12 de outubro de 2010

Pensamentos dispersos


Quando a cabeça fica sem pensamentos, é extremamente difícil produzir algo. Nenhum pensamento passa, estão todos estagnados, estáticos, cada um dormindo no canto que lhe é reservado da minha mente, sem produzir ou pensar. Tento animá-los, agitá-los, mas nada funciona, eles continuam nos seus lugares de descanso.
Luzes brilham por todos os lados, refletindo-se mutuamente nas sílicas espalhadas pela metrópole, nas nuvens que recobrem um céu luminoso.
A cidade dorme. Sinto sua inspiração, sua expiração, em cada movimento que realizo. Concentro minha mente e escuto os ruídos longínquos de mentes que trabalham, influenciando a minha a fazer o mesmo.
Lembranças de um lugar distante e querido, à pouco visto, mas há muito lembrado, brotam em flashes esparsos que teimam em trazer memória prazerosas e dolorosas, ambas ao mesmo tempo.
O cérebro continua na ociosidade passageira, imagino luzes que não iluminam. Dessa vez, na máquina não sopra sequer uma brisa...
Lembro-me dela... E também deles, e delas, e em como todos me fizeram felizes. Recordo momentos passados entre amigos que foram, amigos que ficaram e amigos que estarão para sempre.
Não é maravilhoso encontrar alguém que não se via há muito tempo em um momento totalmente inesperado, totalmente por acaso, em um dia que prometia ser como outro qualquer?
Alguns fatos da minha vida dariam um bom livro... ;D
Quantas histórias não podiam rodar em volta de tantas pessoas, de uma pessoa...
Cada palavra, antes de chegar aos dedos, surge quase que instantaneamente no cérebro, que repassa a informação sem nem mesmo avaliar o que está sendo transmitido, e é nisso que dá um momento de vontade sem idéias...
Queria falar sobre tantas coisas... Mas não consigo focalizar uma apenas, nem mesmo muitas. Não consigo focalizar nada.
Quero produzir! Só não sei o que, nem como, nem porque...
Porque seria?
Para provar que posso? Talvez, mas não é isso... Às vezes é apenas algo que mantém a cabeça ocupada e a impede de pensar em coisas que não seriam tão agradáveis no momento, ou que exigiriam demais de uma mente cansada.
As pálpebras começam a se fechar, mas o que eu quero mesmo é passar a noite inteira com os dedos em movimento. Talvez eu passe mais algum tempo por aqui...
Sabe, escrever é a maneira perfeita de conversar consigo mesmo. Às vezes algumas ideias teimam em não querer se desenvolver e frutificar na nossa mente, temos dificuldade de formular um pensamento ordenado. A solução? Escrever. Esse ato ajuda a organizar melhor as ideias e muitas vezes você acaba pensando e chegando à conclusões que não tinha imaginado antes.
Está com um problema? Escreva sobre ele, quem sabe a solução não vem pelas suas próprias linhas?
É um pouco estranho em como eu me sinto à vontade de escrever tantas coisas de mim em algo tão sem privacidade quanto um blog na internet... Mas eu sinto como se esse pequeno site fosse um amigo. Um amigo que não me faltou em nenhuma hora que eu precisei, seja por ter escutado meus problemas e ideias, seja por ter me trazido as sábias palavras dos meus amigos.
Já disse isso muitas vezes, mas eu amo escrever. Não vou desistir desse sonhos. Quem sabe, um dia, esse blog não vai receber alguns milhares de visitas a mais por dia, depois que eu conseguir publicar meu primeiro livro?
O segundo? Está entrando no forno agora.
Algumas palavras estão se formando no espaço ocioso da minha cabeça. Vou escrevê-las para que não as perca.
Está vendo? Acabei de descobrir mais uma coisa: está sem inspiração para escrever? Escreva um pouco, essa é a resposta!
Valeu!
;D

10 de outubro de 2010

As luzes da vida





O tempo passa em tantos tempos da nossa vida. Tantas vezes perdemos segundos preciosos transformados em momentos de tristeza e maldizer.

Nos encolhemos nas sombras das palavras que dizemos, das injúrias que proferimos. Esquecemos de nós e dos outros nos nossos dias, pensando e agindo através de pessoas que não somos, que não queremos ser.

