Como podemos saber que o céu é realmente
azul?
Como posso saber se o vermelho que eu vejo
na verdade não é o seu azul e o verde do outro?
Como não pensar que a minha vida hoje poderia
ser bem melhor por conta de uma pequena atitude do passado?
Como não se sentir abandonado quando tudo
parece desabar ao redor?
Como descobrir qual é a atitude certa a se
tomar?
E como não se sentir em dúvida da sua
decisão, que você tem plena certeza de que é a certa, quando você não consegue
que ela resolva os seus problemas?
Como podemos ter a certeza de que o mundo
em que vivemos não é apenas uma prisão mental que nos escraviza sem que nem
percebamos?
E como não sentir medo quando encaramos o
desconhecido que se abre às nossas frentes?
Como não sentir dor ao pensar que a decisão
que você tomou para a sua vida pode deixar de existir daqui a algum tempo?
Como não ficar receoso ao fazer uma escolha
que mudará a sua vida, e que poderá mudá-la para pior, se as coisas correrem
diferente do planejado?
Como não se sentir angustiado ao olhar ao
redor e ver pessoas dominadas inconscientemente para fazerem apenas o que são
mandadas fazer?
E como não sentir uma pontada de pânico ao
perceber que, se você percebe isso hoje, é porque era dessa forma, já foi
escravizado da mesma forma?
E como não se sentir cego e impotente ao
chegar à conclusão de que essa “liberdade” de pensamento que te permitiu
enxergar a escravatura em que vivemos, não é apenas uma liberdade controlada e
que você pode ainda estar sob o domínio dos outros?
Como não se sentir revoltado por saber que
somos nós mesmos que nos deixamos dominar com nossas atitudes mecanizadas, com
nossa falta de pensamento e indagação?
Como não sentir raiva das pessoas que acham
que tem o direito de dominar as outras, e mais raiva ainda de nós, por deixar
isso acontecer, por, às vezes, enxergar isso acontecendo e não fazer nada?
Como não se sentir frustrado ao ver as
pessoas levando sua vida na inércia?
E pior, como não se sentir derrotado ao
tentar desligar-se dessas coleiras que colocamos nos pescoços de nossas mentes
e perceber que isso, ao te fazer diferente, ao te libertar das rédeas, pode
acabar destruindo você, pois o resto do mundo está totalmente acomodado como
belos bichinhos de estimação e não aceitam alguém diferente?
Como? Como? COMO!
Como podemos ver tantas coisas erradas ao
nosso redor e simplesmente não fazer nada, ver nosso dinheiro e nossas saúde sendo
vendidos para que outros possam ganhar o dinheiro deles, muitas vezes roubando
de nós, e tendo a vida que todos queriam ter?
Como podemos acreditar que isso tudo um dia
ainda vai mudar?
Bem, a palavra é exatamente essa. Acreditar.
Não importa quantos cruzados no rosto a
vida te dê, quantos ganchos ou diretos você receba das marionetes dos que “comandam”,
quantos externos e rasteiras tentem te derrubar. Você pode até cair, afinal,
ninguém é feito de aço também.
Você não pode é deixar se nocautear, e isso
é uma simples escolha sua. Você só tem que acreditar. Não nos outros ou no
mundo ou em qualquer outra coisa. Você só precisa acreditar em você. Isso basta.
Vamos acreditar, que, então, isso um dia
vai mudar sim.
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