18 de outubro de 2010

"Amiga" das Dores

Durante toda a nossa vida, passamos por dezenas de coisas, fazemos centenas de escolhas, escolhemos milhares de atos, agimos de milhões de maneiras diferentes...

Algumas coisas, nunca vamos fazer simplesmente por que não queremos, outras, porque não conseguimos fazer, algumas simplesmente não passaram pela nossa cabeça e há uma parte que são impossíveis (ou quase) na nossa atual circunstância.

Existe uma coisa, porém que o ser humano não precisa para viver e até, se for realmente cuidadoso durante toda a sua vida, não precisará senti-la nunca.

É a dor.

A dor nos acompanha praticamente desde o momento que nascemos, naquela primeira vez que inspiramos o ar gelado ao nosso redor, o choque doloroso de vermos nosso mundo se transformando em um piscar de olhos, mudando completa e irreversivelmente. Nascemos e nos criamos em um mundo de dor.

Uma vez eu ouvi de alguém que um homem pode não sentir dor durante toda a sua vida. Já a mulher não, pois há a dor do parto. õO como assim? Uma mulher é obrigada a ter filhos? Se ela não quiser (e hoje em dia existem muitas que não querem) ela simplesmente não tem, e assim não sente dor.

Qualquer pessoa tem a possibilidade de passar por esse mundo sem nunca sentir um único nervo dela reclamar do “incômodo” da dor.

Mas será que conseguimos isso?

Meio impossível, eu acho (e olha que eu acho pouquíssimas coisas impossíveis)*

Não tem como, não no mundo em que vivemos. Se estamos aqui, é porque ainda precisamos aprender pela dor. É principal forma por onde conseguimos ver que estamos errados.

Mas o que é realmente a dor?

Impulso elétrico gerado por um nervo e levado até o cérebro que, por sua vez, envia de volta a informação de que algo está errado no lugar inicial. Sensação de dor.

Mas será que é só isso?

Com certeza não.

Existem pessoas que possuem doenças no sistema nervoso e elas simplesmente não sentem dor.

A dor física, na verdade é apenas um “aviso” que nos índica que há algo errado com alguma parte do nosso corpo. Pensando friamente, ela não é realmente necessária, desde que ficássemos atentos ao nosso corpo para qualquer anomalia que pudesse causar um estrago à ele.

Mas, se ela não é tão necessária assim, do ponto de vista físico, será que ela tem alguma utilidade?

Tem sim.

Para alguns, a dor é a hora de parar, o momento de desistir. Para outros, a dor é o obstáculo a ser superado, a motivação para seguir em frente.

Muitas pessoas sentem dor para não terem mais que senti-la. Haha estranho? Sim. Mas é verdade. Principalmente em lutas, os praticantes “calejam” seus membros, sentindo dor, para que, no futuro, não tenham mais que senti-la.

Voltando ao fato de que a dor podia ser inexistente em nossas vidas.

Para alguém não sentir dor nunca, ou ela tem que ter muita sorte ou ser o Gaara do Naruto. ;D

Infelizmente, para mim, eu não me encaixo em nenhum dos dois tipos.

Digamos que a dor se tornou meio que uma “amiga” na minha vida. Desde que eu me lembro, eu sinto dor. Quando pequeno já cai muito, pois sou hiperativo, e me machuquei muito. Já consegui zoar minha coluna (agora está tudo ótimo! ^^), tirar uma lasca do meu quadril, operar três vezes de unha encravada (uma das piores dores que já senti é a anestesia no dedo!), deslocar cinco vezes o ombro, ser atropelado (uma vez apenas!), quebrar o dedinho do pé e o da mão (não fui no medico nenhuma das vezes) entre outras dores. A pior de todas, com certeza, foi a cirurgia para retirada do apêndice. Imagine alguém colocando uma faca na sua barriga e deixando-a lá durante uns vinte dias. Mais ou menos isso! XD

Com certeza agora você acha que sou o cara mais azarado do mundo! Nem tanto assim. Mesmo com tantos acidentes, tenho um condicionamento muito melhor que muita gente por aí! (modéstia à parte! ;D).

Sabe, não foi tão ruim assim quanto parece. Toda essa dor me ensinou a dar valor ao meu corpo e ligar menos para a dor. Quantas pessoas não quase desmaiam quando vão tirar sangue? Essas pessoas não sabem o que é dor (e prefiro que continuem não sabendo!), mas a dor também pode ser boa, desde que você saiba tirar o proveito certo dela, aprender com ela. Hoje eu sinto menos e resisto muito mais à dor. Então ela foi boa pra mim!

Mas não existe apenas a dor física. Há uma dor que supera qualquer outra e essa realmente é a verdadeira dor, a dor que marca e deixa cicatrizes, transforma e destrói.

Dor emocional, sentimental, afetiva. Dor da perda.

Essas dores são mais freqüentes (por incrível que pareça) na vida de um ser humano do que a dor física. Infelizmente, de novo, meu azar se estendeu também a essa dor.

Essa é realmente a dor que precisamos enfrentar e não deixar nos derrubar. Pois a dor de um corte profundo pode ser suportada, mas a dor de um ente querido que se foi, de um amor perdido, vão muito mais fundo e doem muito mais do que qualquer outro tipo.

Deixam impotentes até mesmo os mais calejados, fazem fraquejar os mais fortes e tiram a fé dos que mais crêem. Essa dor não pode nos vencer nunca.

Temos, sim, que aceitá-la, entendê-la, mas depois, superá-la. Encare suas dores, machucados e cicatrizes, aprenda com eles e saia mais forte, de cabeça erguida, não deixe que elas te derrubem. Por mais que possa doer, você tem que ser mais resistente que elas.

1 comentários:

Phamela Silva disse...

Guh, realmente,a dor é um aprendizado .
Nesse exato momento, estou com muita dor, mais tudo bem, é pelo judô !
=/

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