Encolhemos sensações, abafamos emoções, deixamos os sentimentos passarem por nós sem nos tocar, circundando nosso espaço sem nem mesmo reagir, interagir, ouvir ou tentar sentir.

Quantos de nós podem dizer que são felizes?

Poucos. A maioria nem sabe realmente o que é felicidade. Passam a vida praticamente sem ter um momento de alegria, um sorriso sincero por pura espontaneidade, simplesmente por sorrir sem ter que pensar, só porque deu vontade.

A Luz – do Sol, das estrelas, da Lua – incide sobre tudo e todos a todo instante, atravessando nuvens e paredes, iluminando qualquer espaço ou pessoa. Desde que tal ser deseje ser iluminado por ela.

Luz que viaja para todos os cantos do universo levando seu brilho, cobrindo milhares de quilômetros em um piscar de olhos.

Mas o que seria a Luz?

Existem tantas definições...

Pensamento é luz! A forma mais veloz e sublime, mais potente e que brilha mais forte, livre e indomável como o ar, transformador. Suas ondas viajam de um lugar ao outro com apenas a sua vontade, seu desejo, cobrindo milhões de quilômetros em um instante. Ilumina mais do que qualquer outra fonte, levando seus raios até mesmo para os lugares que se recusam a recebê-lo, pois pensamento é conhecimento.

Luz também é amor! Amor livre e poderoso que brilha e ilumina não só as pessoas que o sentem, mas tudo e todos ao seu redor, aquecendo e modificando profundamente, irreversivelmente.

Então o ar também é luz...

As palavras, onde quer que vão, levam faíscas, pulsares, brilhos dispersos ou não, luzes intensas e também mais fracas, levam vida e despertam a imaginação, incitam a emoção, movimentam a sensação.

Sentimentos que brilham com a intensidade de uma estrela, jogam seus raios para todos os lados sem discriminar. Sentimentos esses que também são levados pela fluidez de uma palavra, de uma escrita, de uma frase, de um texto ou de um livro. Palavras líquidas que se iluminam a quem quiser ler, ver, que se movimentam e ocupam espaços da mesma forma que a água que brilha e da vida.

E assim, a água também é luz...

E os sonhos? Ah, os sonhos são uma das mais belas formas de luz. Dão a esperança que já é implícita à luz para aqueles que tem medo de ver, medo de ouvir e sentir. Sonhos que mudaram nossa vida para sempre quando deixamos as trevas para viver na luz, quando começamos a sonhar com o sonhar, sonhar com a vida, assim como um dia fez a terra, vendo as sombras refugiarem-se nos cantos das paredes e de nossa alma com a luz que bruxuleia.

Assim também descobrimos a amizade.

A amizade, ainda que não queiramos ver qualquer outro tipo de luz, nos ilumina de dentro para fora e acabamos nos tornando a própria Luz.

Descobri que a terra também é luz...

Existem algumas emoções que são mais intensas, mais quentes, que brilham de um modo mais selvagem, quase incontrolável. Ainda assim, o desejo nos mostra, através de sua luz e calor, lados da vida que não poderíamos ver de outro modo. Ele nos testa e faz com que conheçamos melhor a nós.

O amor e a paixão ardem também com a ferocidade do fogo, nos queimando e consumindo, fazendo-nos viver com mais brilho e intensidade, com mais vida! Queimam, consomem e regeneram, sempre iluminando a tudo.

Alguém pode dizer que o fogo não é luz?

A Luz está em tudo em todos, está em nós e no universo, porque a Luz nada mais é do que o nosso criador. Deus criou a Luz da própria essência de seu ser. Luz é esperança.

Esperança de que poderemos dar mais um passo sem medo, pois há alguém que brilha por nós, iluminando nosso caminho, ajudando-nos a não tropeçar, nos mostrando o ponto de apoio para levantar.

Luz; matéria divina, imaterial e palpável, que ilumina e dá brilho, veloz e fluida, sonhadora e apaixonada, amante e intensa, sublime.

Então, é assim que nós somos...

Luz

8 de outubro de 2010

(O desejo d(O fogo) do desejo)







Quantas vezes os desejos não surgem em nós de um jeito quase incontrolável, brotando no íntimo do nosso ser e ganhando força rapidamente, aumentando seu volume e sua intensidade...




