer com elas. As
consequências, às vezes, não tem mais volta.
Escolhas sempre
geram amadurecimento, pois estamos sempre evoluindo, e esse amadurecimento é
sempre necessário. Necessário, sim, mas os caminho a se percorrer para chegar
até ele são inúmeros, e podem tanto passar pelo amor, quanto pela dor.
Nós, seres humanos
racionais e emocionais, burros que somos, invariavelmente escolhemos o caminho
da dor.
Se usássemos o
instinto junto com esses dois outros aspectos fundamentais da nossa essência,
poderíamos ter uma probabilidade maior de escolher o caminho do amor.
Sabe um bom
motivo para usarmos a razão para tomarmos uma decisão? Orgulho. Orgulho de
“pensarmos com a cabeça”. “Eu não penso com o coração, sigo sempre a razão em
primeiro lugar”, diriam alguns por aí, ou então “sou extremamente emocional,
sigo sempre meu coração”, ou até alguém que juntasse as duas frases, mas sempre
se esquecendo do instinto. Esse instinto fez falta em algumas decisões minhas,
pois me encaixo, geralmente, no último grupo, e, por fazer parte dele, posso
dizer que talvez as escolhas tomadas por nós geram as consequências mais
dolorosas.
Bem, mas como eu
disse, as consequências estão aí, nada podemos fazer para desaparecer com elas.
O negócio agora é trabalhá-las da melhor forma possível, pois as escolhas foram
novamente tomadas, para não serem mais modificadas.
Só espero que
determinação e força de vontade, aliadas ao sentimento, sejam suficientes. Se
não for... bem... as consequências estão aí.
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