29 de novembro de 2011

Agradecimentos


Gostaria de agradecer a todos os que compareceram ao lançamento, e também àqueles que não puderam comparecer, mas que vibraram positivamente para que tudo desse certo, para que fosse um sucesso.

E qual é o real significado de sucesso? Números? Não.

Com certeza queria ter vendido mais livros, ter visto mais pessoas lá, mas isso não é o mais importante. O primeiro passo foi dado. O livro foi lançado entre amigos, as energias que estavam no local eram ótimas. Isso é o importante, o primeiro passo, o sair da estagnação, o iniciar a caminhada rumo ao sucesso, pois, eu acredito, é até lá que o livro irá.

Qual o segredo do sucesso?

Muito empenho + boas ideias + bons amigos, cada um dos três itens estando presente mutuamente nos outros dois, e isso, com certeza, eu tenho, além, é claro, de uma boa história, o que, modéstia à parte, também está presente.

Agora é batalhar para divulgar, vender, conquistar cada vez mais pessoas. Para aqueles que compraram, desejo uma boa leitura. Espero que gostem do livro, é apenas o começo, muitos outros ainda virão, podem ter certeza, e espero ver todos os que estavam no lançamento d’O Início da Guerra das Sombras também no lançamento do próximo livro, que se chamará “Dragões – A Origem dos Herdeiros da Luz”. Adianto que ele já está pronto e ao final da revisão da história. Depois disso, é mandar para a editora e esperar a aprovação. Vibrem para isso comigo, por favor.

Que os Herdeiros da Luz possam criar seguidores, adeptos, fãs, novos membros, em todo o país, para depois se espalhar para o mundo. Que um dia possam escrever nomes como “J. K. Rowling” e “J. R. R. Tolkien” na contra capa do meu livro, comparando minha história à deles.

Novamente, obrigado a todos.

Beijos e Abraços!

24 de novembro de 2011

Dor, sofrimento e eu


Será que é saudável se perguntar que sina se carrega para ser quem se é? É permitido se indagar a respeito do que foi, fez, deixou de fazer e desejou, para o presente acontecer da forma como acontece? É idiotice ou se perguntar por que temos que ser de tal ou tal forma? Ou seria prepotência se indagar por que o efeito causado sobre outras pessoas é tão grande?

E se eu quisesse ser menos intenso? Conquistar menos? Fazer com que me amem menos? Deixar de ser quem eu sou por apenas alguns instante, ou então por toda a eternidade? E se eu quisesse que me esquecessem, ou então que nunca tivessem me amado? Posso desejar ter menos influência sobre a vida dos outros? Posso querer afetar menos as pessoas com meu jeito de ser? Ou então que meu jeito de ser simplesmente fosse diferente, para então impedir que algumas coisas aconteçam?

E se eu desejasse não ser quem eu sou? E se eu desejasse não ter conquistado as pessoas que conquistei? Posso querer não ser amado?

...

Porque as pessoas têm que sofrer? E porque a causa do sofrimento delas tem que ser eu?

Desculpe-me se estou parecendo muito prepotente, mas isso é verdade.

Se eu tivesse feito as coisas de propósito, pelo menos, teria uma explicação melhor, eu poderia me culpa e me julgar, poderia me condenar, mas e quando apenas somos nós? E quando não fazemos nada além de agir de forma natural, reagir da forma que realmente somos, sem pensar ou maquinar alguma coisa?

Nunca fiz algo além para conquistar alguém a não ser ser eu mesmo, por que simplesmente não sei fazer isso, mas o problema sempre foi quando conquistei pessoas sem ter a intenção de. Resultado? Dor e sofrimento...

Não aguento ser a causa do sofrimento de alguém! Mas eu sou, sempre fui, sempre alguém acabava sofrendo por minha causa...

Por isso, só queria, às vezes, deixar de ser quem eu sou.

Isso me faz pensar no que preciso “pagar” dos erros passados e também dos presentes... Mas, se os erros foram meus, eu não deveria sofrer sozinho por eles?

Há pessoas que dizem que não gostam de se apaixonar, mas eu gosto. Gosto da emoção, das sensações turbilhonantes, da euforia, da excitação, da agitação, da sensação de que o coração vai saltar do peito a qualquer instante. Talvez as pessoas digam que não gostam por que a maior parte das paixões acaba gerando dor em longo prazo. Aprendi a lidar com essa dor e nunca deixei de arriscar uma nova paixão. O problema é que as pessoas em geral não sabem lidar com essa dor, por isso preferem não se apaixonar.

Eu não sei... Acho que isso foi mais um desabafo de um coração que não aguenta mais ver as pessoas sofrendo por culpa dele. Sofreria sozinho toda a dor ou decepção que já causei à algumas garotas, apenas para não ver pessoas que amo sofrendo. Mas não tenho como fazer isso.

Por isso só me resta desejar, ainda que isso não seja possível, que eu pudesse deixar de ser como sou, pelo menos para a maior parte das pessoas. Não quero mais ver ninguém sofrendo por mim, só isso...