Somos feitos de tantas coisas... uma delas é o desejo. Desejo de continuar vivendo, de dar mais um, dois, milhares de passos, de sorrir, ser feliz, beijar uma pessoa que te atrai, que te desperta o desejo, desejo de amar, de se apaixonar... desejos são tantos que é impossível citar todos.




Desejos geram escolhas, e essas escolhas influem na nossa vida como nada mais pode fazer.




Às vezes tais escolhas são irreversíveis, causam danos irreversíveis, irrecuperáveis, irrevogáveis, incontestáveis...




Os desejos tem um pouco de cada elemento. São livres como o ar; não há restrições para o que se quer desejar, como quer desejar, quem se quer desejar... são apaixonados como a água, fluindo pelo nosso ser e tomando conta dele quase que violentamente... são sonhadores como a terra, pois desejam tudo o que podem sonhar.




Mas ainda assim, o ato de desejar, o desejo, essa parte tão intrincada do nosso ser, que nos impele muitas vezes quando a coragem ameaça de falhar, que às vezes nos faz tomar atitudes precipitadas levando-nos a cair no erro, tem muito mais de outro que não esses três anteriores.




O desejo, essencialmente, é quente. Arde em nossas veias, queimando o nosso corpo de dentro para fora na fúria de sua expressão, incendiando nossas células para alimentar seu ser, turvando nossa mente, dominando nosso corpo, movendo nossos atos...




Quando deixamos o desejo nos dominar, deixamos um rastro de pegadas fumegantes por onde quer que passemos.




Destruímos e afugentamos, amedrontamos.




Ainda assim, o Fogo não é apenas destruição.




O fogo faz parte de nós, parte do que somos, está em nossa essência assim como estamos na dele. O fogo é determinado. Devemos mantê-lo sob controle, para que ele não assuma seu controle sobre nós, pois ele tem vida própria e se alimenta do que nós realmente somos, de nossos desejos e vontades...




O fogo está em tudo e em todos, em cada partícula que forma cada ser que existe no universo, pois o fogo é energia, e a energia é a matriz da vida que nos ilumina.




O amor é o fogo que arde a mostra de todos, iluminando e incendiando os corações dos que amam, (re) nascendo em quem puder sentir seu calor. A paixão queima em seu desejo mais forte do que qualquer outro, consumindo-se e regenerando-se. Os sonhos só existem enquanto nosso fogo puder arder com força para alimentá-los. A amizade é um incêndio que devasta qualquer um que contra ela for.




Fogo é vida.




Todos os dias o Sol nos ilumina com a luz de seu fogo, luz de sua vida, dando-nos a nossa para que vivamos nossos desejos.




Nascemos do fogo, vivemos queimando e renasceremos pelas chamas.




Nosso planeta vive, pulsa e se incendeia. Tudo começa em seu interior, a vida começa em seu núcleo de labaredas incendiárias. Labaredas essas que nos permitiram vir à vida quando o planeta pulsava com sua ferocidade. Depois, nos permitiram realizar o nosso sonho de renascer como somos hoje quando redescobrimos a chama que havia em nós.




Guardamos em nosso íntimo a lembrança desse incêndio, pois nada pode viver se não queimar de alguma forma.




Mesmo a destruição que o fogo causa pode gerar novas esperanças, novos sonhos que viajarão livres e fluidos conforme nossa vontade. Basta apenas gerarmos as escolhas certas a partir do nosso desejo.




Fogo; elemento natural que vem de nosso pai, pois é ele próprio em sua essência, queima, ilumina e nos da força para continuar; desejo (in) controlável que não nos deixa fraquejar; queima por nosso corpo, alimentando-o e nos dando vida, fazendo parte de nós.




Desejo; o fogo em si, que não mede esforços para conseguir seus sonhos, seguir sua escolha; ama e se apaixona através das chamas que ardem em tais sentimentos.




Assim somos. Livres como o ar, poderosos como a água, velozes como o pensamento, determinados como o fogo, arrebatadores como a paixão, determinados como a terra, violentos e sonhadores como o desejo, apaixonados como o amor, fiéis como a amizade.






7 de outubro de 2010

Sonhos que movem montanhas




Sonhar, nunca deixar de sonhar.


