26 de novembro de 2010

Traduzindo inexistências


Um trecho da música Piano Bar, do engenheiros, me chamou a atenção outro dia.
“Na verdade o nada é uma palavra esperando tradução”.
O que seria o nada?
Acho que podemos considerá-lo como a ausência de algo, certo? Ausência do que?
De palavras?
Ou de sons?
De cores talvez?
A ausência de ar poderia ser denominada um nada? Talvez. Mas esse “nada” se chama vácuo. Então queremos dizer que, na verdade, o vácuo não existe? Porque se vácuo=nada e nada= a não existir algo presente, então vácuo=algo inexistente. É uma lógica simples...
Mas e a ausência de palavras? Se for em um papel teremos uma folha em branco e a folha não é nada, ela existe. Ausência de sons? Apenas o silêncio... O silencio não existe também, então? É algo que pode ser até mesmo ouvido! Mas é apenas um nada?
E a ausência de cores? É o preto, o escuro. A ‘cor’ preta que vemos por aí não é a verdadeira ausência de cores, pois o vemos como algo nítido, podemos mensurar suas dimensões. Existe até os pretos que refletem! (como a pintura dos carros).
A verdadeira ausência de cor não é visível. Nós a “vemos” como um ‘buraco’ no espaço, assim como quando olhamos para uma noite escura ou um quarto fechado e sem luz. Simplesmente não temos noção alguma de espaço. Se conseguíssemos pintar um quarto de um preto total, que não refletisse qualquer luz, e acendêssemos uma lâmpada em seu centro, nós a veríamos perfeitamente, assim como conseguiríamos enxergar a nós e a qualquer outra pessoa ou objeto presente no quarto, mas não conseguiríamos ver nenhuma parede ou o chão, nem mesmo o teto em volta da lâmpada, pois nenhuma luz seria refletida por eles para que nossos olhos captassem.
Seria como se nós e a lâmpada estivéssemos flutuando. Só ‘veríamos” a parede quando batêssemos nela. Isso a transforma em um nada? Não. Nosso nariz vai sentir uma dor bastante real.
Cientistas já descobriram que, onde achávamos que não havia nada no espaço, apenas o vácuo (que é igual a nada), existe alguma coisa. Eles só não sabem o que é.
Seria então tal ‘matéria’ o nada?
O que é o nada? Ele existe ou não? É uma palavra que inventamos para dar nome às ausências de coisas? Escuro, preto, silêncio, morte... Ou é uma palavra esperando uma tradução correta, a qual ainda não temos capacidade para descobrir?
Eu acho que o nada existe, senão não teríamos uma palavra para denominá-lo, a diferença é que provavelmente ele é, significa algo totalmente diferente do que achamos que é.

2 comentários:

Anônimo disse...

woooooow
brisa level up!
ASUHAUSHAUS
faz tempo qe não leio seu blog Guuh, vou tirar um dia pra ler os posts anteriores (:
mas só se não forem mtu grandes :DD

Gustavo R. Fragazi disse...

hahaha thanks pah! me deu uma inspiração p/ brisar
hj no trabalho!
nao sao tao grandes assim, a fonte q eh grande!
;D

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