22 de novembro de 2011

A Terra do Nunca



Acabei de escrever um texto meio brisado sobre o “talvez” e, quando fui procurar uma imagem para o texto, acabei entrando em outro blog, que tinha um texto também sobre o “talvez”. Percorri rapidamente uma ou duas páginas e vi lá um post que falava do lançamento de um livro. Fiquei empolgado para descobrir do que se falava, quando e onde seria. Afinal, eu também sou um blogueiro que publicará um livro. Mas havia alguma coisa errada ali, alguma coisa errada no clima que estava “no ar do blog”. Eu estava desconfiando, mas foi nos comentários que tive certeza.

Uma pessoa (amiga, mãe, namorada, irmã) do dono do blog estava cuidando da publicação do livro dele, do sonho dele de publicar um livro, pois ele havia morrido. Morreu antes de conseguir realizar o seu sonho.

Isso mexeu comigo, eu confesso, ainda mais por causa de dois trechos do texto dele sobre o “talvez”, que eu li, exatamente o começo e o fim do texto. Eram assim.

“Talvez eu não morra hoje. Talvez eu viva (...). Talvez eu pare de escrever. Ou não… Pois é escrevendo que eu vivo. E enquanto estiver escrevendo, talvez eu não morra nunca”.

Lendo comentários no blog dele, descobri que ele morreu este ano, aos vinte e um anos de idade.

Eu tenho vinte.

Como são incríveis as coisas que podem acontecer na nossa vida. Temos um sonho em comum, mas a diferença é que eu verei, realizarei o meu com minhas próprias mãos, enquanto ele apenas poderá assistir ao seu livro “Minha Terra do Nunca” sendo publicado. Ele sonhava ser jornalista, em viver das suas palavras, assim como eu também sonho em fazer.

“Talvez eu não morra hoje. Talvez eu viva”. Essas palavras foram escritas no ano de dois mil e nove. Realmente, naquele dia, ele não morreu.

“E enquanto estiver escrevendo, talvez eu não morra nunca”.

Não o conheço, não sei praticamente nada sobre ele, não sei como ele era, não conheço seus amigos ou família. Apenas li um texto que ele escreveu com um tema igual ao meu e, por alguma força maior do que posso compreender, acabei parando em seu blog por causa de uma simples imagem que, entre todas as do “Google”, me chamou a atenção. Eu poderia ter simplesmente escolhido a imagem ao lado e então não saberia dessa história.

Mas mesmo não sabendo nada do Thiago, a não ser os talvezes que ele escreveu, sei que, onde quer que ele esteja, ele está escrevendo e, assim, está sim vivo, mas vivo da maneira que ele queria viver, pois eu sei, entendo e compreendo, ainda que só tenha lido aquelas poucas palavras, qual era o sentimento que o impulsionava através das páginas, pois eu sinto o mesmo e posso fazer minhas as palavras dele: Enquanto eu estiver escrevendo, talvez eu não morra nunca.

E sabe o maior “acaso” de todos? O livro dele será lançado exatamente no mesmo dia que o meu, o evento começando apenas meia hora mais cedo... É algo, pelo menos, intrigante.

Saber dessa história me deu ainda mais vontade de não desistir do meu sonho, de continuar escrevendo e escrevendo meus livros e publicar tantos quantos eu conseguir, pois eu não sei se, daqui a algum tempo, eu estarei impossibilitado de realizar esses sonhos com as minhas próprias mãos.

Fico feliz pela pessoa (acho que é a mãe dele) que batalhou para ver o sonho do Thiago realizado, pois, se fosse comigo, eu ficaria extremamente feliz que fizessem isso por mim.

Bem, não sei mais o que escrever. Só posso dizer que fiquei emocionado com essa história.

Dedico esse texto a você, Thiago Tristão, onde quer que esteja, ao lado dos seus amigos espirituais.

O blog deste amigo. http://thiagotristao.wordpress.com/

Talvez


E às vezes as vontades vêm, ficam, passam, incomodam, atrapalham, inspiram, agoniam. Trazem sentimentos e sensações diversas que confundem o imaginário, atrapalham a imaginação, mas também a concentração.
Um peito inquieto, uma mente levemente irritada, talvez por causa da sensação que o peito sente, talvez por tentar encontrar razão/ explicação/ solução, e mesmo assim, não conseguir.
Talvezes são incertos e trazem apenas mais desconfiança, mais inquietação. Trazem dúvidas que se repetem na pergunta: porque se sentir assim?
Talvez seja isso a causa da inquietação que gera a irritação, ou talvez seja a causa, primeiro, da irritação, e a inquietação seja apenas uma consequência. Mais uma vez me perco no talvez.
O céu nublado deveria estar revolto, mas assim como no dia anterior, dele não veio aquilo que se havia dito, aquilo que era esperado. Hoje apenas gotas esparsas mergulhando em seu suicídio mútuo como indivíduos e também em seu objetivo, pois nem mesmo umedecer um objeto elas foram capazes de fazer. Caíram, voaram, se desfizeram, e então foram esquecidas. Assim foi a vida destas gotas que se arriscaram a precipitar-se do céu.
Mais uma vez perco-me em pensamentos desconexos tentando entender o que se passa no íntimo da minha mente, nos recônditos esquecidos do subconsciente, que talvez seja o causador de toda essa inquietação.
Talvez eu precise apenas de um abraço.
Ou talvez eu só precise saber que aquela dor que eu causei finalmente se acabou, que ela finalmente se extinguiu e que aquele sorriso novamente voltará a brilhar sem uma mácula por trás.
Talvez eu esteja apenas me perguntando por que as coisas não podiam ser diferentes, mais fáceis. Talvez eu só queira saber o por quê das pessoas resolverem julgar e incriminar, por que simplesmente resolveram se voltar contra sem nem mesmo escutar os dois lados da história, sem nem mesmo tentar entender o que estava acontecendo.
Talvez eu esteja com medo.
Ou talvez não.
Talvez eu queira apenas que a minha vida dê certo, e junto com esse talvez pode ser que haja um que queria que ninguém precisasse se machucar para isso acontecer.
Talvez as coisas só precisem de um pouco de tempo para se ajeitar e acomodar. Mas, talvez, aqueles que julgaram e condenaram não sejam dignos da amizade como talvez fossem.
Eu não sei. Não posso afirmar nenhuma dessas coisas. Afinal, o talvez é sempre um algo incerto.

