2 de setembro de 2010

Aos franceses

Acho que estou sofrendo de uma pequena crise de falta de criatividade. Talvez possa ser pelo excesso de textos que produzi em pouco tempo, o que teria “esgotado” a criatividade. Mas eu sei que, na verdade, não é isso. É que minha cabeça anda ocupada demais com um outro assunto, não me deixando muito espaço para pensar em outras coisas, assim não consigo me concentrar o suficiente e nem me inspirar para escrever sobre outra coisa que não seja esse assunto.

Quando fui escrever meu último post, na verdade, eu queria escrever sobre algo completamente diferente. Não consegui. O texto ficou ruim e eu acabei me entregando ao pensamento mais constante. Lendo o blog do meu amigo Nathan, me inspirei para escrever sobre outra coisa, que também tem a ver com meu “pequeno” assunto de cabelos negros, um lindo sorriso e seus miados.

Existem muitas coisas boas na vida. Muitas mesmo. Coisas que trazem prazeres momentâneos ou mais duradouros, alegrias imensas, outras nem tanto. Mas existe uma coisa que, para mim e também para muitos outros (tenho certeza disso) é melhor do que muitas outras.

Essa coisa pode acontecer de diversas maneiras. No escuro, no claro, na chuva, no sol, na água, encostado em uma parede, sentado, de pé. Existem também diversos tipos. Delicado, intenso, devagar, rápido, molhado, de cabeça pra baixo, de olhos fechados ou abertos, junto com um abraço bem forte. Agradeço muito aos franceses por terem inventado isso.

Já da pra saber sobre o que eu estou falando certo?

Sobre o beijo.

O beijo é uma das melhores coisas da vida e melhor ainda é quando beijamos a pessoa por quem estamos apaixonados. Com ela, não importa local ou maneira, se chove ou faz sol, o beijo sempre vai ser melhor do que com outra pessoa. É uma coisa íntima que aproxima as pessoas de uma forma que nenhuma outra coisa pode fazer. Não é possível mentir quando se está beijando, quando se começa, fica muito difícil resistir, parar.

Uma pequena narrativa para explicar melhor:

Agora as palavras acabaram, eu disse as coisas que precisava dizer, coisas que já estavam explodindo no meu peito, querendo sair, causando um aperto quase doloroso quando misturadas às emoções. Tentei colocá-las em palavras da melhor maneira possível: Senti sua falta hoje – eu disse à ela – falta do seu abraço, do seu sorriso. Não consegui parar de pensar em você. Então eu me aproximei lentamente dela, coloquei os lábios em sua orelha e completei: Você me conquistou, me apaixonei por você.”.

Palavras, porém, não são suficientes para expressar as emoções. Trouxe-a para bem perto de mim, eliminando qualquer espaço entre nós, com delicadeza e firmeza, nossos rostos agora separados por apenas alguns centímetros. Eu podia sentir sua respiração acelerada em meu rosto, seu hálito quente, o coração acelerado no mesmo ritmo que o meu. Passei a mão pelo seu rosto, afastando seu cabelo macio. Levei minha mão até a sua nuca e ali eu segurei com firmeza. Aproximei ainda mais meu rosto, nossos lábios quase se tocando, mas ainda não a beijei, prolongando o momento que antecede o beijo, que pode ser quase tão bom quanto o próprio beijo. Finalmente, não pude mais me conter. Nossos lábios se tocaram suavemente no começo, testando, conhecendo, mas logo o beijo se tornou mais intenso, nossos corpos unidos, as emoções se alterando, intensificando, ficando muito melhores...”

Existe coisa melhor do que isso? Não, não existe. E como é difícil você estar junto com essa pessoa e simplesmente não poder beijá-la, sem nem poder ter certeza de que isso vai acontecer mesmo.

Como eu queria poder beijá-la...

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