14 de outubro de 2011

O maior inimigo


A maioria das pessoas se esforça (sim, com certeza se esforça) para ter um ou outro inimigo por aí, cultiva essa inimizade, gosta dela, alimenta-a e deixa seus podres frutos apodrecerem.

Muitas pessoas acham que o mundo está contra elas, ou que pelo menos uma boa parte dele. Outras acham que a causa dos seus insucessos está sempre no próximo, que é culpa do outro que algo de ruim aconteceu na sua vida ou coisas assim. Como essas pessoas se enganam.

O nosso maior inimigo é alguém muito, mas muito mais próximo de nós do que qualquer outra poderá um dia ser. Ele conhece nossos medos e angústias, nossas vergonhas, nossos erros, nossas culpas, nossos desejos, vontade, malícias, conhece-nos por inteiro e, se bobear conhece-nos ainda melhor do que nós mesmos.

Há uma história que conta que, em uma aldeia indígena, quando os pais saíam para a mata fazer alguma coisa, levavam seus filhos até algum lugar isolado e então traçavam um círculo no chão ao redor da criança, dizendo que ele era mágico e que a ela não conseguiria sair de lá. A criança sentava e esperava até seu pai voltasse e a tirasse de dentro do círculo.

Pois é. Quem a manteve dentro do círculo? (Por favor, não pense que foi a magia dele, ok? Hehe). Então, foi exatamente esse inimigo, que por conhecer o medo e as limitações da criança, a impediu de se levantar e cruzar a linha. Acho que você já consegue imaginar quem é esse inimigo, não é?

O nosso maior inimigo é a nossa mente. O nosso maior obstáculo somos nós.

Quem impediu a criança de cruzar a linha senão o pensamento de que ela não ia conseguir isso?

O que te impede de conseguir aquilo que você mais quer senão o pensamento de que você não vai conseguir?

O tempo todo, em todos os lugares, temos diversas pessoas dizendo que não vamos conseguir isso, que aquilo é demais para a gente, que não temos capacidade para isso e, dessa forma, nós vamos nos trancando cada vez mais dentro da nossa mente, criando cada vez mais círculos ao nosso redor, nos impedindo cada vez mais de fazer cada vez mais coisas.

E por quê? Porque temos tanto medo de tantas coisas? Tornamo-nos escravos da nossa mente por vontade própria até que chegamos a um ponto que nem percebemos que estamos sendo escravizados, massacrados e dominados, até que perdemos o controle das nossas decisões, das nossas ações, pensamentos e, em casos extremos, até mesmo vontades e desejos

Acha que não? A maior parte da população humana é assim. Quantas vezes você já não viu alguém falar, você já não falou coisas como “eu não vou conseguir fazer isso” ou “é difícil demais, mesmo, melhor nem tentar porque não vai dar certo”. Não se engane, não minta para você, pode dizer sinceramente; (sussurro) só você vai escutar.

E é claro, o seu carrasco, o carcereiro que te mantém aprisionado nos círculos intermináveis que você incessantemente se ocupou de desenhar ao seu redor, acreditando que aquilo estaria te protegendo, e não te destruindo.

Sabe do que, exatamente, você, eu, todos nós, somos capazes de fazer? Exatamente tudo.

Não há limites para a imaginação, e é nela que tudo começa! Uma ideia, ideal, pensamento, movimento, começa sempre num cintilar imaginativo da sua cabeça, primeiro toma forma aí dentro, em meio ao instrumento que você resolveu deixar te dominar, ao invés de domá-lo e usá-lo ao seu favor.

O maior e mais difícil passo que uma pessoa pode dar na sua vida, é aquele que a leva para fora do círculo.

Mas, assim que esse passo tiver sido dado, ele não tem mais volta.

“Uma mente que se abre para uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”.

Essa frase foi dita por uma das pessoas que mais rompeu os círculos da sua mente, mais ousou e imaginou, criou, inventou, descobriu. Einstein foi o nome dele.

“Nunca deixe que lhe digam que não vale à pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém”. Você poderá ser tudo aquilo que se permitir ser.

Sonhos não são impossíveis. Sonhos estão apenas um passo antes da realização, mas um passo depois do círculo.

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