23 de março de 2012

Resenha: Em Chamas

Título: Em Chamas
Autor: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes
Editora: Rocco
Páginas: 413
Skoob: Livro 

Depois de os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Dessa vez, além de lutar por sua própria vida, terá que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem. 

Em Chamas segue a linha de escrita de Jogos Vorazes, simples, na maioria dos pontos, porém envolvente e cativante. Katniss continua a despertar a minha irritação, mas não por ser uma personagem má escrita, mas sim por ter sido tão bem escrita, com uma personalidade tão forte, que não posso impedir que ela mexa comigo, principalmente por ela tomar atitudes totalmente contrárias, algumas delas, às que eu tomaria.

Quando comecei esse livro, fiquei me perguntando o que aconteceria. Afinal, os Jogos Vorazes tinham terminado e a Katniss era a vencedora, junto com o Peeta, o que, tecnicamente, teria acabado com o grande problema do primeiro livro.

Sim, mas eu estava enganado. A Capital não deixa a “brincadeira” de Katniss por menos, principalmente por que os distritos a veem como um ato de rebeldia contra a opressão. Uma nova guerra está a ponto de estourar, e Katniss, na turnê da vitória, se vê obrigada a tentar impedir que isso aconteça se quiser que seus familiares e amigos fiquem vivos.

Por fim, ela é pega em uma grande armadilha, que não vou contar aqui para que vocês tenham o prazer de descobrir qual é.

Outras coisas acontecem, coisas que ninguém imaginava que realmente podiam existir, que mostram, graças a Deus, que eles não estão sozinhos.

Cada página desse livro me fez querer chegar à próxima, e algo que me fez ter um prazer a mais de lê-lo foi o fato de ser em primeira pessoa. Assim, a história nunca se desviava da Katniss, e não havia os suspenses de capítulos onde não sabíamos o que estava acontecendo com ela, sem contar que ela é uma ótima narradora, ainda que eu ache que tome atitudes meio idiotas às vezes, por causa do seu gênio bastante temperamental. Porém, essa é apenas mais uma pitada de emoção para a história.

Sinceramente, em muitas partes do livro, eu me arrepiei e emocionei, e acabei devorando suas páginas em apenas dois dias.

Não é um livro fantástico como Harry Potter ou A Crônica do Matador de Rei, mas é incrível a seu próprio modo, com um jeito de escrita diferente dos outros, mas não pior.

Recomendo? Sim, é claro que sim.

22 de março de 2012

Resenha: O Temor do Sábio

Título: O Temor do Sábio
Autor: Patrick Rothfuss
Série: A Crônica do Matador de Rei
Editora: Arqueiro/ Sextante
Páginas: 960
Skoob: Livro

Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens. Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos. Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos. Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo. 

Depois de Harry Potter, O Temor do Sábio é a mais bela obra que já tive o prazer de pôr as mãos.

É claro que não há toda aquela grande magia que nos envolve na série de Harry Potter, até porque ela não tem comparação, mas O Temor do Sábio me envolveu de uma forma que apenas Harry Potter conseguiu até hoje.

Novecentas e sessenta páginas que desapareceram num piscar de olhos. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, não conseguia ficar sem saber o que aconteceria no próximo capítulo, não conseguia não torcer pelo Kvothe. Eu achava que seria difícil esse segundo livro ser muito melhor que O Nome do Vento, mas fui deliciosamente surpreendido.

Neste livro, o Kvothe se vê obrigado a sair da Universidade por causa de sua inimizade com o Ambrose, porém, ao invés de o livro perder parte da emoção que a Universidade trazia, ele só faz nos deixar cada vez mais colados em suas páginas. Conhecemos mais de perto os ademrianos, dos quais eu tinha uma visão totalmente deturpada, antes, e vemos o Kvothe se transformando lentamente naquilo que o Basta tanto admira. Porém, O Temor do Sábio acaba ainda com o nascimento da grande lenda chamada Kvothe, o que só me fez ficar com muito mais vontade de ler o próximo livro desta fantástica série.

Ela é envolvente, encantadora, cheia de suspense, ação, e uma das coisas que contou muitos pontos para mim: a “magia”, aqui, é regida por leis físicas, tem significado, tem forma de funcionamento, tem lógica.

