Assistindo ao filme “O Aprendiz de Feiticeiro” tive algumas idéias. Na verdade, apenas vi um jeito de organiza-lãs de uma maneira nova. Em um texto.
Para quem ainda não sabe, eu escrevi um livro. Quero fazer uma trilogia, então ainda falta um caminho a se percorrer. O nome é “Herdeiros da Luz: O Início da Guerra das Sombras”. Bem brisante, eu sei, mas gostei desse título.
A história do meu livro se passa no nosso mundo (no começo apenas), do jeito que ele é. A magia é um elemento principal, assim como idéias espiritualistas e científicas, como a teoria da multiplicidade de universos paralelos que co-existem com o nosso, impossíveis de se alcançar materialmente. Ok, explicando assim fica difícil, mas, quando ele for publicado, é só comprar que vai entender direitinho a história.
Sobre a magia:
Quis “criar” uma forma nova de magia. Em outros livros que abordam este tema, ela é um tanto impossível, irreal e imaginativo demais (dã, é magia neh!). Ok, é magia e, tecnicamente, é impossível mesmo. Mas não no meu livro.
Eu quis aproximar ao máximo a minha história do real, da vida. Lá, a magia é de todos, qualquer um pode fazer magia, basta apenas saber controlá-la (existem exceções, mas não vou falar aqui, quando o livro sair, você descobre! ;D).
Eu gostei da forma de magia criada no filme. Nas outras histórias, ela não tem muita lógica. Uma hora, secam as roupas com um feitiço, na outra, penduram a roupa lavada, ainda que um simples “limpar” elimine diversas sujeiras. E a matéria que estava ali? Desapareceu? É, tenso.
Sem contar que, nesta história aí de cima e em outras, a magia é algo para alguns apenas, para uma raça especial, ou pessoas “escolhidas”.
No filme e também no meu livro, a magia é baseada na ciência, lógica e se aproxima ao máximo de coisas possíveis.
Uma pequena definição, extraída do meu livro:
- Qual a definição de magia? – ele me perguntou sem rodeios.
A pergunta me pegou desprevenido. Eu estava esperando explicações, não questionamentos. Pensei um pouco sobre a pergunta. Definição de magia? Sonnior nunca tinha me falado nada sobre isso.
Olhei para Galdor enquanto pensava. Ele esperava pacientemente pela resposta, olhando-me serenamente.
- Bem, – comecei, um pouco hesitante – acho que magia seria a “habilidade” – coloquei aspas na palavra enquanto falava – de se controlar a energia. Quanto maior seu domínio sobre ela, mais coisas conseguirá fazer.
- Porque pensa desse jeito? – perguntou ele.
Mais uma pergunta inesperada.
- Acho que porque para qualquer tipo de magia, é necessário energia. – esperei que ele dissesse algo. Como o silêncio se prolongou, perguntei – Estou errado?
- Sim e não. – ah, agora sim fazia sentido. Ele esperou que eu abaixasse a sobrancelha que tinha levantado antes de continuar – Sim, porque, como você disse, para qualquer tipo de magia, é necessário utilizar energia. E não porque o domínio da energia não é o essencial na magia, e sim uma técnica necessária para sua execução.
Ele deixou que eu absorvesse as informações antes de continuar, como Sonnior fazia.
- Um definição simples, mas mesmo assim correta, da magia, seria uma frase um tanto conhecida: “A mente domina a matéria”. – é, fazia sentido – Para dominar a matéria – continuou Galdor, sem se interromper – a mente precisa da energia, porém a energia não faz nada sozinha, precisa de nós, da força de nossos pensamentos para moldá-la. Uma definição completa da magia seria: “a utilização da mente no domínio da matéria através do controle energético”.
Nunca tinha pensado naquilo antes. Eu podia ver, pela lógica, que ele estava certo.
- Tendo isso em mente – ele começou outra pergunta – o que é possível fazer com a magia?
Eu tinha acabo de chegar nessa resposta antes mesmo de ele perguntar.
- Tudo. – respondi.
Ele parecia ter percebido que eu tinha entendido as implicações do “tudo”. Mesmo assim falou.
- Explique.
- Tipo, se tomarmos a frase que você disse como verdadeira – eu tentava fazer as palavras acompanharem o pensamento, que já estava muito a frente – ela não deixa implicações para limites, apenas afirma que a mente domina a matéria – como eu sabia que não era essa a resposta que ele queria, continuei – Quero dizer, se você puder realmente “compreender” a matéria, entender como ela funciona e alcançar sua “essência” com a mente, sua menor partícula, cada átomo, poderá fazer o que quiser com ela.
Esperei pela negativa. Galdor sorriu e eu pude ver que dessa vez eu tinha acertado. Ele não fez nenhum comentário nem elogio, apenas voltou a perguntar.
- E como podemos fazer isso? – suas perguntas não acabavam?
- Hã... treinando? – fiquei em dúvida.
- Com disciplina. – corrigiu ele. Acho que eu não deveria esperar um acerto por minuto – Disciplina e disciplina. – continuou Galdor.
A magia está em tudo, no ar, na terra, na água e no fogo, na matéria, em nós.
O nosso mundo é muito mais mágico do que você imagina. Para perceber, basta apenas acreditar.
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