13 de outubro de 2011

Aos amigos


Recebi um e-mail com uma daquelas apresentações .ppt que a maioria de nós simplesmente exclui assim que vê o anexo (daqui a pouco os e-mails as estarão enviando para o spam) mas eu a abri e a li inteira. Ela falava sobre os amigos.

Segundo que a criou, amigos são como folhas de árvores, e nós somos a árvore. Alguns ficam apenas uma estação, enquanto outros ficam por muito tempo, mas todos acabam deixando algo em nós. Uns pouco, outros muito. Isso me fez pensar um pouco. Na verdade, isso me fez sentir aquele aperto ao mesmo tempo gostoso e doloroso no peito, que nós chamamos de saudade.

À minha mente voltaram lembranças e rostos de amigos que a muito não vejo, que fazem meu peito se apertar de saudade. Essa semana, voltando da faculdade por um caminho que nunca faço, encontrei um deles, um grande amigo que não conversava a um bom tempo e, mesmo que tenham sido poucas palavras por ser pouco o tempo, foi bom.

Nós colecionamos amigos por toda a nossa vida. Alguns, como eu li lá, ficam por pouco tempo, apenas um dia ou algumas horas, uma semana, um mês, ou aparecem uma vez por ano, mas não deixam de ser amigos. Rimos e nos divertimos, conversamos ou até nos apaixonamos. Esses amigos, os de épocas, amigos de verão, de acampamento, de uma viagem, são, talvez, os que mais deixam saudades, pois deles guardamos apenas lembranças boas e bons sentimentos, com eles aprendemos que amizades e até mesmo amores não precisam de longos dias de conversas e convivência. Para uma amizade começar, precisa apenas de um sorriso, às vezes.

Outro dia, conversando com a minha namorada, minha maior amiga, percebi o quão sortudo sou.

Amigos são medidos por qualidade, é óbvio, e não por quantidade, mas eu parei para pensar e percebi que tenho uma quantidade grande de amigos de qualidade, com os quais tenho certeza que posso contar, enquanto outras pessoas contam nos dedos de uma mão seus amigos de verdade, e ainda sobram dedos.

Tenho um amigo praticamente de berço, amigo “primeiro”, que conheci quando estava no pré I ainda e, ainda que não mantenha muito contato hoje em dia, levarei para sempre as grandes lembranças que criei com ele, o grande amor que construímos. Tenho também pelo menos uns três amigos “de infância”, grandes amigos com os quais divido alegrias até hoje, desde a faculdade até o kung fu.

Há os amigos que vieram depois, também, os do início e fim da adolescência, mas nem por isso são menos importantes. Amigos que compartilharam as épocas mais complicadas com seu apoio e grande amizade, e pelo menos uns dois ou três posso chamar de amigos irmãos.

Mais ou menos na mesma época surgiram aqueles amigos de verão, de “acampamento”, mas, ao contrário do que acontece com essas amizades, elas não perduram apenas como ótimas lembranças. Esses ai posso dizer que chegam a pelo menos uns dez, com certeza, e mesclam as mais variadas idades, pois a faixa etária é o que menos importa para uma amizade. Nessa época apareceu também aquela famosa paixão de verão tão contada em tantos filmes, que todos têm muita vontade de experimentar, mas nem tantos conseguem, e que também será levada eternamente por mim no meu coração.

Chegando mais próximo do hoje, na faculdade e fora dela, coletei mais algumas amizades por aí e agreguei-as ao meu coração, ao meu espírito e algumas delas vieram com uma grande parcela de conhecimento espiritual.

E há relativamente pouco tempo, surgiu a que hoje posso dizer que é minha maior amiga, que conhece todos os meus segredos e medos, aquela para a qual abri meu coração totalmente, pois ela o conquistou e não havia nada que eu pudesse fazer.

De todos os amigos que citei aqui, posso dizer que todos são aqueles que chamamos de “amigos do peito”, amigos que podemos confiar que estarão ao nosso lado se um dia realmente precisarmos, e é por isso que, mesmo com todas as dificuldades da vida, com todo o azar que já demonstrei ter em várias situações, sei que tenho uma imensa sorte que compensa toda essa má sorte que já apareceu.