21 de novembro de 2011




Peço desculpas aos meus leitores pela ausência de textos nestes últimos dias. Provavelmente, eu imagino, vocês devem ter visto aqui que o meu livro vai ser lançado no próximo sábado. Justamente por isso, estou completamente sem cabeça para escrever qualquer coisa nova. Minha mente está focada e ansiosa para o próximo final de semana, e qualquer coisa que eu produzisse agora não sairia bem feita, por isso, me abstive de escrever por um tempo. Se uma inspiração surgir do nada, publico aqui, mas, de qualquer forma, estarei de volta em breve!



Abraços!

17 de novembro de 2011

Lançamento Herdeiros da Luz


15 de novembro de 2011

Fermatas temporais: Da semibreve à semifusa



O tempo. Grande problema da humanidade. Vivemos em função do tempo, mas o ruim são aqueles que vivem para o tempo. Não devemos ser escravos dele, mas usá-lo da melhor forma possível. Afinal, há um pensamento muito conhecido sobre: O tempo, quando passa, não tem mais volta. Se foi, e não podemos mais mudar o que fizemos (ou deixamos de fazer) com ele.

Às vezes, como diz uma música da Pitty, “quero uma fermata que possa fazer, agora, o tempo me obedecer”.

Ah, em quantos momentos eu não quis que o tempo simplesmente tivesse parado! Que surgisse uma pausa de quatro tempos que se perpetuasse continuamente pela partitura dos momentos, repetindo-se eternamente por uma barra de repetição que nunca permitisse que o próximo compasso chegasse.

Mas eu não posso. Ninguém pode. O compasso tanto desejado pode sim se repetir, mas uma hora ou outra ele simplesmente ficará para trás quando formos obrigados a compor diretamente em nossos instrumentos a próxima parte da música da nossa vida. As pessoas dizem que a nossa vida é um livro que vamos escrevendo conforme vivemos, mas acho que, ao mesmo tempo em que escrevemos palavras, compomos também uma partitura. Afinal, por mais que as palavras possam expressar muitas coisas, nunca conseguirão expressar toda a intensidade que uma melodia é capaz de exteriorizar.

Porém, podemos controlar os compassos, tempos, alturas, pausas e repetições da nossa partitura. Podemos, sim, colocar uma fermata em determinado ponto para que aquela nota perpetue-se por muito tempo, às vezes até “para sempre”, enquanto continuamos tocando e compondo a nossa música, fazendo com que ambas as notas vibrem juntas, ou então se destoem. Depende apenas de nós, na verdade.

Alguns momentos, muitos dos quais queríamos que durassem para sempre, passam-se com a velocidade de semifusas. Aqueles que queríamos que voassem, são tão longos quanto dez compassos de semibreves. Essa, porém, é uma forma errada de compormos nossa partitura. Afinal, o tempo é nosso, e o usamos da forma que quisermos, escrevemos as notas que quisermos escrever. Se eu quiser que um bom momento se passe com semibreves, farei com que passe sim, e também criarei uma segunda linha de partitura para que ele continue tocando em acompanhamento da principal. Eu posso fazer isso. Afinal, a música é minha.

E eu penso também: qual o instrumento que rege a minha vida?

Porque, é claro, não tocamos apenas um único instrumento durante toda nossa música. Em certos momentos, se criarmos as várias linhas de compassos que podemos criar, as segundas, terceiras, quartas e quantas outras vozes nossa vontade permitir, podemos tocar com mais de um instrumento ao mesmo tempo, podemos criar uma orquestra para a nossa vida.

Já toquei com contrabaixos em seus tons mais graves, semibreves seguidas de semibreves, às vezes com pausas longas de tristeza. Já resolvi inovar e coloquei uma guitarra para sonorizar as notas que compunha, proliferando semicolcheias, fusas e semifusas, subindo alto nos tons, mas percebi que os extremos nunca são os melhores pontos para se tocar. É claro que algumas notas mais lentas e outras mais rápidas não fazem mal a ninguém, mas devemos manter as nossas vidas nas velocidades das mínimas e semínimas a fim de não acabar arrebentando algumas cordas dos nossos instrumentos.