Me faltam até mesmo palavras para falar mais deste livro. Só posso dizer que o prazer que ele me proporcionou fez com que eu desejasse que ele tivesse até mesmo mais do que as suas novecentas e sessenta páginas. O tamanho, aqui, realmente só deixa a história ainda melhor. Se fosse um livro menor, não teria toda a maestria que este tem.

Enfim, recomendo muitas vezes este livro para todos aqueles que queiram viver dentro de um novo mundo por alguns dias, e continuar vivendo-o na sua mente pelo restante deles.

A Crônica do Matador de Rei, acredito, já é uma leitura obrigatória para aqueles que se consideram fãs de livros de fantasia.

21 de março de 2012

Resenha: Renascença

Título: Renascença
Autor: Oliver Bowden
Série: Assassins Creed
Editora: Galera Record
Páginas: 378
Skoob: Livro

Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.

Começo essa resenha com uma simples palavra sobre esse livro: péssimo.

Assassins Creed – Renascença, conta a história do primeiro jogo da série Assassins Creed. Assim que vi o livro pela primeira vez na livraria, me impressionei com a capa. Ela é realmente muito bonita. Vi muita propaganda do livro, até mesmo um outdoor em uma estrada, por isso, imaginei que deveria ser uma história realmente boa, para a editora estar gastando tanto dinheiro com divulgação. Coitado de mim.

Ezio, a personagem principal, tem parte de sua família assassinada por uma traição que não cometeram. Para não ser morto, ele foge para a casa de seu tio, Mario. Lá, ele descobre que seu pai fazia parte da Ordem dos Assassinos, cuja missão é deter os Templários, antiga ordem da Igreja que visa dominar o mundo.

Falando assim, por cima, a ideia da história é boa e promete ação e envolvimento. Sim, promete, mas fica apenas na promessa.

Nunca joguei o jogo, mas falam que é muito bom. O livro, por outro lado, foi pessimamente escrito. Sim, pessimamente mesmo. Aqui estão algumas das grandes falhas que acho que são necessárias destacar:

- As coisas acontecem simplesmente rápido demais. Nessas 378 páginas, vinte e sete anos se passam. Assim, nenhum acontecimento é bem trabalhado e tem um grande efeito. Os feitos de Ezio são simples palavras a mais no livro que não fazem com que ele pareça realmente um herói.

- Ezio também sempre consegue fazer as coisas com uma facilidade incrível. Sempre consegue seguir e escutar conversas de seus grande adversários sem que eles percebam.

- Antes de ele entrar parece que a Ordem dos Assassinos era simplesmente um nome, porque parece que apenas ele saiu para caçar as pessoas que precisavam ser mortas.

- As conversas têm simplesmente exclamações DEMAIS! Parece que todas as frases são ditas com ênfase, o que faz com que os locutores pareçam realmente idiotas. As conversas também são muito simples na maioria das vezes, não acrescentando nada à história, nem mesmo apenas um chamativo ou graça.

- As lutas são péssimas. Bowden com certeza não tem a mínima noção de combate corpo a corpo ou com espada, porque algumas pessoas fazem coisas impossíveis ou estão em lugares onde não estavam um momento atrás. As batalhas também são péssimas, com estratégias que nunca funcionariam de verdade. Afinal, quem “balança” uma espada contra seu oponente?

- Há uma boa quantidade de erros no enredo, coisas que contradizem algumas partes e outras que só deixam tudo muito confuso.

- Não se conhece nenhuma personagem com profundidade. A única coisa que sei sobre o Ezio é que ele tem olhos azuis acinzentados. Quando ele está com quarenta anos, eu ainda o vejo com dezessete.

- A falta de nome nos capítulos é outra coisa desagradável. Ao contrário de alguns livros que também não os têm, nesse pareceu realmente falta de criatividade, porque uma história dessa ficaria bem mais interessante com nomes que falassem um pouco dos capítulos.

- Em algumas frases, ele usa reticências para evidenciar uma “pausa dramática” na fala de uma personagem, o que, ao contrário de causar o suspense desejado, faz a fala parecer realmente idiota.

Em suma, o livro todo parece uma grande novela mexicana. Faltaram apenas os primeiros nomes compostos.

Eu detestei e não aconselho a ninguém.

 
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