10 de outubro de 2011

Desculpas


Faz exatamente 43 dias que postei aqui pela última vez. Não sei se foi exatamente neste último post ou no anterior, mas isso também não importa. O que importa é que eu tinha dito que não abandonaria o blog de novo. Pois é, abandonei.

Não faço nem ideia se ainda possuo algum leitor (espero que sim), ou se alguém, quando vir a publicação nas redes sociais, vai se interessar e entrar aqui novamente, ou se outras pessoas, pessoas novas, terão interesse de clicar no link.

Esse blog nunca foi um “Best-seller” entre os blogs, nunca foi um dos mais vistos ou lidos ou comentados. Houve uma época em que todos os meus posts eram comentados, outra em que eu tinha, pelo menos, cinqüenta visualizações diárias e alguns comentários. Bem, visualizações não significam realmente que alguém leu o que escrevi, mas mesmo assim eu ficava feliz ao ver os números crescendo.

Esse blog se tornou a minha válvula de escape da realidade desde o dia 28/07/2010, que foi a data do meu primeiro post. Hoje o blog tem um ano, dois meses e doze dias de vida, mais de quinhentos posts e muitas lágrimas derramadas em suas páginas, assim como muitas alegrias, frustrações, ideias, brisas, pensamentos, raiva, histórias, amor, paixão e muito mais.

Aqui eu chorei e me declarei, brisei e me apaixonei, sorri, ri, gritei, me expressei de todas as formas que poderia me expressar. Essas páginas e aqueles que as leram foram meus amigos por esse pouco mais de um ano, grandes amigos que compartilharam da minha alma através das minhas mais sinceras palavras. E eu acabei abandonando esses amigos.

Os leitores vem e vão, alguns ficam, muitos passam, mas uma coisa que nunca saiu do lugar, nunca deixou de receber minhas palavras de bom grado, de me escutar e às vezes até me responder, foi o blog, o “Brisas e Pensamentos”, esse grande companheiro fiel que nunca me deixou na mão, pronto para receber mais um texto, mais uma ideia, idiota ou não, mais um desabafo, mais um libertar de sentimentos. Ele sempre esteve aqui e até mesmo nos dias em que simplesmente me esqueci dele, ele não se esqueceu de mim, pois as minhas palavras estão marcadas na essência dessas páginas, minhas palavras são a vida destas páginas e nelas escrevi muitas partes da minha própria.

Muitas coisas aconteceram comigo que fizeram parar de escrever.

Perdi um emprego, fiquei dois meses sem trabalhar e, enquanto isso, estas páginas foram fartamente preenchidas. Então eu consegui outro emprego que tomou todo o tempo restante dos meus dias, cansando-me e fatigando-me, esgotando a minha mente por muitas vezes, e os dias que me restavam nos finais de semana eu acabei usando para outras coisas, sem nem mesmo dedicar dez minutos para escrever um texto e colocar aqui.

Resolvi, então, ocupar o tempo ocioso que passo todos os dias no transporte público (quase três horas) com palavras, mas ao invés de escrevê-las para cá, empenhei-me em um projeto muito maior.

Sei que poderia, também, ter escrito textos para postar, mas acabei me embrenhando tanto no desenvolvimento de tal projeto que minha mente não conseguia se focar em outras palavras que não fossem aquelas. O resultado desse empenho foi que, em um mês, imaginei e escrevi um livro inteiro.

Talvez você saiba (se realmente tiver alguém lendo esse texto), talvez não, mas eu já escrevi um livro que será publicado sob o nome de “Herdeiros da Luz – O Início da Guerra das Sombras”, e este outro é da mesma história do primeiro e se chama “Dragões – A Origem dos Herdeiros da Luz”. Agora, empenho-me em escrever a continuação da história dos Herdeiros, e por isso uso-me novamente da desculpa de falta de foco para outra coisa.

Não vou, porém, usar para sempre essa desculpa. Prometo que tentarei reviver este blog, este amigo, que andou agonizando nos últimos meses, sem ter o alimento que o sustenta, a criatividade das palavras, a complexidade das frases e orações. Voltarei a escrever para cá também, talvez não com a mesma frequência de antes, mas também sem a infrequência apresentada nos últimos tempos.

Bom, este é o texto de “volta”, de renascença do blog. Talvez ele não seja assim tão interessante, mas era o que se passava na minha alma no momento em que estava sentado em frente ao computador.

Bem, é isso aí! Até o próximo, que eu espero que seja mais emocionante.

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