Os sonhos movem a humanidade desde que a humanidade se tornou humana.


Bebemos, caçamos, comemos, matamos, nos escondemos, sobrevivemos. Pensamos... quem pode dizer o que levou à essa mudança?


Talvez um sonho.


Um sonho de deixar de sermos como éramos e nos tornar como somos. Sonho de crescer, viver, sorrir, falar, andar, olhar, pensar, amar! Sonho de sonhar...


Os sonhos são belos e sublimes, imaginários e reais, movimentam-se com toda a leveza do ar, viajam mais rápido do que o próprio, levando sua essência para todos os lados e lugares. Sonhos são divinos, inspiradores, superam qualquer barreira, assim como a água.


Quando um sonho se fertiliza, nasce e cresce, nada pode impedi-lo, ele toma conta do nosso ser, preenchendo cada espaço com sua liquidez apaixonada. Toma conta de nosso lado que busca, que é a libertação expandindo-se para todos os lados, veloz e determinado, voando com os ventos.


O sonho está em nós. Nós somos os sonhos que queremos ter...


Mas o que nós somos?


Somos apaixonados e espontâneos, movimentamo-nos para todos os lados ao nosso bel prazer, seja com nosso corpo ou espírito, mente ou subconsciente.


Somos livres! Ainda assim, presos.


Nem tudo nós podemos, apenas porque não acreditamos que podemos. Mas ainda assim, tal restrição tem suas dádivas.


A terra, ao contrário do ar e da água, não se movimenta com tanta facilidade.


Está presa ao chão, presa à Terra, presa à si. Movimenta-se conforme se movimenta, toda ao mesmo tempo, sempre com um objetivo. Quando começa, nada pode pará-la. Se nada a fizer iniciar, nunca começará.


A terra sim é poderosa.


Impele água e ar para todos os lados quando decide passar. Varre tudo que está em seu caminho na busca de seu objetivo. Ganha força, avoluma-se, multiplica-se, atrai outras para si, vai levando tudo e todos. Causa destruição? Sim.


Mas também causa a vida.


Junte o ar e a água à terra e acrescente uma pitada de um sonho.


Pronto, dali nascerá uma vida.


A terra reconhece suas limitações e não tenta ir além do que pode. Não tenta voar ou fluir. Ela quase nunca sai do lugar, mas vai quando é preciso. A terra sonha, sim, mas sonha sonhos reais, possíveis, imagináveis ou não, mas sempre realizáveis.


Sabe que não pode tudo sozinha. Precisa do amor do ar, da paixão da água, e junta isso com a determinação que lhe é própria. Dessa maneira, tudo é possível. E qual é o resultado dessa junção?


Chama-se Amizade.


Sonhar sozinho é bom e podemos ir longe assim. Mas sonhar junto é melhor ainda.


Vamos ainda mais longe quando estamos juntos de outros, com a força, amor, determinação, paixão, amizade, fluidez, velocidade, liberdade dos outros.


É assim que a terra é. Ela ama, sim, ama a vida que gera, o amor que regenera, o ar que liberta, a água que desperta. Ama os outros e a si, ama a tudo e a todos = amizade.


Somos amigos e irmãos, companheiros sonhadores que se amam, ajudam e acreditam.


A terra sonha e nós também. Sonhamos ambos com a vida e, assim como ela, devemos acreditar que nossos sonhos são reais.


Terra; amizade em si, que não discrimina nem injustiça, ama sonhadoramente, com paixão e liberdade, mas sempre com a mente clara e determinada. Fé.


Amizade; paixão, amor, liberdade, entendimento, (re) conhecimento, incentivo, determinação, vida.


Pois em Deus podemos acreditar quando encaramos o milagre que ele criou, a vida que nos deu, os sonhos que nos faz sonhar, as paixões, amores, que nos faz sentir, a terra que podemos pisar, a água que nos faz viver, o ar que nos faz sentir.


Assim somos. Livres como o ar, poderosos como a água, velozes como o pensamento, arrebatadores como a paixão, determinados como a terra, apaixonados como o amor, fiéis como a amizade

6 de outubro de 2010

Ser como o rio que flui



Tenho tantas coisas para dizer, tantas para fazer... só que não sei por onde começar. Penso e repenso, analiso e cogito, imagino, desimagino e me frustro. Sobre o que escrever? O que falar? Como falar, fazer, ser, sorrir, imaginar, pensar, agir, viver, amar...