Sabe por quê? Porque eu me sinto extremamente feliz e orgulhoso de dizer que, se for para contar nos dedos todos os meus verdadeiros amigos, nem mesmo com a ajuda dos dedos dos pés eu conseguiria contar todos.

Cada um deles tem seu espaço reservado e especial no meu coração, na minha existência, têm seus momentos compartilhados, as experiências vividas, os conhecimentos aprendidos...

Mas, principalmente, todos eles são saudades no meu peito e amor no meu coração.

Dedico esse texto a todos os meus amigos.

12 de outubro de 2011


Um mestre viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e ele caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente foi picado. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse: “Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?”. O mestre respondeu: “A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar”. Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou a sua vida. Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Quando a vida te apresentar mil razões para chorar, mostre-lhe que tens mil e uma razões pelas quais sorrir. Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação, porque a consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você, e o que os outros pensam, é problema deles.

11 de outubro de 2011

Rostos


Às vezes eu me pego olhando para as outras pessoas e tentando identificar, entender, perceber, adivinhar, ver, ouvir, ler, qualquer verbo que sirva para eu identificar algo, e esse algo é o que se passa na cabeça delas.
Cada pessoa é um mundo único (li isso em algum lugar mas não lembro mais onde) e, por trás de cada par de olhos, de cada levantar ou contrair de sobrancelhas, cada suspiro, cada gesto, de cada reação, existe uma história unicamente única entre bilhões e mais bilhões de seres.
Por trás de cada um desses rostos pelos quais você passa na rua, muitos deles, uma única vez na sua vida, existe um fantástico e fascinante mundo.
Você pode, por exemplo, imaginar uma determinada situação e tentar descobrir como você reagiria nela, mas isso às vezes não é tão fácil. Agora tente imaginar como uma pessoa que passou na rua por você reagiria pela mesma situação.
É impossível!
Até mesmo o mais pacífico dos seres humanos da Terra pode acabar reagindo a um assalto e matar o assaltante.
Por trás de cada decisão que uma pessoa toma, há uma vida inteira influenciando, e não apenas uma, mas centenas.
Agora pare e pense que, da mesma forma que quando você está na rua você pensa em várias coisas, cada uma das pessoas que você encontra também pensa. Aquela pessoa que está simplesmente parada em pé no metrô sem expressar uma única reação, olhando para frente com aquela cara de paisagem, está pensando em muitas coisas das quais você não pode nem fazer ideia. Ela pode estar se perguntando porque tem alguém olhando para ela ou se tem alguém, ou te achando atraente ou infinitas coisas.
Você já parou para pensar na complexidade que é apenas uma pessoa? Em tudo o que acontece inconscientemente no corpo dela e até mesmo nas reações inconscientes que ela tem. Você já parou para pensar, também, que a maioria das pessoas passa pelas suas vidas sem se perguntar isso? Talvez você possa achar que é algo totalmente inútil, mas, para mim, ajuda a entender a verdadeira maravilha que é estar vivo, e também a valorizar essa vida. Porque todas essas perguntas que eu te fiz e que faço para mim, não possuem uma resposta que possa chegar pela simples lógica ou até mesmo reunião ordenada de acontecimentos ou fatos. São coisas que, às vezes, apenas uma pessoa e poucos outros seres, nenhum deles pertecentes à esfera que estamos, têm consciência.
Eu não sei, só acho que às vezes faz bem, é legal, interessante, questionar as coisas que vemos. Nesse aspecto Sócrates é meu ídolo (e eu não estou falando do jogador).
Até a próxima!

10 de outubro de 2011

Uma pequena narrativa

Este é um texto que achei perdido entre os rascunhos do meu blog e foi escrito há quase um ano, eu acho.

