12 de outubro de 2010
Pensamentos dispersos
10 de outubro de 2010
As luzes da vida

8 de outubro de 2010
(O desejo d(O fogo) do desejo)

7 de outubro de 2010
Sonhos que movem montanhas

6 de outubro de 2010
Ser como o rio que flui

Tenho tantas coisas para dizer, tantas para fazer... só que não sei por onde começar. Penso e repenso, analiso e cogito, imagino, desimagino e me frustro. Sobre o que escrever? O que falar? Como falar, fazer, ser, sorrir, imaginar, pensar, agir, viver, amar...
Não sei.
Na verdade, sobre o que eu sei?
Muito pouco, comparado com o que ainda vou saber. Menos ainda com o que nunca vou saber. Mesmo assim, porque não tentar apreender um pouco mais de saber?
Quantas coisas não se pode aprender consigo mesmo! Coisas que você não sabia que sabia, coisas que você realmente não sabia e que descobriu com a ajuda de outros ou apenas por si. Existem diversas maneiras de aprender. Os outros podem te ensinar, você pode se ensinar, pode ler, ver, ou apenas pensar, imaginar, se questionar, escrever.
A escrita foi a renovação do conhecimento, do meu conhecimento.
Palavras que fluem livres pelas páginas sem fim escritas à próprio punho até não agüentar mais, letras que se unem, atraídas pela força gravitacional da inteligência como se fossem átomos do saber, prótons do conhecimento, elétrons de Deus.
Livres como a água, mas nem tanto como o ar, as palavras carregam emoções e sentimentos, conhecimento e ignorância. Se espalham para todos os lados, preenchem cada espaço do recipiente que as acolhe. Mesmo assim, tem seus limites.
Não podem viajar quilômetros sem fim com a facilidade do ar. Estão presas à terra, presas ao homem e a aqueles que estão dispostos a escutá-las, apreendê-las, ouvi-las, entendê-las e apreciá-las!
Ainda não sei o que fazer...
Queria apenas não fazer nada. Deitar na relva macia que ondula ao vento, olhar para o céu e apreciar sua cor, suas cores, seus movimentos, suas curvas, a brancura de seus ingredientes, de sua matéria e falta de.
O Sol ao longe que começa a se esconder, preparando-se para renascer em outro lugar, levar sua vida para novos planos, mas sem impedir que a minha continuasse por aqui.
Sombras se alongam e o céu ganha uma nova cor. Um vermelho intenso se espalha pela linha longínqua do horizonte onde cadeias de montanhas com seus picos intocados refletem os últimos raios para todos os lados, refratam a luz, criam arco-íris que nunca são apreciados.
A água corrente acalma o ambiente e atrai, gera a vida. O riacho se acumula e cresce, multiplica-se, fertiliza(-se), nasce e (se) regenera.
O Sol, por fim, se esconde, e revela uma beleza oculta, uma vida oculta, que estava ali mas não podíamos ver.
Luzes e mais luzes explodem por todos os lados à centenas de milhões de quilômetros, à apenas alguns metros de mim. O vento suave sopra calmamente e minha mente se esvai de pensamentos.
Palavras começam a se formar no ritmo das águas aos meus pés, ganhando vida, crescendo e avolumando-se. Após o germe inicial, elas tomam controle de suas próprias ações, seus movimentos e sentimentos, de suas falas, intenções. Começam a fluir não mais como a água, mas sim como o ar, livres, poderosas, fluidas, velozes, arrebatadoras. Ainda assim não abandonaram sua semelhança com a água que corre. Possuem suas limitações, suas intensidades quase incontroláveis, assim como nós.
Água; paixão violenta que flui constante por nossas veias de imaginação e sentimento, dominando nossa mente e pensamento, controlando o corpo e o movimento.
Água que nos forma e da forma, nos alimenta e mantém vivos, dá-nos lucidez e perseverança. Sempre acredita que tudo pode ser superado apaixonadamente.
Assim somos. Livres como o ar, poderosos como a água, velozes como o pensamento, arrebatadores como a paixão, apaixonados como o amor.
5 de outubro de 2010
Os ventos do amor