Hoje, levo a minha vida em um violino. Toco grave, às vezes, mas não tanto, usando a corda Sol para dar mais intensidade para alguns momentos. Em algumas ocasiões me empolgo e subo aos mais altos tons que a corda Mi pode me levar. Na maioria do tempo, uso as cordas Lá e Ré para reger a minha vida. Mas o que quero, na verdade, e estou trabalhando para isso, é manter as notas fluindo também na segunda voz que já escrevi algumas vezes, segunda voz essa que toca neste momento, nestes momentos, acrescentando toda a suavidade que consigo compor através das teclas do piano que escolhi para reger esta parte da minha partitura.

Porque um piano?

Porque o piano é um instrumento que, quando encontrado os tons e tempos harmoniosos, pode ser tocado também a quatro mãos.

14 de novembro de 2011

Faith



Fé. “Firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão” (Wikipedia).

Para se ter fé, não é necessário que o alvo de nossa fé não tenha uma prova ou comprovação. Alguns vao dizer que ter fé em algo que é provado não é fé, mas isso é uma mentira.

“Fé inabalável é só aquela que pode encarar a razão, em todas as épocas da humanidade”. (Alan Kardec)

Quando a fé não possui uma base ou fundamento, quando ela é uma fé cega no sentido de que acredita em qualquer coisa que seja dita sem uma avaliação própria para ver se aquilo é ou pode ser verdade, essa fé é falha, pois quando confrontada com a razão, cai.

Por exemplo: Deus é soberanamente justo e bom, não comete erros, não pune, é um ser perfeito, pois, se ele fizesse algo como castigar ou se zangar, apresentaria características humanas, falhas humanas, e isso o tornaria um ser imperfeito, o que simplesmente não é aceitável. Mas algumas pessoas preferem acreditar que Deus castiga sem nem mesmo pensar um pouco sobre o assunto.

E se Deus não castiga, como podem duas pessoas, partindo do ponto em que essa vida em que vivem é o início de suas existências, nascer uma na favela e outra no Brooklin, sendo que a da favela nunca fez nada de errado para merecer morar lá nem a do Brooklin fez algo de bom para ter tal privilégio? Que Deus justo e bom é esse que favorece um enquanto coloca o outro no sofrimento?

Que Deus é esse que cobra das pessoas uma taxa mensal para que elas sejam salvas, para que seus pecados sejam perdoados e elas então possam ir para o céu? De que importa o nosso dinheiro para Deus, eu me pergunto. Afinal, ele não come, não usa roupas, nem necessita de bens materiais para sobreviver ou como luxo. Deus não precisa, não quer o nosso dinheiro. Mas ninguém nunca para para pensar nisso.

A real fé inabalável é aquela fundamentada pela razão, pela lógica, é a que tem sentido, é a que não se contradiz, a que não tem preconceito, a que não impõe nada, a que aceita a todos sem distinção.

Kardec, ao escrever suas obras básicas, disse: "Se algum dia a ciência provar que estou errado, fique com a ciência, pois a ciência se baseia em fatos para afirmar algo". Se a ciência diz que algo é comprovadamente certo, então é certo. O problema é que até hoje a ciência nunca conseguiu provar nada que contradiga o que Kardec disse. Pelo contrário. Cada vez mais a ciência estuda e aceita os escritos de Kardec. Até hoje, todo aquele que se dispôs a provar que ele estava errado, fracassou. E muitos simplesmente aderiram aos seus ensinamentos, pois comprovaram que eles estão certos.

Isso é fé. A fé de Kardec naquilo que foi transmitido por ele é que é a verdadeira fé. Você quer duvidar de alguma coisa que ele escreveu? Sinta-se mais do que à vontade. Temos o direito de duvidar do que quisermos. Mas não se baseie em pensamentos infundados, sem razão ou lógica. Quer duvidar, prove que as coisas não são da forma como ele disse que são.

“Mas como se pode provar que algo não existe?”, alguns podem dizer. Ué, porque todos acreditam na frase usada por juízes e advogados “Inocente até que se prove o contrário” e não aceitam provar que algo não existe? Prove que uma pessoa não é inocente, então poderá acusá-la. Prove que o espiritismo está errado em seus ensinamentos, então poderá acusá-lo.

O problema é que as pessoas odeiam ser contrariadas, odeiam que digam que estão erradas. Não estou dizendo que o espiritismo é a religião certa e as outras estão erradas: todas as religiões levam a Deus. As crenças não são falhas, falhos são aqueles que as praticam.

Pena que as pessoas preferem se fechar nas trevas da ignorância e não aceitam ao menos analisar os argumentos do outro antes de julgá-lo e condená-lo. Felizmente eu sei que chegará o dia em que as religiões não serão mais necessárias. Não pense que haverá uma única religião. Não, não haverá mais religiões. Todos aceitarão a verdade da vida como ela é, pois, não importa o que você diga ou no que você acredita, você não pode mudar a realidade. As coisas são como Deus as criou e continuarão sendo para sempre, independente da fé que as pessoas decidam seguir. O que devemos fazer é apenas seguir uma vida justa e boa, sem prejudicar a nós e nem ao próximo. Se fizermos isso, estaremos fazendo tudo o que Deus quer que façamos, ainda que nem mesmo acreditemos nele.