Não sei.



Na verdade, sobre o que eu sei?



Muito pouco, comparado com o que ainda vou saber. Menos ainda com o que nunca vou saber. Mesmo assim, porque não tentar apreender um pouco mais de saber?



Quantas coisas não se pode aprender consigo mesmo! Coisas que você não sabia que sabia, coisas que você realmente não sabia e que descobriu com a ajuda de outros ou apenas por si. Existem diversas maneiras de aprender. Os outros podem te ensinar, você pode se ensinar, pode ler, ver, ou apenas pensar, imaginar, se questionar, escrever.



A escrita foi a renovação do conhecimento, do meu conhecimento.



Palavras que fluem livres pelas páginas sem fim escritas à próprio punho até não agüentar mais, letras que se unem, atraídas pela força gravitacional da inteligência como se fossem átomos do saber, prótons do conhecimento, elétrons de Deus.



Livres como a água, mas nem tanto como o ar, as palavras carregam emoções e sentimentos, conhecimento e ignorância. Se espalham para todos os lados, preenchem cada espaço do recipiente que as acolhe. Mesmo assim, tem seus limites.



Não podem viajar quilômetros sem fim com a facilidade do ar. Estão presas à terra, presas ao homem e a aqueles que estão dispostos a escutá-las, apreendê-las, ouvi-las, entendê-las e apreciá-las!



Ainda não sei o que fazer...



Queria apenas não fazer nada. Deitar na relva macia que ondula ao vento, olhar para o céu e apreciar sua cor, suas cores, seus movimentos, suas curvas, a brancura de seus ingredientes, de sua matéria e falta de.



O Sol ao longe que começa a se esconder, preparando-se para renascer em outro lugar, levar sua vida para novos planos, mas sem impedir que a minha continuasse por aqui.



Sombras se alongam e o céu ganha uma nova cor. Um vermelho intenso se espalha pela linha longínqua do horizonte onde cadeias de montanhas com seus picos intocados refletem os últimos raios para todos os lados, refratam a luz, criam arco-íris que nunca são apreciados.



A água corrente acalma o ambiente e atrai, gera a vida. O riacho se acumula e cresce, multiplica-se, fertiliza(-se), nasce e (se) regenera.



O Sol, por fim, se esconde, e revela uma beleza oculta, uma vida oculta, que estava ali mas não podíamos ver.



Luzes e mais luzes explodem por todos os lados à centenas de milhões de quilômetros, à apenas alguns metros de mim. O vento suave sopra calmamente e minha mente se esvai de pensamentos.



Palavras começam a se formar no ritmo das águas aos meus pés, ganhando vida, crescendo e avolumando-se. Após o germe inicial, elas tomam controle de suas próprias ações, seus movimentos e sentimentos, de suas falas, intenções. Começam a fluir não mais como a água, mas sim como o ar, livres, poderosas, fluidas, velozes, arrebatadoras. Ainda assim não abandonaram sua semelhança com a água que corre. Possuem suas limitações, suas intensidades quase incontroláveis, assim como nós.



Água; paixão violenta que flui constante por nossas veias de imaginação e sentimento, dominando nossa mente e pensamento, controlando o corpo e o movimento.



Água que nos forma e da forma, nos alimenta e mantém vivos, dá-nos lucidez e perseverança. Sempre acredita que tudo pode ser superado apaixonadamente.



Assim somos. Livres como o ar, poderosos como a água, velozes como o pensamento, arrebatadores como a paixão, apaixonados como o amor.

5 de outubro de 2010

Os ventos do amor



Buscando inspiração novamente. Não sei o que pensar, ultimamente ando sem ideias para temas. Mas não é que eu esteja sem criatividade, como aconteceu há algum tempo. É que eu não sei sobre o que escrever. Se eu descubro algo, a coisa flui naturalmente.

Faltava algo no ambiente... um movimento talvez; um som, uma palavra, uma cor, um calor, um vapor, um ardor, uma brisa.

Quantas coisas não estavam ao meu redor? Zilhões de átomos, dezenas de tipos diferentes deles, muitos elementos e elementais, matéria e porque não anti-matéria. Eu estava cercado, encurralado. Ainda sim, livre.