Ele estava feliz por aquele dia. As coisas tinham acontecido bem.
Durante a manhã, tinha ido para a escola (cursava o terceiro colegial) e o período passado lá tinha sido bem aproveitado. Conversas com os amigos, uma prova bem sucedida de História (graças a algumas comparações de respostas também), uma aula de Literatura que foi usada para diversas coisas menos para estudar sobre velhos poetas e escritores mortos e enterrados e reencarnados a séculos, algumas partidas de truco e outras coisas mais.
Estava feliz pela sua tarde também.
E noite.
Ele estava namorando. Não há muito tempo, dois ou três meses, mais ou menos. Sua namorada era uma garota excepcional. Cabelos loiros e enrolados, corpo magro com curvas bem definidas e atraentes, não muito alta.
Enquanto pensava nela, corria de volta para casa. Era tarde e ele tinha demorado demais na casa dela, talvez não conseguisse pegar a última lotação para sua casa. Mesmo assim, tentava. Se tivesse que voltar a pé, tudo bem, ele estava acostumado (mas teria que ir ainda mais rápido).
O suor escorria lentamente pelo seu rosto, incomodando-o levemente. Existiam coisas suficientes em sua cabeça, porém, para desviar sua atenção.
Começou a se lembrar do dia em que tudo começou...
Eles tinham saído apenas para dar uma volta depois da escola. Foram até um parque que havia ali perto.
Andavam despreocupados, descontraídos, sem pensar ou imaginar o que poderia acontecer. Eram grandes amigos já há algum tempo, e isso tornava a conversa muito mais fluida entre eles, fácil para tocar em qualquer assunto.
Conversaram sobre muitas coisas. Amigos, família, problemas com os pais, ex-namorados de ambos, coisas sem sentido, sobre fabricação de bombas, etc. Muitas coisas mesmo.
Em certo momento, quando ambos já precisavam voltar para casa ele tocou em um assunto que, sem saber, também interessava a ela.
Alguns dias antes, em um final de semana, tinham ido ao shopping ver um filme junto com outros amigos. Tudo correu de forma perfeitamente normal até a hora de se despedirem. No momento em que ela beijou sua bochecha e a abraçou, ele sentiu um desejo tão forte de beijá-la na boca que foi difícil de controlar. Na verdade, ele não sabia exatamente porque tinha controlado tal desejo. Porque? Uma dúvida, realmente. Mas o fato foi que ele não fez nada.
Ele contou isso a ela naquela caminhada.
A reação não foi tão ruim. Na verdade, foi boa.
Ela ficou alguns instantes sem falar nada, depois, riu e disse que não sabia o que dizer. Nesse momento estavam sentados no chão um de frente para o outro. Ele olhou-a profundamente nos olhos. Ela retribuiu seu olhar por alguns segundos, antes de desviá-lo. Ela disse, sem olhar para ele, que também sentia vontade de ficar com ele já há algum tempo, mas não teria dito nada se ele não tivesse tocado no assunto.
Nesse momento, ele achou que as coisas não tinham dado certo. O assunto não avançou.
Se levantaram (ela estava atrasada) e se abraçaram com força.
“Momentos como esse que eu quis dizer” disse ele em seu ouvido “Igual ao outro dia. A vontade é muito grande”. Ela não disse nada, apenas balançou a cabeça. Ele se afastou lentamente, querendo olhar em seus olhos. Ela os fitou lentamente e naquele momento ele soube que ela também queria, mesmo que pela sua boca saísse um Não. Estava escrito ali, escrito em sua alma, em sua vontade.
Ele a abraçou com força, colocou suas mãos nas suas costas e a trouxe para bem perto, carinhosa e firmemente. Suas bocas se aproximaram perigosamente. A dela se abriu um pouco, mas, quando ele avançou um milímetro, com a intenção de beijá-la, ela desviou o rosto.
Ele moveu seus lábios pela sua bochecha até alcançar seu pescoço e beijou-o lenta e deliberadamente. A respiração dela acelerou sensivelmente. Ele passou suas mãos por baixo da camiseta dela, suas peles quentes se tocando e aumentando ainda mais a temperatura. A sensação da mão dele nas costas dela, sentindo todos os pêlos arrepiados, era tentadora, fazendo o desejo de beijá-la aumentar ainda mais. Sentia o desejo que emanava do corpo dela, pela sua voz trêmula ao dizer seu nome, pelas suas mãos que o empurravam enquanto queriam puxá-lo para mais perto, pelo cheiro da sua pele que se misturava ao aroma do seu perfume o do xampu. Seu cabelo ainda parecia estar levemente úmido, mesmo que ela tivesse tomado banho horas atrás.
“Eu... não sei se devo” ela disse em um sussurro.
“Porque não?” ele perguntou.
“Não sei, não tenho certeza”.
“Você também quer, eu sei que quer”.
Ela riu da confiança dele.
“E se eu disser que não quero?”.
“Está escrito nos seus olhos que você quer. Seu corpo diz isso”.
Ela não respondeu a essa afirmação, o que era apenas uma confirmação. Ele a abraçou com ainda mais firmeza e sentiu seu corpo perder levemente a força nas pernas, a respiração se tornando irregular.
“Olha pra mim” ele sussurrou em seu ouvido.
Ela se afastou e o olhou nos olhos, tentando manter uma distância segura entre suas bocas, as mãos tapando a dele para ter mais segurança. Ele se aproximou lentamente e, dessa vez, ela não desviou o rosto, o desejo vencendo por alguns instantes sua força de vontade. Seus lábios se tocaram levemente, com alguma tensão, enquanto ela ainda tentava resistir a ele. Quando ele achou que um primeiro beijo ia se formar, ela virou seu rosto rapidamente, seu auto controle forçando-se a dominar os instintos. Ele tentou mais uma vez e novamente só conseguiu o selinho antes que ela conseguisse reunir vontade para desviar o rosto novamente.
“Porque resistir tanto?” ele perguntou baixinho.
“Eu tenho que pensar, não sei...”.
“Você também quer, sabe disso”.
“Eu nunca disse que não quero”. Ela olhou em seus olhos nesse momento “Eu terminei um namoro a não muito tempo, eu sei que você entende isso”.
“Eu entendo. Mas uma oportunidade pode não voltar mais”.
“Somos nós que fazemos as oportunidades. A gente vai ficar, mas espera um pouco”.
Ele não respondeu. Ficou em silêncio por algum tempo, abraçando-a, o melhor abraço que ela já dera a ele em tanto tempo.
“Eu tenho que ir”. Ela falou.
Ele beijou lenta e suavemente seu rosto. Ela suspirou e ele sentiu que ela se esforçava novamente para se controlar.
Se despediram, cada um com um sorriso no rosto. Ainda que as coisas não tivessem acontecido do jeito que ele queria, estava feliz.
Voltou ao momento presente. Estava quase chegando em casa. Entrou calmamente, como se nada tivesse acontecido...

