Muitas vezes já vim aqui falar de amor. Amor de amigo e irmão de alma, de amantes, o amor de nosso Pai.
Meu primeiro post foi sobre o amor e, coincidentemente, ele é o mais visto até hoje. Como eu mesmo já disse, para falar de amor, tem que se conhecer o amor.
Existe um amor que sempre foi minha inspiração em todos esses textos, que inspirou minha história, mas nunca falei realmente desse amor. É difícil colocá-lo em palavras... (e olha que eu tenho uma certa facilidade para colocar as coisas em palavras...).
Há alguns anos (ou foram dias? Na verdade, podem ter sido séculos) em um lugar que guarda várias das minhas melhores memórias, um olhar mudou para sempre a minha vida. Eu não imaginava o quanto aquele simples gesto podia ser decisivo.
A primeira vez que a vi? Não me lembro exatamente que dia foi. Foi em uma semana de janeiro de 2006, disso eu lembro, mas o momento... Me lembro, sim, com muita exatidão, dos seus olhos escuros fitando os meus. Alguma coisa acendeu naquele olhar, naqueles olhares, pois era só eu encontrá-la em algum lugar que era impossível não admirá-la e não ficar com vergonha (e sentir algo mais que eu não sabia o que era. Desejo, talvez? Atração? O inicio de uma paixão?) quando nossos olhos se encontravam.
Quando eu estava no meu chalé (ela estava no da frente) não podia deixar de pegar meus “brinquedos” e sair com eles para me divertir do lado de fora (os brinquedos são armas brancas, ok?). Se eu quero esquecer de algo ou de tudo, é só eu praticar alguma atividade física. Dessa vez não deu certo. Eu estava mais ciente de que ela podia estar (e estava) me olhando do que dos movimentos que fazia.
Nos conhecemos em uma quinta feira. Nos beijamos pela primeira vez na sexta. No sábado, estávamos apaixonados e, no domingo, ela foi embora e levou um pedaço meu com ela. Fiquei com uma sensação estranha após sua partida (que foi meio que de repente, sem que nenhum de nós esperasse), ainda mais por não saber quando ia vê-la de novo.
Lembro-me do primeiro beijo como se fosse hoje.
“Eai gatinho?”.
Estávamos na água. Segurei-a pela cintura e me aproximei devagar, ela também, cada um conhecendo o outro. E aconteceu. Primeiro um, dois, três, selinhos. Nos olhamos por um momento antes de realmente nos beijarmos. Muito bom! Ainda me lembro com perfeição do gosto da sua língua, da sensação do seu beijo, do seu corpo magro em contato com o meu, das minhas mãos em sua pele fria.
Naquela hora eu ainda não sabia, mas já amava aquela garota.
Infelizmente, eu estraguei as coisas.
Medo da distancia? Ah vai tomar no c... no que eu estava pensando? Acho que é a coisa que eu mais me arrependo de ter feito na vida...
Mas eu a vi novamente no final do ano. E no final do outro, e do outro...
Sempre voltávamos (ou voltamos? Não sei como vai ser esse ano... acho que não.. =/ ) a nos falar no fim do ano...
Isso me faz lembrar muito de um filme do Ashton Kutcher, “De repente é Amor”, onde ele conhece uma mulher no aeroporto e eles se apaixonam e começam a se amar sem perceber. Eles se vêem apenas de vez em quando, às vezes por acaso, às vezes não. No final, eles só ficam juntos depois de muitos anos de desencontros, onde finalmente assumem que se amam.
Eu a amo, sei disso. E ela? Me ama? A última vez que ela me disse isso olhando para mim foi no ano seguinte ao que nos conhecemos. Da última vez que nos falamos (por msn) ela disse, mas só depois de eu perguntar o que ela sentia por mim (ok, algumas pessoas vão dizer que eu não deveria ter perguntado, mas, o que eu tenho a perder?).
Mas as coisas não acontecem nunca como nós queremos. Não sei se há uma possibilidade de ficarmos juntos, existem alguns empecilhos agora...
Mas, não sei se você já sentiu isso, mas sabe aquele sentimento que te faz perder o fôlego e seu coração acelerar tão rapidamente que parece que vai sair pela boca simplesmente porque você viu alguém que parecia ela e que, por um momento, achou que era ela, mesmo sendo impossível ela estar ali? Aquele sentimento que te faz acordar sorrindo, mas triste ao mesmo tempo, simplesmente porque sonhou com ela? Sentimento que faz o sonho ser tão real que você é capaz de lembrar do cheiro da pele dela que sentiu no sonho (e que é o mesmo da vida real), que você consegue sentir a textura da pele dela do mesmo jeito que é, o beijo ser tão perfeitamente igual que é como se você a estivesse beijando de verdade...
Um amor incondicional que, mesmo ela estando com outra pessoa, você não consegue deixar de amá-la, nem mesmo depois de cinco anos onde vocês se viram no máximo sete ou oito vezes. Amor que faz você querer escrever uma história inteira sobre ele, declarar toda a sua paixão com as palavras mais belas que puder encontrar, com os olhares mais profundos, os beijos mais intensos...
Mesmo enquanto escrevo, não consigo colocar em palavras tudo o que estou sentindo. Não dá, não tem palavras. Só quem sente sabe como é.
Se eu desisti?
Ainda não.
Sei que é muito difícil, mas eu ainda vou tentar, não vou deixar nada me derrubar, fraquejar ou me fazer parar. Apenas uma coisa poderia fazer isso. Um Não vindo da boca dela, olhando nos meus olhos. Como eu quero que essa palavra nunca seja dita.
Mas não vou parar minha vida por isso. Pode ser que eu nunca fique com ela, então, tenho que aproveitar essa existência única.
Não estou fechado à novos sentimentos! No fundo, quero ter uma nova chance com uma nova pessoa... Quem sabe isso não pode acontecer agora?
1 comentários:
Sério Gustavo, você me assusta com esse amor !
porém .. é tão lindo,mais ao mesmo tempo é tão triste .....
nhac, acho não quero amar ninguém !
vou amar só você e os muchachinhos da mocidade ok ?
hihi te amo ;*
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