24 de novembro de 2011

Dor, sofrimento e eu


Será que é saudável se perguntar que sina se carrega para ser quem se é? É permitido se indagar a respeito do que foi, fez, deixou de fazer e desejou, para o presente acontecer da forma como acontece? É idiotice ou se perguntar por que temos que ser de tal ou tal forma? Ou seria prepotência se indagar por que o efeito causado sobre outras pessoas é tão grande?

E se eu quisesse ser menos intenso? Conquistar menos? Fazer com que me amem menos? Deixar de ser quem eu sou por apenas alguns instante, ou então por toda a eternidade? E se eu quisesse que me esquecessem, ou então que nunca tivessem me amado? Posso desejar ter menos influência sobre a vida dos outros? Posso querer afetar menos as pessoas com meu jeito de ser? Ou então que meu jeito de ser simplesmente fosse diferente, para então impedir que algumas coisas aconteçam?

E se eu desejasse não ser quem eu sou? E se eu desejasse não ter conquistado as pessoas que conquistei? Posso querer não ser amado?

...

Porque as pessoas têm que sofrer? E porque a causa do sofrimento delas tem que ser eu?

Desculpe-me se estou parecendo muito prepotente, mas isso é verdade.

Se eu tivesse feito as coisas de propósito, pelo menos, teria uma explicação melhor, eu poderia me culpa e me julgar, poderia me condenar, mas e quando apenas somos nós? E quando não fazemos nada além de agir de forma natural, reagir da forma que realmente somos, sem pensar ou maquinar alguma coisa?

Nunca fiz algo além para conquistar alguém a não ser ser eu mesmo, por que simplesmente não sei fazer isso, mas o problema sempre foi quando conquistei pessoas sem ter a intenção de. Resultado? Dor e sofrimento...

Não aguento ser a causa do sofrimento de alguém! Mas eu sou, sempre fui, sempre alguém acabava sofrendo por minha causa...

Por isso, só queria, às vezes, deixar de ser quem eu sou.

Isso me faz pensar no que preciso “pagar” dos erros passados e também dos presentes... Mas, se os erros foram meus, eu não deveria sofrer sozinho por eles?

Há pessoas que dizem que não gostam de se apaixonar, mas eu gosto. Gosto da emoção, das sensações turbilhonantes, da euforia, da excitação, da agitação, da sensação de que o coração vai saltar do peito a qualquer instante. Talvez as pessoas digam que não gostam por que a maior parte das paixões acaba gerando dor em longo prazo. Aprendi a lidar com essa dor e nunca deixei de arriscar uma nova paixão. O problema é que as pessoas em geral não sabem lidar com essa dor, por isso preferem não se apaixonar.

Eu não sei... Acho que isso foi mais um desabafo de um coração que não aguenta mais ver as pessoas sofrendo por culpa dele. Sofreria sozinho toda a dor ou decepção que já causei à algumas garotas, apenas para não ver pessoas que amo sofrendo. Mas não tenho como fazer isso.

Por isso só me resta desejar, ainda que isso não seja possível, que eu pudesse deixar de ser como sou, pelo menos para a maior parte das pessoas. Não quero mais ver ninguém sofrendo por mim, só isso...

2 comentários:

Beatriz Gosmin disse...

Meu Deus...

Você simplesmente me retratou neste texto!
Lindo, e... Estou sem palavras.

Gustavo R. Fragazi disse...

Ah, obrigado! ^^
Nesse texto realmente não faltou sentimentos quando o escrevi...

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