Desculpas


Faz exatamente 43 dias que postei aqui pela última vez. Não sei se foi exatamente neste último post ou no anterior, mas isso também não importa. O que importa é que eu tinha dito que não abandonaria o blog de novo. Pois é, abandonei.

Não faço nem ideia se ainda possuo algum leitor (espero que sim), ou se alguém, quando vir a publicação nas redes sociais, vai se interessar e entrar aqui novamente, ou se outras pessoas, pessoas novas, terão interesse de clicar no link.

Esse blog nunca foi um “Best-seller” entre os blogs, nunca foi um dos mais vistos ou lidos ou comentados. Houve uma época em que todos os meus posts eram comentados, outra em que eu tinha, pelo menos, cinqüenta visualizações diárias e alguns comentários. Bem, visualizações não significam realmente que alguém leu o que escrevi, mas mesmo assim eu ficava feliz ao ver os números crescendo.

Esse blog se tornou a minha válvula de escape da realidade desde o dia 28/07/2010, que foi a data do meu primeiro post. Hoje o blog tem um ano, dois meses e doze dias de vida, mais de quinhentos posts e muitas lágrimas derramadas em suas páginas, assim como muitas alegrias, frustrações, ideias, brisas, pensamentos, raiva, histórias, amor, paixão e muito mais.

Aqui eu chorei e me declarei, brisei e me apaixonei, sorri, ri, gritei, me expressei de todas as formas que poderia me expressar. Essas páginas e aqueles que as leram foram meus amigos por esse pouco mais de um ano, grandes amigos que compartilharam da minha alma através das minhas mais sinceras palavras. E eu acabei abandonando esses amigos.