11 de novembro de 2011

Fuga em direção a mim


Estou com vontade de fugir do mundo. Queria poder correr e correr sem nunca me cansar, correr rápido o suficiente para desaparecer com os quilômetros rapidamente, vencê-los com suavidade, embrenhar-me no mundo calmo e suave das grandes matas do mundo, passar por lagos, riachos, cachoeiras, e ainda assim continuar correndo, me afastando de tudo, até finalmente chegar no lugar, algum lugar que não sei qual, mas um lugar específico onde eu pudesse apenas esquecer de quase tudo e ficar, ficar e ficar por tempos indeterminados o suficiente para que tudo em volta mudasse, para que o mundo esquecesse da minha existência e eu esquecesse da existência do mundo.

Queria que esse lugar tivesse apenas uma cabana de madeira no meio de uma grande clareira com uma grama curta em volta, as árvores a rodearem tudo com sua tranquilidade e silêncio. Também haveria um riacho por perto, um riacho com sua nascente que brotasse das entranhas da terra, límpida, cristalina e muito fria, descendo por entre as pedras lisas, produzindo seu som suave e melodioso que acalma os corações.

Eu percorreria o curso do riacho por horas e horas, andando por dentro dele, pisando nas pedras secas e molhadas do caminho, deixando a água banhar os meus pés, equilibrando-me, correndo, andando mais devagar, saltando de um ponto ao outro, respirando o ar frio e úmido da mata fechada, sentindo a suave brisa que soprasse do alto, passando por entre as folhas e galhos que filtram a luz solar, emanando uma luminosidade verde, calmante.

Em certo ponto desse riacho eu encontraria uma cachoeira. Eu estaria no alto dela, as grandes rochas descendo altivas com o pequeno curso d’água a lhes cortar a superfície, moldando-as a seu bel prazer através do tempo. De lá de cima, talvez dez metros acima do nível do riacho que continuava embaixo, eu olharia para tudo ao redor, sentindo a energia pulsando dentro de mim e, ao olhar para baixo, veria que, na base da cachoeira, o riacho se transformava em uma lagoa totalmente translúcida com vários metros de profundidade.

Com um sorriso no rosto, eu respiraria fundo e me atiraria no ar, sentindo as correntes a passar velozes por mim enquanto eu acelerava cada vez mais, chegando cada vez mais perto da superfície agitada da lagoa.

Finalmente, eu romperia a água, afundando vários e vários metros, deixando a água gélida me envolver por completo, ficando submerso por todo o tempo que meus pulmões me permitissem, para então subir à tona e nadar calmamente para a borda da lagoa.
Escalaria a cachoeira até um pequeno pedaço seco de rocha onde a luz do Sol incidisse diretamente e lá deitaria, deixando que o calor evaporasse a água do meu corpo, fechando os olhos e relaxando, sentindo-me finalmente no meu lugar, enquanto, na minha mente, apenas um pensamento ocupasse-a por inteiro

10 de novembro de 2011

Os riscos e as estrelas



Eu corria. Não era uma corrida desesperada, nem atrás de alguma coisa ou fugindo de alguém. Eu corria porque tinha ficado com vontade de correr, apenas isso. Na verdade, talvez eu corresse porque queria chegar mais rápido também.
As ruas de terra estavam desertas. Já passava muito da meia noite. Talvez fosse mesmo perto do dia amanhecer, mas eu não sabia.
Meus passos ritmados marcavam o tempo da minha respiração. O coração retumbava com força no peito, mas eu não ia parar até chegar lá em cima.
A terra se transformou em grama, passei por uma pequena ponte e meus pés percorreram um caminho não muito largo que era a divisão de dois lagos daquele lugar. Alguns metros à frente, o caminho se bifurcava. Para a direita, eu apenas daria a volta no maior lago. Para a esquerda, a trilha subia íngreme por entre as árvores, um caminho largo o suficiente para um carro passar.
Fui direto para a esquerda.
Meus pés encontraram o caminho por entre o chão destruído pelas correntezas de água que desciam quando chovia. Saltei buracos e valas daquele caminho tão meu conhecido e amigo, ainda que nunca o tivesse percorrido sozinho àquela hora da madrugada. Não havia importância, pois a lua brilhava forte no céu, cheia, e iluminava perfeitamente o caminho para mim.
Corri sem parar, o suor escorrendo pelo meu corpo enquanto meus pés venciam com certa facilidade a trilha bastante inclinada.
As árvores desapareceram e surgiu uma escada à direita. Corri por ela, até que finalmente cheguei ao topo.
Um forte vento frio me atingiu, refrescando meu corpo suado. Arranquei a minha camiseta e deixei-a cair no chão.
Eu estava em um “quadrado”. O chão era de mármore bruto com pequenas cercas de pedra ao redor, deixando duas entradas, uma pela qual cheguei ali e outra logo em frente. Do meu lado esquerdo, uma cruz de mármore erguia-se imponente e, mais à frente dela, uma pequena capela oval com não mais que um metro e oitenta de altura, da mesma rocha, com pequenas imagens de santos e velas derretidas dentro.
Ainda sentindo o suor a escorrer pelas minhas costas, dei dois passos rápidos e saltei em cima da cerca de concreto, emendando um outro salto, apoiando as mãos na capela para poder chegar em cima dela.
Ergui-me, altivo, sentindo-me completamente livre, no teto da capela, os olhos fechados, o rosto erguido para o céu.
A lua estava atrás de mim, iluminando as minhas costas, lançando a minha sombra vários metros à frente, banhando todo aquele lugar com sua luz azulada que parecia mais intensa do que o normal, naquela noite.
Baixei a cabeça e abri os olhos, deixando-os percorrer as silhuetas dos morros que cercavam aquele lugar.
Girei o corpo e dei um passo no ar, deixando-me cair para depois amortecer a queda suavemente.
Sem ligar para insetos ou qualquer outro bicho, peguei a minha camiseta, embolei-a toda e deitei no chão, usando-a como travesseiro, e me pus a olhar o céu intensamente estrelado. Ali eu estava mais longe das luzes que ofuscavam as estrelas, por isso podia vê-las melhor.
Respirei fundo, deixando o ar frio tirar um pouco do calor de dentro do meu corpo.
Deixei os olhos vagarem pela grande reunião de estrelas que estava por todos os lados, deixando mais espaços preenchidos por seus pontos azuis do que espaços vazios e negros.
O que eu estava fazendo ali? Bem, tinha ido apenas para observar as estrelas, mas queria ver um “tipo” específico, e logo pude vê-lo.
A primeira estrela cadente riscou o céu e, menos de meio segundo depois de aparecer, tornou a sumir. Sorri e fiz um pedido, para depois voltar a me concentrar no céu inteiro e também em apenas um pedaço dele.
Não faço ideia de quanto tempo fiquei lá, mas os riscos brilhantes foram tantos que perdi a conta de quantos havia visto. Só sei que me levantei para ir embora quando vi que as estrelas voltavam a perder força, sendo escondidas pela luminosidade que já nascia no leste. Olhei ao redor uma ultima vez, vendo a escuridão desaparecer, até que virei as costas e corri de volta pelo caminho que tinha me levado até ali.

