6 de outubro de 2010

Ser como o rio que flui



Tenho tantas coisas para dizer, tantas para fazer... só que não sei por onde começar. Penso e repenso, analiso e cogito, imagino, desimagino e me frustro. Sobre o que escrever? O que falar? Como falar, fazer, ser, sorrir, imaginar, pensar, agir, viver, amar...



Não sei.



Na verdade, sobre o que eu sei?



Muito pouco, comparado com o que ainda vou saber. Menos ainda com o que nunca vou saber. Mesmo assim, porque não tentar apreender um pouco mais de saber?



Quantas coisas não se pode aprender consigo mesmo! Coisas que você não sabia que sabia, coisas que você realmente não sabia e que descobriu com a ajuda de outros ou apenas por si. Existem diversas maneiras de aprender. Os outros podem te ensinar, você pode se ensinar, pode ler, ver, ou apenas pensar, imaginar, se questionar, escrever.



A escrita foi a renovação do conhecimento, do meu conhecimento.



Palavras que fluem livres pelas páginas sem fim escritas à próprio punho até não agüentar mais, letras que se unem, atraídas pela força gravitacional da inteligência como se fossem átomos do saber, prótons do conhecimento, elétrons de Deus.



Livres como a água, mas nem tanto como o ar, as palavras carregam emoções e sentimentos, conhecimento e ignorância. Se espalham para todos os lados, preenchem cada espaço do recipiente que as acolhe. Mesmo assim, tem seus limites.



Não podem viajar quilômetros sem fim com a facilidade do ar. Estão presas à terra, presas ao homem e a aqueles que estão dispostos a escutá-las, apreendê-las, ouvi-las, entendê-las e apreciá-las!



Ainda não sei o que fazer...



Queria apenas não fazer nada. Deitar na relva macia que ondula ao vento, olhar para o céu e apreciar sua cor, suas cores, seus movimentos, suas curvas, a brancura de seus ingredientes, de sua matéria e falta de.



O Sol ao longe que começa a se esconder, preparando-se para renascer em outro lugar, levar sua vida para novos planos, mas sem impedir que a minha continuasse por aqui.



Sombras se alongam e o céu ganha uma nova cor. Um vermelho intenso se espalha pela linha longínqua do horizonte onde cadeias de montanhas com seus picos intocados refletem os últimos raios para todos os lados, refratam a luz, criam arco-íris que nunca são apreciados.



A água corrente acalma o ambiente e atrai, gera a vida. O riacho se acumula e cresce, multiplica-se, fertiliza(-se), nasce e (se) regenera.



O Sol, por fim, se esconde, e revela uma beleza oculta, uma vida oculta, que estava ali mas não podíamos ver.



Luzes e mais luzes explodem por todos os lados à centenas de milhões de quilômetros, à apenas alguns metros de mim. O vento suave sopra calmamente e minha mente se esvai de pensamentos.



Palavras começam a se formar no ritmo das águas aos meus pés, ganhando vida, crescendo e avolumando-se. Após o germe inicial, elas tomam controle de suas próprias ações, seus movimentos e sentimentos, de suas falas, intenções. Começam a fluir não mais como a água, mas sim como o ar, livres, poderosas, fluidas, velozes, arrebatadoras. Ainda assim não abandonaram sua semelhança com a água que corre. Possuem suas limitações, suas intensidades quase incontroláveis, assim como nós.



Água; paixão violenta que flui constante por nossas veias de imaginação e sentimento, dominando nossa mente e pensamento, controlando o corpo e o movimento.



Água que nos forma e da forma, nos alimenta e mantém vivos, dá-nos lucidez e perseverança. Sempre acredita que tudo pode ser superado apaixonadamente.



Assim somos. Livres como o ar, poderosos como a água, velozes como o pensamento, arrebatadores como a paixão, apaixonados como o amor.

4 comentários:

Débs Gallo disse...

Meuuuu Deeeus ...

eu pirei neste texto, sério Guh, está do além!!! hahahah


=D

Unknown disse...

Hummm, quer aprender algo que vale a pena??

Observe a Natureza, ja reparei que vc andou observando-a para escrever esse texto, mas continue... ainda há muito oq aprender com ela!

Não só com as "forças" da natureza, mas com os seres q pertencem à ela!

Phamela Silva disse...

LOL,LOL,LOL.
que barbáro Gustavo !

Anônimo disse...

e voc é cheio dos desfechos fantásticos heim menininhoo?
ta fabuloso! (:
;*

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