Os leitores vem e vão, alguns ficam, muitos passam, mas uma coisa que nunca saiu do lugar, nunca deixou de receber minhas palavras de bom grado, de me escutar e às vezes até me responder, foi o blog, o “Brisas e Pensamentos”, esse grande companheiro fiel que nunca me deixou na mão, pronto para receber mais um texto, mais uma ideia, idiota ou não, mais um desabafo, mais um libertar de sentimentos. Ele sempre esteve aqui e até mesmo nos dias em que simplesmente me esqueci dele, ele não se esqueceu de mim, pois as minhas palavras estão marcadas na essência dessas páginas, minhas palavras são a vida destas páginas e nelas escrevi muitas partes da minha própria.

Muitas coisas aconteceram comigo que fizeram parar de escrever.

Perdi um emprego, fiquei dois meses sem trabalhar e, enquanto isso, estas páginas foram fartamente preenchidas. Então eu consegui outro emprego que tomou todo o tempo restante dos meus dias, cansando-me e fatigando-me, esgotando a minha mente por muitas vezes, e os dias que me restavam nos finais de semana eu acabei usando para outras coisas, sem nem mesmo dedicar dez minutos para escrever um texto e colocar aqui.

Resolvi, então, ocupar o tempo ocioso que passo todos os dias no transporte público (quase três horas) com palavras, mas ao invés de escrevê-las para cá, empenhei-me em um projeto muito maior.

Sei que poderia, também, ter escrito textos para postar, mas acabei me embrenhando tanto no desenvolvimento de tal projeto que minha mente não conseguia se focar em outras palavras que não fossem aquelas. O resultado desse empenho foi que, em um mês, imaginei e escrevi um livro inteiro.

Talvez você saiba (se realmente tiver alguém lendo esse texto), talvez não, mas eu já escrevi um livro que será publicado sob o nome de “Herdeiros da Luz – O Início da Guerra das Sombras”, e este outro é da mesma história do primeiro e se chama “Dragões – A Origem dos Herdeiros da Luz”. Agora, empenho-me em escrever a continuação da história dos Herdeiros, e por isso uso-me novamente da desculpa de falta de foco para outra coisa.

Não vou, porém, usar para sempre essa desculpa. Prometo que tentarei reviver este blog, este amigo, que andou agonizando nos últimos meses, sem ter o alimento que o sustenta, a criatividade das palavras, a complexidade das frases e orações. Voltarei a escrever para cá também, talvez não com a mesma frequência de antes, mas também sem a infrequência apresentada nos últimos tempos.

Bom, este é o texto de “volta”, de renascença do blog. Talvez ele não seja assim tão interessante, mas era o que se passava na minha alma no momento em que estava sentado em frente ao computador.

Bem, é isso aí! Até o próximo, que eu espero que seja mais emocionante.

28 de agosto de 2011

Acreditar



Em alguns certos momentos na minha vida, na sua, na de todos, sem exceção, em que paramos, olhamos ao nosso redor e pensamos: Porque?
Porque isso aconteceu, porque tem que ser desse ou daquele jeito, porque tem que ser tão difícil...
Com certeza é um exemplo um tanto pobre, mas eu estava sentado assistindo um sarau e tentado de todo jeito entrar no meu blog para pegar algum texto. Não deu. Mas aí eu pensei um pouco e me perguntei: porque eu não escrevo um agora? E eu tinha um bom tema em mente.
Muitas vezes olhamos para os outros, para a vida dos outros, e pensamos coisas como “porque a minha vida não podia ser simples e fácil como a dele” ou “parece que esqueceram de colocar a sorte no meu caminho também”. Eu me arrisco a afirmar que toda pessoa na Terra já pensou isso.
Só que nós sabemos que ninguém tem mais oportunidades nessa vida que outro. E com oportunidades eu não digo de ser rico ou algo assim. Apenas de ser bom.
Existe uma coisa, uma simples coisa, que podemos fazer para termos a vida que queremos ter, porque até mesmo aquele que você pensa não ter problemas, faz ou fez as mesmas perguntas que você. Só que, às vezes, talvez, ele tenha feito algo a mais, ele tenha tomado a atitude certa. Ao invés de ficar parado se perguntando, ele resolveu simplesmente começar a agir.
Sabe uma palavra que pode ajudar?
Acreditar.
Acreditar, primeiramente, em você. Acreditar que você pode, é capaz, que você consegue, simplesmente pensar “sim, eu posso”.
Uma segunda palavra?
Sonhos.
Quantas pessoas não deixam de acreditar nos seus sonhos, de correr atrás deles, por acharem “impossíveis demais”.
Porque é impossível se tornar um astronauta ou escritor, um ator, um cantor, ou o que quer que você queira ou quis um dia se tornar, se há tanta gente por aí que é exatamente aquilo que você tanto quer ser, tem aquilo que você tanto quer ter?
Sonhos não são impossíveis de serem alcançados. Eles são, na verdade, o único meio de você realmente ser feliz.
Uma pessoa que desistiu dos seus sonhos, desistiu de si mesma, e como alguém que se deixa para trás, que abandona a si, esquece do seu coração, das suas vontades, decide contrariar a sua própria essência, pode encontrar a paz e a felicidade?
Ao dizer “eu nunca vou conseguir fazer isso, tenho que fazer algo com o que possa sobreviver” ela decide fazer exatamente isso: sobreviver. Ela não vive, não ama, não gosta, não é feliz. Ela sobrevive através de impressões dessas sensações e sentimentos, através de ideais que vê através das páginas e da televisão, ideais estes que ela resolveu enterrar e deixar no passado dizendo “não são coisas que alguém pode conseguir”.
Que pena daqueles que fizeram isso.
Felizmente, sempre podemos mudar o que decidimos. É como aquela frase que muitos já conhecem por aí.
“Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos começar agora e fazer um novo final”.
Eai, que tal criamos o final, a continuação, que realmente queremos ver?
Vem, vamos sonhar.