Sopros, brisas, ventos, ventanias e vendavais, tornados e furacões...

Queria ser como o ar: livre, leve e solto.

O ar pode ir para onde quiser, quando quiser, na velocidade que quiser. Basta um pouquinho de calor e pronto: a estratosfera vem aí! Lá ele esfria e desce

Rapidamente, girando, ganhando força e velocidade, energia. 50, 100, 200, 300, 400 km/h! Mas o ar aqui ainda tem suas limitações. Em Saturno os ventos sopram a mais de 2000 km/h! Queria ser como esse vento, incansável, imbatível, indomável, livre!

O fato é que não há limites para o ar.

Força assombrosa e destruidora da natureza que esculpe tão belamente nosso lindo planeta que ele acaba saindo de nossos pulmões. Como é bela a visão de um furacão, sentir, só de olhar, toda aquela força modificadora, avassaladora, transformando tudo por onde passa. Contém mais energia do que a humanidade já produziu, começa do nada, formando-se através de diferenças de temperatura, de estado, e quando começa, nada pode pará-lo, apenas sua vontade. Desvanescesse com ainda mais facilidade que se forma.

Ar que dá a vida, que sustenta a vida.

Tira vidas apenas para fazermo-nos renascer em um plano melhor.

Transmite som, palavras, emoções, movimentos, sensações.

Ainda assim, tendo tanta liberdade, está preso. Preso por algo que o mantêm unido à Terra e que, mesmo sendo “apenas” uma força da física, pode ser comparado conosco. O ar depende do nosso planeta, pois sem a gravidade ele se espalharia para todos os lados sem poder se movimentar, apenas se perderia na imensidão do universo.

Somos presos por uma força ainda maior do que a do ar. Somos presos pelo amor.

O amor também pode ser comparado ao ar. Indomável, irresistível, poderoso, imprevisível, veloz... tempestade que arrasa nossos sentimentos, deixando tudo completamente diferente do que era depois de passar, modificando nosso interior como nada mais pode fazer.

Arrasa áreas ainda maiores do que um furacão e pode deixar danos mais irreversíveis do que um. Mas o amor também pode ser controlado, assim como o ar.

Com força de vontade e determinação, e muita energia, podemos dobrá-los à nossa vontade, movimentá-los conforme a nossa dança, o nosso querer.

Ar. Elemento natural, puro, criado por Deus necessário à nossa sobrevivência, suave e intenso, elétrico e neutro, veloz e tranqüilo, suave e poderoso. Indispensável.
      Amor. Sentimento natural, puro, criado por Deus necessário à nossa sobrevivência, suave e intenso, elétrico e neutro, veloz e tranqüilo, suave e poderoso. Indispensável.

4 de outubro de 2010

Divagações de um jovem brisado!

Hahaha, estou mesmo gostando das aulas de físico-química!

Um dia, voltando de carro de São Paulo com o meu irmão, começamos a falar sobre os motoqueiros depois de eu ver a primeira moto com pisca-alerta ligado.

Eu disse que nunca tinha visto uma assim antes. Ele respondeu: “é claro, na maioria das vezes a moto cai ou capota”.

Cair e capotar não é a mesma coisa? Ele disse que cair é quando perde o equilíbrio e cai de lado, capotar é quanto você sai rodando com a moto. No final das coisas, você vai sempre ao chão certo? Cair nada mais é do que ir de uma altura maior para uma menor. Cientificamente falando...

Cair: Ato ou efeito de transformar energia potencial gravitacional em energia cinética.

Hahaha, da hora. Pensei nisso um pouco depois da conversa. Falei e meu irmão me olhou com uma cara tipo: você ta brisando mesmo hein...

É eu tava. Ai, comecei a evoluir nas brisas.

Tentarei explicar de modo científico algumas coisas do nosso cotidiano. ;D

Comer/respirar: ato ou efeito de transformar energia organizada em desorganizada, ou melhor dizendo, energia química em calorífica.

Andar: ato de transformar energia desorganizada em organizada: calorífica em cinética.

Engolir: transportar comida da boca para o aparelho gastro-digestório através de ângulos perfeitamente calculados.

Engasgar: erro matemático no ato de engolir.

Pular: inversamente proporcional ao cair.