9 de novembro de 2011


Quando eu era criança, lá pela minha época de nove anos, comecei a me fazer aquelas perguntas básicas que ouvimos das bocas de pensadores antigos: qual a razão disso tudo, da vida, da nossa existência? Deus realmente existe? É, eu duvidava da existência de Deus com nove anos de idade.

Nunca havia tido uma religião. Na verdade, nunca havia me interessado por nenhuma. Minha mãe não me levava à igreja, ou culto, ou qualquer coisa assim. Ela me falava de Deus, que ele existia e era o nosso pai, e que eu devia acreditar nele. Eu acreditava, até, mas esse negócio de fé cega nunca foi meu estilo. Não que eu precise de provas para acreditar na existência de Deus, mas eu preciso de um raciocínio lógico que me leve a acreditar, e até aquela época, nada disso tinha me sido apresentado, o que acabava me levando a duvidar.

Só que aí, um belo e maravilhoso dia, me foi apresentada uma doutrina. No começo, eu não estava muito a fim de ir não, muito menos de frequentar um grupo de jovens que estava sendo formado, mas minha mãe insistiu e insistiu e me fez começar a ir. Obrigado, mãe.

Nessa doutrina eu encontrei as respostas para todas as minhas dúvidas, até para aquelas que eu nem sabia quais eram as perguntas ainda. Foi-me apresentada uma vida por um novo ângulo, um novo prisma, e eu passei a entender muitas, mas muitas coisas mesmo, que antes me angustiavam. O melhor de tudo foi o desejo que isso me despertou.

Estudar.

Concordo que não sou o mais aplicado dos estudantes, deixo a desejar muitas vezes, mas a sede por conhecimento pulsa dentro de mim e toda e qualquer coisa nova que eu puder conhecer, eu conhecerei, irei atrás, perguntarei e tudo isso por causa de uma indicação.

O Espiritismo entrou na minha vida e mudou-a completa e irreversivelmente. E, é claro, mudou para melhor. Me trouxe, como já disse, muitos novos conhecimentos, trouxe novos e grandes amigos, paixões, amores e, também, muitas novas perguntas, indagações. O que move o mundo não são as respostas, mas sim as perguntas. Elas sim fazem as pessoas estudarem e conhecerem, aprenderem, inventarem, e o Espiritismo me dá a liberdade para duvidar de toda e qualquer coisa, inclusive dele próprio, me levando a conclusões à partir destas indagações que me fazem ver a lógica e razão por trás da doutrina e crer completamente nele.

Há pouco tempo, uma nova vontade surgiu em mim, e eu pretendo segui-la daqui pra frente. Vontade de estudar, de aprender cada vez mais, de ler mais sobre o assunto, mas, acima de tudo, vontade de ser melhor, de aplicar aquilo que aprendi, de usar o conhecimento que tenho para tornar a mim e as pessoas ao meu redor um pouco melhores. E eu vou fazer isso sim.

É difícil, eu sei que é difícil e muito, na verdade, mas se eu não tentar, não começar, não me esforçar, vai ser ainda mais difícil. Afinal, isso um dia vai ter que ser feito. Porque não pode ser agora, então?

7 de novembro de 2011

Unis, Multis e Versos


Universo (segundo o dicionário): Conjunto de todos os astros com tudo que neles exista. O sistema solar, com seus planetas e satélites; o sistema do mundo; o mundo. a Terra e seus habitantes.

Pra mim, uma definição um tanto pobre.

Multiverso (segundo a Wikipedia): Conjunto de muitos universos.

Essa, apesar de bem mais simples, melhorou um pouco.