23 de agosto de 2011

Sem título (pois o amor não pode ser definido em palavras)

Ela pode até pensar que escrevi esse texto e até alguns outros apenas porque ela pediu, talvez até você pense em alguns, porque teve um ou outro que eu falei que ela havia pedido.
O fato que me traz novamente aqui é o de já haver uns 180 posts para uma mesma pessoa aqui e essa pessoa ainda não estar satisfeita com isso. Falando a verdade, ela nunca vai estar, e eu sei disso. Até porque, o dia em que ela não me pedir um texto, eu vou sentir falta.
Posso ficar ausente por dias destas páginas e semanas deste assunto, mas isso não significa que ela está ausente de mim, do meu pensamento, do meu sentimento, da minha essência, pelos mesmos momentos que me ausento daqui. Ela simplesmente nunca se ausenta. E não se ausenta porque é impossível isto acontecer.
Cada decisão que eu tomo, cada hora que eu passo, cada passo que dou, cada ar que entra nos meus pulmões, é por ela. E só é porque foi ela quem me fez enxergar e acreditar novamente no amor. Não que se não a tivesse conhecido eu estaria morto ou algo assim, mas simplesmente estaria na apatia que havia se transformado a minha vida, na dor de viver um amor perdido, de sofrer por não conseguir esquecê-lo, por errar e me decepcionar tantas e tantas vezes, simplesmente porque não havia encontrado-a ainda.
Foi ela que, mesmo sem saber, me ajudou a amadurecer muito, a encarar a vida de novas formas, a perceber a minha força de vontade, a enfrentar meus problemas, a não ter medo de errar, de me arriscar...
Ainda que tudo isso sejam coisas que eu tento ajudá-la a conquistar, foi ela que me ensinou, me relembrou, me ajudou a enxergar.
Com ela aprendi a ser homem.
Agora é tão fácil entender porque com todas as outras não deu certo... Pode ser batido, mas sei que foi porque era com ela que tudo devia acontecer.
Os opostos se atraem? Não. Somos tão parecidos em tantas coisas. E é exatamente isso que faz com que nos completemos. Não são as coisas que faltam em um ou outro, mas as coisas que são iguais, pois são elas que unem e selam uma ligação entre duas pessoas.
E eu nunca encontrei alguém tão parecido, tão perfeito para mim, antes.
Este texto pode não ter ficado tão grande, comparado aos outros que escrevo, mas, dê uma nova olhada no título, certo?
Eu amo você, Amanda, porque você me salvou de todas as formas que alguém pode ser salvo.