Beber água/urinar: ajudar na homeostasia do corpo.

Se apaixonar: ser atraído por feromônios específicos de outro indivíduo que sugerem que os descendentes gerados serão geneticamente melhorados.

Assoprar: gerar uma zona de baixa pressão na área atingida pelo deslocamento de ar.

Onda do mar: propagação não física que pode ser gerada por uma infinidade de fatores e que não transporta matéria, apenas energia.

Bronzear: escurecimento da pele em resposta fisiológica natural estimulada pela exposição voluntária ou não à radiação ultravioleta da luz solar, causando o aumento de melanina na pele.

Arco-Íris: refração da luz solar causada pelas partículas de água em suspensão.

Cores: é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, onde cada cor tem seu comprimento de onda, tornando-se, assim, diferentes entre si.

Água: organização de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio em uma estrutura angular ligadas através de ligações de hidrogênio (ponte de hidrogênio).

Rochas: agrupamento de vários tipos de minerais.

Pedras: objeto inexistente.

Escuro/frio: palavras que denominam coisas inexistentes. São apenas o oposto de algo que existe (luz/calor).

Cuspir: disparar um jato de saliva através de lábios semi-cerrados para que a propulsão causada pelos pulmões seja mais eficiente.

Tropeçar: ocorre quando o pé encontra uma área de atrito maior do que a anterior.

Atrito: força (medida em Newtons) que é exercida contra um movimento.

Desequilíbrio: conseqüência do tropeço. Pode levar ao ato de cair (já explicado anteriormente), escoriações, machucados e até à morte.

Queimar a pele: expor a pele a um objeto onde o movimento dos átomos que o compõe é muito maior que os do corpo. O atrito entre os dois movimentos causa a queimadura.

Morte: esgotamento das energias físicas e espirituais de um invólucro carnal através do tempo ou causas mais drásticas.

Ta bom, parei.

Uhauahauauhauhauhhua eu poderia ficar eternamente nisso, mas, fico por aqui!

Até mais!

;D

3 de outubro de 2010

Pout Pourri (again)

Esse foi um dos primeiros textos que eu postei, no mês de agosto. Estou repostando ele em homenagem à minha grande amiga Paloma, que foi quem mais gostou dele!! ;D imagino que muitos de vocês não o tenham lido, então... aí vai uma possibilidade!! ^^


Primeiramente, nascemos. Então, programam-nos para receber o que os outros nos empurram. Crescemos cercados por ideologias e muitas vezes não nos encontramos em nenhuma delas. Algumas são tão exageradas que nos seguram com mãos de aço, exigindo que pertençamos à elas.

Grite! Não é dominando que irão nos entender.

Não fique em cima do muro. Ainda é cedo para desistir. O mundo é um moinho e a cada dia que acordamos, não temos mais o tempo que se foi, pois o tempo, o tempo não para.

Mesmo estando cercados por cofres e estátuas, não se assuste, o vento está lá fora, e muitas vezes é só imaginação. A humanidade é desumana, cruel. Quem dera-nos que fossemos vistos como os mais importantes.

Que pais é esse que mata seus ídolos? Sufoca os que querem mudar o mundo?

Mas os nossos filhos terão nomes de santo e ninguém os deixará acreditar que o mundo é perfeito. Tentarão fazer com que se percam entre monstros, monstros que eles mesmos criaram.

Perguntas serão abafadas, a critica não será aceita.

Porque o céu é azul? Expliquem toda essa fúria desse mundo!

Homens em paz não querem guerra com ninguém. Tem gente que não sabe amar. Nós não sabemos quem somos e se apagarmos, tudo fica escuro. A escuridão, porém, já foi pior. O medo não pode vencer, o futuro não pode repetir o passado, nossas idéias precisam corresponder aos fatos! Nossos inimigos estão no poder e acreditam que com o ouro entrarão no céu. Não vamos deixar que substituam nossos corações por medalhas! Brilhemos por toda parte, onde estivermos! Vamos transformar nossas lágrimas no sangue que nos deixa de pé.

Eu vejo a vida melhor no futuro, um novo começo de era. Vamos crer no amor!

