Autor: J. R. R. Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 336
Skoob: Livro
Num tempo muito remoto, muito, muito antes dos
tempos de “O Senhor dos Anéis”, um grande país estendia-se para além dos Portos
Cinzentos a Ocidente: terras por onde outrora caminhou Barbarvore, mas que
foram inundadas no grande cataclismo com que findou a Primeira Era do Mundo.
Nesse tempo remoto, Morgoth habitava a vasta fortaleza de Angband, o Inferno de Ferro, no Norte; e a tragédia de Túrin e a sua irmã Niënor desenrola-se sob a sombra do medo de Angband e a guerra forjada por Morgoth contra as terras e cidades secretas dos Elfos.
Nesse tempo remoto, Morgoth habitava a vasta fortaleza de Angband, o Inferno de Ferro, no Norte; e a tragédia de Túrin e a sua irmã Niënor desenrola-se sob a sombra do medo de Angband e a guerra forjada por Morgoth contra as terras e cidades secretas dos Elfos.
Para mim, não
importa o que as pessoas digam, Tolkien é um gênio fantástico e, por mais que
muitos digam que não, melhor que George R. R. Martin.
Afinal, o
Tolkien não escreveu apenas uma série de sucesso. Ele escreveu um mundo, um
universo inteiro.
A saga de O Senhor dos Anéis se passa na Terceira
Era da Terra-Média, milhares de anos depois de o mundo ter sido criado pelos
Valar (para saber mais sobre os Valar e a criação da Terra-Média, leia O Silmarillion, de Tolkien), e é apenas
o fim da história que ele escreveu. Antes
disso há um mundo inteiro de histórias.
Os Filhos de Húrin, conta exatamente a história de seu título, a dos filhos de Húrin. Húrin
foi um descendente de Beren, o maior e mais poderoso homem que passou pela
Terra-Média. Beren se casou com uma elfa, Lúthien, e desafiou Morgoth, por isso
ficou tão conhecido. Sua história é contada em O Silmarillion.
Húrin, sendo
descendente de Beren, nada menos poderia ser do que um grande homem, que também
desafiou Morgoth, que, na verdade, é Melkor, o primeiro e mais poderoso dos
Valar, os seres que criaram o mundo.
Húrin acaba
sendo aprisionado por Morgoth, que lança uma maldição sobre a sua família,
dizendo que a sua sombra pairará sempre em cima deles, levando-os a tristeza e
a maus caminhos.
A casa de Húrin
então se desfaz sob o ataque de Morgoth sobre a Terra-Média, o que força Túrin,
seu filho mais velho, a abandonar sua mãe e irmã, que, com o tempo, acabam
tendo que sair de suas terras também.
Túrin se torna
um grande homem, digno de sua descendência, um grande senhor e guerreiro, mas a
má sorte está sempre acompanhando-o em suas decisões, que, por mais que sejam
bem intencionadas, acabam trazendo o mal para aqueles que o cercam, inclusive
para sua irmã, Nienor, a qual acaba reencontrando após muitos anos.
Neste livro o
estilo clássico de Tolkien está, é óbvio, presente em cada linha, com sua forma
detalhista de descrever tudo, mas apenas aquilo que é mais necessário, ainda
que isso já seja muita coisa.
Confesso que
quando fui começar, tive medo de que fosse como Contos Inacabados, uma leitura cansativa e sem ritmo, mas me
surpreendi com o conto, como dizem, mais sombrio de Tolkien. No fundo, não há
felicidade na história dos filhos de Húrin. É uma história triste, mas que nos
apresenta novos fatos sobre a fantástica história da Terra-Média.
Para os que
apenas assistiram aos filmes ou simplesmente “gostaram” dos livros d’O Senhor dos Anéis, acredito que esta
história não seja muito relevante.
Àqueles que são fãs
dos livros de Tolkien, historiadores fascinados pela Terra-Média, não apenas por
O Senhor dos Anéis, recomendo este
livro como uma ótima e construtiva leitura.
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