20 de agosto de 2011

O nascimento dos sonhos



Acessem: http://herdeiros-daluz.blogspot.com
Você sabe como os sonhos nascem?
Bem, é um processo um pouco complicado. Afinal, depende do tipo de sonho.
Alguns sonhos demoram nove meses para vir à luz, oito, de vez em quando e até mesmo sete, em alguns casos.
Existem sonhos que precisam de anos e mais anos para começarem a nascer, apenas nascer.
Alguns aparecem do nada. É, assim mesmo. Em um momento não havia nada e, no outro, uma grande ideia e vontade de fazer algo surge.
Porque um sonho nada mais é do que uma ideia que brotou na sua mente em algum momento da sua vida e você permitiu que germinasse, pois gostou da ideia, viu que tinha alguma chance de dar certo ou até mesmo viu que tudo ia dar é errado. Mas você acreditou nessa ideia, e é isso que a torna um sonho.
Existem muitos por aí que acreditam que correr atrás dos seus sonhos e bobagem, mas isso não é verdade. Afinal, porque, quando dormimos, nós sonhamos? Se os sonhos não foram feitos para serem seguidos, vividos, eles não ocupariam a nossa mente por pelo menos um quarto dos nossos dias.
O ser humano é uma criatura feita para sonhar. Para nascer, crescer, se reproduzir e morrer. E sonhar, no meio de tudo isso.
O que é um homem sem sonhos?
É um homem vazio. Uma pessoa sem esperança e sem desejos, que afoga suas vontades, que se deixa levar pela falta de vontade, pela tristeza. Uma pessoa sem sonhos é uma estátua viva que roda por caminhos cíclicos sempre imaginando que aquela paisagem é diferente da outras, mas sabendo, no seu âmago, que aquilo é mentira, que ele está vendo uma nova paisagem. Sim, ele verá, mas apenas quando começar a sonhar. Então poderá romper o ciclo da inércia e se lançar a novos horizontes.
O Herdeiros da Luz – O Início da Guerra das Sombras é um sonho. Na verdade, ele está quase deixando de ser. Mas não porque estou deixando de sonhá-lo, mas sim porque ele está se tornando realidade.
Uma coisa, ainda que tenha vivido pouco tempo nesta vida, eu aprendi.
Não importa o tamanho dos seus sonhos, o quão difícil realizá-los pode parecer. Não desista nunca.
Sabe quanto tempo depois de terminar de escrever eu consegui assinar um contrato com uma editora? Uns oito meses, eu acho. Não mais que isso, com certeza.
Agora pense: quantas pessoas com livros publicados você conhece? Se a resposta for nenhuma, bem, pelo menos a partir de outubro vai conhecer uma ;D
O que eu quero dizer é para nunca deixar de acreditar. Um ser humano que não acredita em seus sonhos, não acredita em si. Uma pessoa que não acredita em si... bem, ela com certeza não é uma pessoa muito feliz.
Não preciso de mais muitas palavras. Acho que elas terminam por aqui. Só não esqueça de uma coisa:
Acredite.

17 de agosto de 2011

Como tudo começou

Visitem http://herdeiros-daluz.blogspot.com para saber mais.
Talvez você já conheça o começo da minha história. Se você já a tiver lido, ela começa em uma manhã comum na qual eu nunca cheguei à escola, para onde estava indo, de um dia já quase esquecido na minha memória, com imagens apagadas, meio irreais, parecendo um filme em preto e branco. Um dia de outra vida, um passado mais que remoto, quando a vida parecia quase simples e fácil.
As lembranças daquela vida aparecem na minha mente como se fossem de outra pessoa, não minhas, como se eu tivesse apenas escutado alguém me contar, como se não tivesse sido eu que as vivi. Não todas, mas muitas sim.
Hoje me lembro de outras coisas também – muitas outras coisas – coisas que na época que tudo isso “começou” nesta vida, eu não fazia ideia que haviam acontecido. Mas não será hoje que contarei a você essa parte da história. Hoje eu quero, eu preciso, contar o começo, pelo menos o começo que ainda pode ser lembrado. Quando tudo realmente começou, ninguém sabe.
Você pode acabar se perguntando: “Mas como você sabe como tudo começou?”.
Por enquanto só vou responder que as minhas informações vêm da fonte mais segura possível: o único sobrevivente.
“Sobrevivente?”, você deve ter se perguntado.
Sim, sobrevivente.
Sobrevivente da aniquilação, do fim de mundos, da destruição de um orbe, de um sistema, de um genocídio inter universal, do apocalipse.
Acho que não estou explicado muita coisa... Bem, vamos então determinar que o começo que ainda pode ser lembrado é realmente o começo, certo? Assim fica mais fácil de eu explicar e você entender as coisas, que já são difíceis demais em alguns pontos, inexplicáveis demais em outros, e praticamente irreais demais em todos eles.
Que tal se acomodar melhor? Se estiver em casa, sente confortavelmente no sofá ou na cama, deite, não sei, encontre a melhor posição pra você. Se estiver na rua, acomode pelo menos a sua mente para embarcar nesta história, para que ela possa abarcar todas as informações que parecem prover o fantástico. Mas apenas parecem, pois elas são todas reais. Ah, ia quase me esquecendo: se estiver na guerra, deixe para ler depois, pois você é fundamental nesta batalha. Afinal, ela está apenas começando, certo?
Posso perguntar o seu nome? É que assim criamos mais intimidade, então fica mais fácil de eu me explicar, não preciso ser tão formal.
Quer saber o meu?
É William.
Agora foque a sua mente e esqueça do que está ao seu redor. A realidade vai começar.