Imagine no possessions! Ok, I’m a dreamer, mas eu não sou o único. Encontremo-nos! Acesso é poder e o poder é a informação. Não deixe que vendam as nossas almas em um leilão, nós podemos mudar o mundo, ninguém roubará nossa coragem dessa vez. Não vamos deixar que derrubem nossos muros. Que a nossa garganta arranhe a tinta das paredes deles ao gritarmos a nossa revolta.

Não vamos sentar em nossas casas, esperando o tempo passar para depois pensar que devíamos ter amado mais, chorado baixo pelos cantos, ter visto o Sol nascer, nenhum tempo é perdido.

O Sol, ah, o Sol, ele nasce para todos e mostra-nos que os caminhos são sim, muitos, porém levam todos para o mesmo lugar. Vamos pedir a Deus um pouco de malandragem e assim viveremos ainda mais com a caridade daqueles que nos detestam.

Veja! Não diga que a canção está perdida! Vamos ter fé! É só desejar profundo, com sinceridade. Amanhecemos brilhando mais forte. Com a ajuda de nossa camarada, fiquemos tranqüilos. Quem disse que a sorte não pode vir em um realejo?

Se não deu certo, tente outra vez! Pra quem tem pensamento forte, o impossível é questão de opinião! Não viva esperando dias melhores. Faça o seu dia melhor.

2 de outubro de 2010

Divagações de um jovem insone

O tempo passava lentamente, segundo a segundo, o relógio marcando sua passagem com tal desinteresse que me deixava curioso: porque ele não se importava com isso?

Quantos segundos ele não perdia em sua “vida” apenas contando-os, apenas mostrando-os... nossa tarefa então, é dar algum valor ao trabalho do relógio. Vamos olhar para ele! Mas o que me acompanha por essas palavras é tímido, silencioso... se eu não soubesse que estava ali, nem notaria sua presença.

Quantas horas se passaram? Não tenho certeza, algumas, muitas, poucas, nenhuma, o que importa mesmo é se produzi algo nesses instantes fugazes que preenchem a vida do meu amigo tic-tac, se preenchi a monotonia de sua existência com algo digno de ser olhado. Talvez, talvez.

O relógio não nos traz inspiração, ele nos mostra que o tempo está passando enquanto a inspiração não vem. Quanto mais ele adianta o seu trabalho, mais atrasados ficamos com o nosso.

Nem músicas nem sons, imagens ou palavras que não sejam as minhas. Ventos sopram dentro da máquina, mas minha companhia é apenas o som mudo do meu companheiro invisível. Olho para os lados e vejo apenas a escuridão que não amedronta, sombras que apenas existem. Existem porque o brilho sai da minha frente, entra pela minha fronte e ilumina o ambiente.

Alguns ruídos agitam o ar, mesmo assim, não há algo para inspirar.

Penso e repenso, analiso, cogito, invento...

Porque, agora, não há aproveitamento?

Versos disformes se formam, ainda que não tenham forma. Vagueiam pelo infinito da dimensão do pensamento, atravessam montanhas e movem moinhos, ficam estáticos, sempre produzindo.

Palavras ou imagens? Ambas refletem-se entre si, mostrando a cada uma o interior do seu reflexo. Suas almas se fundem em complexos simplificados, em matérias imaginárias. Produzem sons que não propagam, ondas que não dissipam, raios que desprogetam.

Se espalham para todos os lados.

Unem-se aos sons nunca ouvidos, falam línguas de desconhecidos.

Vivem.

O relógio segue seu caminho sem nunca pensar, enquanto o biológico não para de funcionar, ajustando, remoendo, prevendo, falando.

Primorosamente falando, o adjunto das onomatopéias vivenciadas cria um pleonasmo de objetos diretos e indiretos, subjetivos ocultos, que pragueiam contra a sapiência, criando contendas entre os vivazes.

Socorrendo, pugnam.

Não deixando que o tempo passe sem que o vivente seja notado, criemos subjetos dignos de contendas reais.

Conceberemos quadros reais em nosso imaginário, inspirando-nos nos sonhos que cercam nossa materialidade.

Quanto tempo se passou?

Alguns minutos e muitas teclas...

E a inspiração? Não sei, ainda não veio.

1 de outubro de 2010


Um simples pensamento...


Cuidado com o stress porque:


Mais vale chegar atrasado neste mundo...
Do que adiantado no outro.

 
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