O que poderia ser um universo? Um espaço delimitado onde estão todos os astros originários do Big Bang? Não, pois ninguém sabe se o Universo tem fim ou não, então a parte do “delimitado” deixa a desejar.

Pra mim, um universo é um conjunto dos astros originários do Big Bang, como foi dito ali em cima, em uma única dimensão “material” delimitada, ainda que não com medidas físicas, e essa dimensão “material” que ele ocupa possui suas sub-divisões dimensionais, as quais podemos chamar de “planos”, e que vão desde os mais densos até os em que a matéria torna-se tão fluídica que não é mais necessária.

Um multiverso seria realmente o que está no significado: um conjunto de universos.

Mas você pode pensar: como assim um conjunto? Os universos seriam, então, delimitados e, onde acaba um, começaria outro, e assim por diante, e então esse aglomerado de universos seria chamado multiverso? Certo? Errado, pelo menos na minha teoria.

Pra mim, um multiverso é sim um conjunto de universos, mas o fato de tais universos serem ou não finitos não influencia em nada, pois cada universo está em uma “dimensão material” diferente, todos ocupando o mesmo lugar no espaço, mas em dimensões inalcançáveis umas às outras por meios materiais. Isso quer dizer que, por mais que viajemos para qualquer distância, nunca chegaremos a outro universo apenas dessa forma. A cada movimento que fazemos, nós “esbarramos” em infinitos universos (seria impossível saber quantos deles existem).

Só que eu vou ainda mais além. Acredito também na existência de mais de um multiverso, mas acho que aí seria apenas um além do nosso.

Quando houve o Big Bang, para toda matéria criada, foi criada antimatéria na mesma proporção e, não me aprofundando no conceito de antimatéria, para essa linha raciocínio apenas precisamos saber que, quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam, transformando-se completamente em energia. Isso nos leva a um questionamento: onde foi parar a antimatéria que deveria ter aniquilado a matéria que compõe os nossos universos? Porque, se ela foi criada (e ela foi sim, isso é comprovado) e nós estamos aqui, ela tem que ter ido parar em algum lugar.

Já entendeu onde quero chegar?

O único outro multiverso que imagino que possa existir, seria assim, formado exclusivamente por antimatéria, como o nosso é formado por matéria.

Onde ele estaria? Bem, não poderia estar em uma dimensão material paralela, já que não é formado por matéria, o que faria ambos se destruírem. Ele estaria, então, em algum lugar além dos espaços que abarcam nossos universos, em uma dimensão completamente à parte.

Pensando assim, chego à teoria de que os multiversos seriam finitos, ou então infinitos mesmo, mas estariam ambos inseridos em outro espaço maior, e tal espaço seria um espaço “neutro”.

Conhece um pouco de química? Há os elétrons (negativo), os prótons (positivo) e os nêutrons (neutros), e estes últimos não interagem com nenhum dos outros dois, mantendo-se “indiferente” às cargas de ambos. O espaço que abarcaria o multiverso material e o antimaterial seria como os nêutrons, um local formado por alguma substancia que não interage nem com a matéria, nem com a antimatéria, permitindo que ambos existissem e os mantendo afastados para que não se destruíssem completamente.

Bem, essa teoria não é científica, já que as teorias científicas baseiam-se em testes infinitamente repetidos, análises e tudo o mais, pois ela foi desenvolvida por mim, mas eu tomei como base dezenas de conceitos científicos interligados através da lógica (ainda que a minha seja meio bizarra à vezes e eu tenha ideias diversas sobre ela) e do pensamento racional.

Não sei se estou certo, próximo da verdade ou completamente errado, mas, vai saber, não é? Imaginar não faz mal a ninguém.

