19 de dezembro de 2010

Contos de um Camping

O Homem de Laranja

Certo dia me preparei para viajar como acontecia em todo final de ano. Eu e minha família íamos passar o ano novo em um camping onde temos um chalé pela terceira ou quarta vez seguida, não me recordo exatamente que ano foi. Depois de uma hora e meia de viagem, estávamos lá.

Chegamos mais ou menos na hora do almoço, arrumamos o chalé, comemos e depois eu e meu irmão saímos, como sempre. Encontramos nossos amigos e o dia se passou normalmente, sem nenhum incidente (coisas que não eram raras lá).

A noite que foi um problema.

O sol já havia se post há várias horas, devia ser lá pelas dez horas da noite, quando eu e mais dois amigos resolvemos dar uma volta por lá. Ficamos andando por um bom tempo, apenas conversando e rindo. Fomos caminhando calmamente em direção ao pesqueiro que ficava em uma parte meio que isolada do camping, mas não muito. Há mais ou menos uns cinqüenta metros da sua entrada, os chalé acabavam e, ali, os postes de luz na existiam, apenas uma luz branca que ficava acesa dentro do pesqueiro, àquela hora, fechado.

Paramos no portão e ficamos observando a calmaria durante alguns segundos. Logo após, como ali era um caminho sem saída, começamos a voltar.

A rua era larga, de terra, com dezenas e dezenas de pinheiros em ambos os lados, as pinhas coalhando o chão esburacado e coberto das agulhas das árvores.

Chegamos à uma parte onde a rua se dividia, começando um novo caminho para a nossa esquerda, indo para trás em um ângulo fechado, levando aos últimos chalés do camping naquela parte. Havíamos passado por ali na ida, mas foi na volta que paramos os três ao mesmo tempo.

Era como se eu tivesse sentido alguma coisa no ar, atrás de nós. Olhei para os meus amigos, e nós três olhamos para trás ao mesmo tempo. Estávamos sozinhos?

Não...

Um homem alto, inteiramente vestido de laranja, estava junto ao muro baixo que separava a rua dos chalés da rua do pesqueiro, em meio aos pinheiros. Ele usava uma camiseta laranja e uma bermuda laranja, seu rosto encoberto pelas sombras da noite. Todos os pêlos do meu corpo se arrepiaram, e novamente fizeram isso enquanto eu relembrava esse momento.

O homem disparou para o outro lado da rua, mais rápido do que qualquer pessoa poderia correr, sem produzir um som sequer, sem mover uma folha do chão. Subiu o morro do outro lado, ao fim dos pinheiros, em menos de um segundo, sem esforço, e desapareceu na escuridão acima.

Eu olhei para os meus amigos no mesmo instante e, não me lembro mais, algum deles gritou bem alto: Corre!

E corremos.

Quase tão rápidos quanto o homem de laranja, eu imagino, porém muito mais ruidosos, corremos sem parar, sem falar, direto para o meu chalé, que era onde estava o resto do povo.

Chegamos ofegantes e trêmulos, tentando entender o que havia acontecido.

Contamos aos outros que, primeiramente não acreditaram muito, mas, pelas nossas caras e reações, não tinham como duvidar.

Essa foi a primeira vez que vimos o homem de laranja.

3 comentários:

Phamela Silva disse...

aaaaah, tudo isso era medo de um homem de laranja ? que franguinhas HAHAHAHA.
Guuh, isso foi tão besta ! s2

Gustavo R. Fragazi disse...

heey issp td foi vdd ok? eu n to inventando nada!
isso aconteceu!
e na época eu tinha medo, hj n mais!
;D

Phamela Silva disse...

hahaha, eu acredito que seja verdade .
maais medo de um homem de laranja HAHAHAHAHAHAH'
tinha que ser você !

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