Eu queria poder compor uma música,
escrever um poema, imaginar acordes,
unir notas e tons em novas formas e sons...
Eu queria saber fazer uma métrica,
Criar versos e desenhar uma estrofe.
Eu queria saber cantar e dançar,
Olhar para uma letra e conseguir musicá-la,
Ver uma coreografia e saber copiá-la.
Eu queria conseguir compor uma letra,
Desenhar uma melodia,
Pegar meu violão, minha voz,
E dedicar tudo, por inteiro,
Para aquela que me faz querer tantas coisas.
Às vezes, acima disso,
Vem-me a vontade de unir meu corpo ao dela
Nos movimentos suaves e intensos
Provocados pela música.
Eu queria saber fazer tantas coisas!
Compor, cantar, dançar, tocar!...
Mas eu não sei fazer isso,
Não sei criar um verso, muito menos uma estrofe.
Minhas músicas mal saem da cabeça
Quanto mais chegar ao papel.
O corpo? Coordenado e forte, pronto para correr ou lutar,
Nadar ou pular, desejar e amar... mas não para dançar.
Mas pelo menos uma coisa eu sei:
Unir palavras em complexos,
Explicar coisas que não tem nexo,
Imaginar histórias, criar vitórias,
Inventar mundos, acabar com eles...
Eu sei escrever.
Mas não também da forma que queria saber.
Palavras são a minha arte
E com elas eu faço o que bem entender!
Coisas que nunca viu eu te faço conhecer,
Medo, raiva, ciúmes, desejo, saudades, calor, dor, amor...
Depois disso, talvez venha um pouco de torpor,
Mas o que você quiser, posso te fazer sentir.
Mas não sei juntá-las em uma melodia.
E, na verdade, quem liga para um texto bem construído?
Para a maioria, as verdadeiras declarações vêm em forma ritmada.
As que marcam, que choram,
Todas elas possuem um verso, uma estrofe, um som.
Porque uma letra cantada é mais bela que uma desritmada?
Não sei.
Ainda assim, é o que todos acham.
Queria saber fazer uma canção,
Harmonizar um tom, criar movimento e som...
Vou ficar com minhas palavras que explicam tudo em um mono tom.
1 comentários:
O texto ta PERFEITO! =)
Postar um comentário