4 de novembro de 2011


Medo Vs. Coragem


É incrível o conceito errado, a significância errada, que tantas pessoas têm de tantas coisas e palavras. A maioria simplesmente não entende o verdadeiro significado principalmente de palavras, não o significado do dicionário, mas sim o significado real daquilo, o que aquela palavra realmente quer representar na realidade.
Quero falar de uma palavra em especial.
Coragem.
“Força ou energia moral que leva a afrontar os perigos; valor; destemor, ânimo, intrepidez, bravura, denodo: lutar com coragem”.
Essencialmente, essa definição do dicionário já está errada, ainda que não inteiramente. Na verdade, uma única palavra está fora de contexto aí.
“Destemor”.
Ah, o grande erro de todos os propensos a corajosos. Sim, dos propensos, pois os corajosos de verdade não cometem esse erro. Aliás, os corajosos de verdade, muitas vezes, nem mesmo se acreditam corajosos, apesar de ter esse conhecimento ser um ponto muito valioso em momentos onde a coragem é necessária.
As pessoas adoram dizer: “Ah, aquele cara é corajoso, não tem medo de nada”.
De duas uma: ou ele é corajoso mesmo, mas simplesmente não conta seus medos, ou o cara é um tolo e não tem um terço da coragem que acham que ele tem e fica se gabando para os outros.
Pois corajoso é aquele que sabe controlar o seu medo e agir na hora certa, e não aquele que não sente medo. Esse é tolo.
Muita gente acha que para se ter coragem, não se deve ter medo, mas isso é uma mentira devastadora. O medo, na verdade, é essencial para a coragem. Quando há a última sem a existência do primeiro, deixa de ser coragem para se tornar imprudência e autoconfiança excessiva, o que certamente, uma hora ou outra, levará ao erro.
O medo sempre esteve presente nas pessoas. Destacaram-se aquelas que controlaram seu medo para arriscar novas coisas, e então a essa atitude deu-se o nome de coragem, mas isso não significa que o medo sumiu de tais pessoas.
Sabe qual a importância do medo na coragem? Ele faz a ação ser racional, e não instintiva. O medo é instinto, muitas vezes, mas a coragem precisa ser racionalidade e emoção, não instinto irracional (não entrarei em detalhes sobre instinto, razão e emoção aqui, mas saiba que eles se completam e sempre andam juntos).
Para uma atitude corajosa não se tornar uma atitude precipitada ou imprudente, a racionalidade é essencial, pois ela nos faz analisar os perigos e então pensar numa forma de contorná-los, minimizar os riscos e então tomar a atitude correta. E o medo é quem proporciona isso à coragem.
Com isso, podemos chegar à conclusão de que pessoas corajosas não são diferentes das outras, não têm um algo a mais que as torna superiores. Elas simplesmente decidiram que não iam deixar seus medos as dominarem, e então passaram a tomar atitudes para enfrentá-los, e então se tornaram corajosas.
Qualquer um pode ser corajoso, e pode ter certeza que pessoas corajosas são muito mais felizes do que as que não o são, ainda que pareça que elas sofram mais. O que muda é o tipo do sofrimento. O “não corajoso” (não gosto da palavra covarde) sofre muitos mais e sem saber que sofre, enquanto o corajoso sabe as causas de seus sofrimentos e as enfrenta com bravura. O corajoso, um dia, deixará seus sofrimentos para trás, enquanto os outros ficarão mergulhados neles até que tenham a coragem de ser corajosos.

1 de novembro de 2011

(Ao ano)²


Um ano.
Para aqueles que já viveram muitos destes, muitos mais que eu, um ano não é um período grande demais. Bem, para mim é sim. Até porque, quanta coisa não acontece em um ano? Apenas um segundo já é o suficiente para mudar toda a nossa vida, imagina então um ano.
E foi exatamente o que aconteceu comigo.
Não posso dizer que este último ano acabou, mas sim que a partir de agora 2011 será um ano completamente diferente do que estava sendo. Será como se eu vivesse dois anos diferentes no mesmo ano, e de fato é isto que está acontecendo.
Este ano que “findou”, iniciou-se no dia 22 de outubro de 2010 e mudou completa, irreversível, irrevogável e maravilhosamente a minha vida. Hoje, se este ano não tivesse acontecido, se o fato que o iniciou naquele dia não tivesse ocorrido, eu seria uma pessoa diferente da que sou agora, e posso dizer com toda a certeza que hoje sou uma pessoa melhor do que era no dia 21 de outubro de 2011.
Este foi um ano, como já disse em cima, maravilhoso, que me trouxe dezenas, centenas e milhares de ensinamentos, aprendizados, felicidades, alegrias, prazeres, amor, momentos, recordações, sorrisos, risadas, declarações...
De todos os anos que já vivi, esse posso dizer que foi O ano.
Não tenho como afirmar se os que virão serão melhores ou piores. Na verdade, acho que isso, depois deste ano, não existe mais. A partir de agora os anos serão apenas diferentes, pois todos eles serão maravilhosos, e tudo isso por causa deste último ano.
Pois esse ano me trouxe um grande amor, um amor verdadeiro, que nunca irá sair de dentro do meu coração, da minha mente, da minha memória, e para sempre vai ocupar o seu espaço em mim, influenciando toda a minha vida e meu modo de pensar.
Este ano me modificou de forma profunda, e eu agradeço enormemente por ter tido a oportunidade de vivê-lo. Agradeço imensamente à pessoa que me permitiu viver tudo o que vivi.
Ainda que agora ela possa não acreditar ou às vezes duvidar de tudo o que eu disse, fiz e aconteceu, é uma das pessoas mais especiais para mim e, mesmo que um dia vá para longe, nunca sairá de perto de mim, nunca sairei de perto dela. Porque quando você cativa alguém, você se torna eternamente responsável por aquela pessoa, assim como a pessoa, que te cativou, também se torna por você.
Porque eu dei muito de mim e recebi muito em troca. Muitos pedaços de mim hoje habitam o coração dela, assim como os pedaços dela habitam o meu, e isso nada nem ninguém nunca poderá mudar de forma alguma. Crescemos, aprendemos, amaduremos, descobrimos coisas, experimentamos outras, arriscamos algumas, tudo isso, juntos.
Deste ano, guardarei apenas as coisas boas, pois as más nem mesmo parecem ter existido. Foram apenas detalhes que hoje não importam mais.
Nunca direi, também, que não deu certo. Porque sim, deu muito certo. Modificou-nos profundamente, e para melhor, e é isso que importa.
O amor que ela me ensinou a sentir, o amor que me mostrou ser capaz de despertar em outras pessoas é a prova mais verdadeira de que deu certo.
Um amor verdadeiro nunca acaba, apenas se transforma, por isso nunca deixarei de amá-la e também de agradecê-la por ter me feito tanto bem, por ter dado tanto dela a mim e me permitido dar tanto de mim a ela.
Obrigado.

 
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