15 de agosto de 2011



“Sacrifiquei os meus sonhos em nome da paz e espírito.”


Não sei você, mas, para mim, uma frases dessas é quase uma heresia. Mas o pior de tudo é que muitas pessoas pensam assim.

O que seria essa tal “paz de espírito” da frase?

Seria um salário bom, que dê para levar a vida, em um emprego provavelmente sem emoção e que não tenha nada a ver com a pessoa, um emprego que apenas a consome e desgasta, pois ela não gosta do que faz. Seria, junto com o emprego, casar-se e construir uma família, criar raízes em uma cidade e seguir uma rotina, nunca se aventurando, uma vida sem emoção, provavelmente ao lado de um marido/mulher que se “aprendeu a amar”, como dizem por aí.

Elas só esquecem de um fato (ou talvez não o conheçam mesmo): a melhor maneira é NÃO encontrar paz de espírito é abdicar dos seus sonhos.

Pessoas que pensam em frases como aquela se autoflagelam, entregam a si próprios ao sofrimento de uma vida monótona, de um emprego chato.

Não estou dizendo que todo emprego precisa de adrenalina, mas para se sentar em um escritório por no mínimo 8 horas por ia, é preciso gostar (assim como em qualquer outro emprego), mas a maioria das pessoas não gosta do que fazem, trabalham porque precisam ganhar dinheiro, mas não estão satisfeitos, muito menos realizados com o que fazem.

Sabe porque eu disse que pessoas assim geralmente não se casam com quem amam de verdade? Porque o verdadeiro amor não é fácil de se viver. Ele machuca e traz sofrimento, angustia, problemas e dificuldades. Viver o verdadeiro amor exige muita coragem e determinação e, acima de tudo, acreditar que um dia tudo vai ficar bem. Porque realmente fica, mas só para aqueles que arriscaram viver, que não desistiram da grande luta que é o verdadeiro amor.

Sabe qual é a melhor (talvez única) forma de se encontrar a paz de espírito?

Vivendo seus sonhos.

Se é fácil? É óbvio que não. É muito mais difícil do que abdicar deles. Mas, para mim, é exatamente onde está a graça da coisa. Qual a recompensa se for algo fácil de ser conquistado? Que graça tem se realizarmos o nosso maior sonho sem precisarmos batalhar por ele? A satisfação, o tamanho dela, vai ser determinada pelo caminho percorrido até o nosso objetivo, não apenas pelo objetivo em si.

Só consegue aquilo que quer, aquele que é merecedor de tal dádiva, e só merece aquela pessoa que percorreu o caminho inteiro, que lutou e venceu, que conquistou.

Eu não sei você, mas eu prefiro sofrer anos e anos e ver o meu sonho realizado, a nunca sonhar de verdade, a nunca tentar. Porque um dia, eu vou ter a minha paz de espírito, com meus sonhos realizados e a mulher da minha vida ao meu lado. Mas se você prefere seguir a primeira frase deste texto...

Bem, boa sorte pra você.


 
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