4 de outubro de 2010
Divagações de um jovem brisado!
Hahaha, estou mesmo gostando das aulas de físico-química!
Um dia, voltando de carro de São Paulo com o meu irmão, começamos a falar sobre os motoqueiros depois de eu ver a primeira moto com pisca-alerta ligado.
Eu disse que nunca tinha visto uma assim antes. Ele respondeu: “é claro, na maioria das vezes a moto cai ou capota”.
Cair e capotar não é a mesma coisa? Ele disse que cair é quando perde o equilíbrio e cai de lado, capotar é quanto você sai rodando com a moto. No final das coisas, você vai sempre ao chão certo? Cair nada mais é do que ir de uma altura maior para uma menor. Cientificamente falando...
Cair: Ato ou efeito de transformar energia potencial gravitacional em energia cinética.
Hahaha, da hora. Pensei nisso um pouco depois da conversa. Falei e meu irmão me olhou com uma cara tipo: você ta brisando mesmo hein...
É eu tava. Ai, comecei a evoluir nas brisas.
Tentarei explicar de modo científico algumas coisas do nosso cotidiano. ;D
Comer/respirar: ato ou efeito de transformar energia organizada em desorganizada, ou melhor dizendo, energia química em calorífica.
Andar: ato de transformar energia desorganizada em organizada: calorífica em cinética.
Engolir: transportar comida da boca para o aparelho gastro-digestório através de ângulos perfeitamente calculados.
Engasgar: erro matemático no ato de engolir.
Pular: inversamente proporcional ao cair.
Beber água/urinar: ajudar na homeostasia do corpo.
Se apaixonar: ser atraído por feromônios específicos de outro indivíduo que sugerem que os descendentes gerados serão geneticamente melhorados.
Assoprar: gerar uma zona de baixa pressão na área atingida pelo deslocamento de ar.
Onda do mar: propagação não física que pode ser gerada por uma infinidade de fatores e que não transporta matéria, apenas energia.
Bronzear: escurecimento da pele em resposta fisiológica natural estimulada pela exposição voluntária ou não à radiação ultravioleta da luz solar, causando o aumento de melanina na pele.
Arco-Íris: refração da luz solar causada pelas partículas de água em suspensão.
Cores: é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, onde cada cor tem seu comprimento de onda, tornando-se, assim, diferentes entre si.
Água: organização de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio em uma estrutura angular ligadas através de ligações de hidrogênio (ponte de hidrogênio).
Rochas: agrupamento de vários tipos de minerais.
Pedras: objeto inexistente.
Escuro/frio: palavras que denominam coisas inexistentes. São apenas o oposto de algo que existe (luz/calor).
Cuspir: disparar um jato de saliva através de lábios semi-cerrados para que a propulsão causada pelos pulmões seja mais eficiente.
Tropeçar: ocorre quando o pé encontra uma área de atrito maior do que a anterior.
Atrito: força (medida em Newtons) que é exercida contra um movimento.
Desequilíbrio: conseqüência do tropeço. Pode levar ao ato de cair (já explicado anteriormente), escoriações, machucados e até à morte.
Queimar a pele: expor a pele a um objeto onde o movimento dos átomos que o compõe é muito maior que os do corpo. O atrito entre os dois movimentos causa a queimadura.
Morte: esgotamento das energias físicas e espirituais de um invólucro carnal através do tempo ou causas mais drásticas.
Até mais!
;D
3 de outubro de 2010
Pout Pourri (again)
Esse foi um dos primeiros textos que eu postei, no mês de agosto. Estou repostando ele em homenagem à minha grande amiga Paloma, que foi quem mais gostou dele!! ;D imagino que muitos de vocês não o tenham lido, então... aí vai uma possibilidade!! ^^
Primeiramente, nascemos. Então, programam-nos para receber o que os outros nos empurram. Crescemos cercados por ideologias e muitas vezes não nos encontramos em nenhuma delas. Algumas são tão exageradas que nos seguram com mãos de aço, exigindo que pertençamos à elas.
Grite! Não é dominando que irão nos entender.
Não fique em cima do muro. Ainda é cedo para desistir. O mundo é um moinho e a cada dia que acordamos, não temos mais o tempo que se foi, pois o tempo, o tempo não para.
Mesmo estando cercados por cofres e estátuas, não se assuste, o vento está lá fora, e muitas vezes é só imaginação. A humanidade é desumana, cruel. Quem dera-nos que fossemos vistos como os mais importantes.
Que pais é esse que mata seus ídolos? Sufoca os que querem mudar o mundo?
Mas os nossos filhos terão nomes de santo e ninguém os deixará acreditar que o mundo é perfeito. Tentarão fazer com que se percam entre monstros, monstros que eles mesmos criaram.
Perguntas serão abafadas, a critica não será aceita.
Porque o céu é azul? Expliquem toda essa fúria desse mundo!
Homens em paz não querem guerra com ninguém. Tem gente que não sabe amar. Nós não sabemos quem somos e se apagarmos, tudo fica escuro. A escuridão, porém, já foi pior. O medo não pode vencer, o futuro não pode repetir o passado, nossas idéias precisam corresponder aos fatos! Nossos inimigos estão no poder e acreditam que com o ouro entrarão no céu. Não vamos deixar que substituam nossos corações por medalhas! Brilhemos por toda parte, onde estivermos! Vamos transformar nossas lágrimas no sangue que nos deixa de pé.
Eu vejo a vida melhor no futuro, um novo começo de era. Vamos crer no amor!
Imagine no possessions! Ok, I’m a dreamer, mas eu não sou o único. Encontremo-nos! Acesso é poder e o poder é a informação. Não deixe que vendam as nossas almas em um leilão, nós podemos mudar o mundo, ninguém roubará nossa coragem dessa vez. Não vamos deixar que derrubem nossos muros. Que a nossa garganta arranhe a tinta das paredes deles ao gritarmos a nossa revolta.
Não vamos sentar em nossas casas, esperando o tempo passar para depois pensar que devíamos ter amado mais, chorado baixo pelos cantos, ter visto o Sol nascer, nenhum tempo é perdido.
O Sol, ah, o Sol, ele nasce para todos e mostra-nos que os caminhos são sim, muitos, porém levam todos para o mesmo lugar. Vamos pedir a Deus um pouco de malandragem e assim viveremos ainda mais com a caridade daqueles que nos detestam.
Veja! Não diga que a canção está perdida! Vamos ter fé! É só desejar profundo, com sinceridade. Amanhecemos brilhando mais forte. Com a ajuda de nossa camarada, fiquemos tranqüilos. Quem disse que a sorte não pode vir em um realejo?
2 de outubro de 2010
Divagações de um jovem insone
O tempo passava lentamente, segundo a segundo, o relógio marcando sua passagem com tal desinteresse que me deixava curioso: porque ele não se importava com isso?
Quantos segundos ele não perdia em sua “vida” apenas contando-os, apenas mostrando-os... nossa tarefa então, é dar algum valor ao trabalho do relógio. Vamos olhar para ele! Mas o que me acompanha por essas palavras é tímido, silencioso... se eu não soubesse que estava ali, nem notaria sua presença.
Quantas horas se passaram? Não tenho certeza, algumas, muitas, poucas, nenhuma, o que importa mesmo é se produzi algo nesses instantes fugazes que preenchem a vida do meu amigo tic-tac, se preenchi a monotonia de sua existência com algo digno de ser olhado. Talvez, talvez.
O relógio não nos traz inspiração, ele nos mostra que o tempo está passando enquanto a inspiração não vem. Quanto mais ele adianta o seu trabalho, mais atrasados ficamos com o nosso.
Nem músicas nem sons, imagens ou palavras que não sejam as minhas. Ventos sopram dentro da máquina, mas minha companhia é apenas o som mudo do meu companheiro invisível. Olho para os lados e vejo apenas a escuridão que não amedronta, sombras que apenas existem. Existem porque o brilho sai da minha frente, entra pela minha fronte e ilumina o ambiente.
Alguns ruídos agitam o ar, mesmo assim, não há algo para inspirar.
Penso e repenso, analiso, cogito, invento...
Porque, agora, não há aproveitamento?
Versos disformes se formam, ainda que não tenham forma. Vagueiam pelo infinito da dimensão do pensamento, atravessam montanhas e movem moinhos, ficam estáticos, sempre produzindo.
Palavras ou imagens? Ambas refletem-se entre si, mostrando a cada uma o interior do seu reflexo. Suas almas se fundem em complexos simplificados, em matérias imaginárias. Produzem sons que não propagam, ondas que não dissipam, raios que desprogetam.
Se espalham para todos os lados.
Unem-se aos sons nunca ouvidos, falam línguas de desconhecidos.
Vivem.
O relógio segue seu caminho sem nunca pensar, enquanto o biológico não para de funcionar, ajustando, remoendo, prevendo, falando.
Primorosamente falando, o adjunto das onomatopéias vivenciadas cria um pleonasmo de objetos diretos e indiretos, subjetivos ocultos, que pragueiam contra a sapiência, criando contendas entre os vivazes.
Socorrendo, pugnam.
Não deixando que o tempo passe sem que o vivente seja notado, criemos subjetos dignos de contendas reais.
Conceberemos quadros reais em nosso imaginário, inspirando-nos nos sonhos que cercam nossa materialidade.
Quanto tempo se passou?
Alguns minutos e muitas teclas...
E a inspiração? Não sei, ainda não veio.