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14 de outubro de 2010

Um olhar no espírito

Às vezes eu queria ser cego por apenas uma semana. Poder ver o mundo pelos olhos de um, as coisas do mesmo jeito que ele. Tenho certeza que muitos deles vêem o mundo com mais exatidão que nós, vêem-no mais claramente que muitas pessoas que realmente “enxergam”...

Existem tantas e diversas maneiras de realmente ver as coisas...

Pelos olhos é o jeito mais comum e, talvez, o mais impreciso. Podemos enxergar através de todos os outros sentidos! Ver o mundo pelo cheiro que exala, pelos sons que emite, pela textura que possui, pelo gosto que tem... Tais maneiras são muito mais intensas de se enxergar porque vão além da superfície rasa que os olhos da carne conseguem ver.

Estamos viciados nas coisas que vemos. Quantas vezes vemos uma coisa que realmente não é daquele jeito? Muitas, pode ter certeza. Quantas vezes não julgamos uma pessoa só pelo que nós vimos dela, por sua aparência, pelo que ela aparenta a nós. Olhamos uma pessoa e achamos que já vimos tudo o que podíamos dela. Mas não vimos.

Se usássemos nosso outros sentidos poderíamos ter uma ideia melhor do que alguém ou algo realmente é, de como se comporta, uma ideia melhor de sua essência. Ainda que não seja certo, talvez assim poderíamos julgar com uma exatidão maior a personalidade de alguém.

Mas se usássemos um outro sentido, com certeza poderíamos conhecer uma pessoa como ela realmente é.

São os olhos também. Mas não os da carne.

Os olhos do espírito.

Se usássemos esses olhos todas as vezes que olhássemos para algo... nossa vida seria extremamente mais fácil.

Ao dirigir um olhar desse para algo/alguém, vemos muito alem do que está na superfície, enxergamos a essência do que vemos, pois nada pode se esconder de uma alma que quer ver.

Sabe aqueles olhares de tirar o fôlego? Aqueles que prendem os olhos, olhares onde não são necessárias palavras, suspiros, cheiros, sabores ou cores? São olhares que dizem muito mais do que podemos falar. São com os olhos da alma que damos tais olhares e, quando usamos esses olhos para ver, são os mesmos que enxergamos, na outra pessoa. Vemos sua alma e sua essência, o que ela sente e quer, o que pensa e é.

Um olhar intenso como esse dirigido a uma grande amiga (amigo para as mulheres) pode mudar tudo entre duas pessoas, nem que seja por apenas alguns instantes, poucos minutos, algumas horas. Um olhar como esse é capaz de despertar qualquer tipo de sentimento, inclusive o desejo e a paixão, e também a amizade e compaixão.

Duas pessoas podem se aproximar imensamente apenas com um olhar.

Experimente esse novo tipo de olhar, não é dificil, basta querer. E treinar!

;D

*inspiração! http://meublogcafecomcanela.blogspot.com/2010/10/teu-jeito-de-olhar.html ^^

2 de outubro de 2010

Divagações de um jovem insone

O tempo passava lentamente, segundo a segundo, o relógio marcando sua passagem com tal desinteresse que me deixava curioso: porque ele não se importava com isso?

Quantos segundos ele não perdia em sua “vida” apenas contando-os, apenas mostrando-os... nossa tarefa então, é dar algum valor ao trabalho do relógio. Vamos olhar para ele! Mas o que me acompanha por essas palavras é tímido, silencioso... se eu não soubesse que estava ali, nem notaria sua presença.

Quantas horas se passaram? Não tenho certeza, algumas, muitas, poucas, nenhuma, o que importa mesmo é se produzi algo nesses instantes fugazes que preenchem a vida do meu amigo tic-tac, se preenchi a monotonia de sua existência com algo digno de ser olhado. Talvez, talvez.

O relógio não nos traz inspiração, ele nos mostra que o tempo está passando enquanto a inspiração não vem. Quanto mais ele adianta o seu trabalho, mais atrasados ficamos com o nosso.

Nem músicas nem sons, imagens ou palavras que não sejam as minhas. Ventos sopram dentro da máquina, mas minha companhia é apenas o som mudo do meu companheiro invisível. Olho para os lados e vejo apenas a escuridão que não amedronta, sombras que apenas existem. Existem porque o brilho sai da minha frente, entra pela minha fronte e ilumina o ambiente.

Alguns ruídos agitam o ar, mesmo assim, não há algo para inspirar.

Penso e repenso, analiso, cogito, invento...

Porque, agora, não há aproveitamento?

Versos disformes se formam, ainda que não tenham forma. Vagueiam pelo infinito da dimensão do pensamento, atravessam montanhas e movem moinhos, ficam estáticos, sempre produzindo.

Palavras ou imagens? Ambas refletem-se entre si, mostrando a cada uma o interior do seu reflexo. Suas almas se fundem em complexos simplificados, em matérias imaginárias. Produzem sons que não propagam, ondas que não dissipam, raios que desprogetam.

Se espalham para todos os lados.

Unem-se aos sons nunca ouvidos, falam línguas de desconhecidos.

Vivem.

O relógio segue seu caminho sem nunca pensar, enquanto o biológico não para de funcionar, ajustando, remoendo, prevendo, falando.

Primorosamente falando, o adjunto das onomatopéias vivenciadas cria um pleonasmo de objetos diretos e indiretos, subjetivos ocultos, que pragueiam contra a sapiência, criando contendas entre os vivazes.

Socorrendo, pugnam.

Não deixando que o tempo passe sem que o vivente seja notado, criemos subjetos dignos de contendas reais.

Conceberemos quadros reais em nosso imaginário, inspirando-nos nos sonhos que cercam nossa materialidade.

Quanto tempo se passou?

Alguns minutos e muitas teclas...

E a inspiração? Não sei, ainda não veio.

20 de agosto de 2010

Silenciando o silêncio

Muitas pessoas gostam do silêncio, algumas não o suportam ou ficam incomodadas e outras até tem medo, mas, o que é realmente o silêncio?

Tecnicamente falando, é a privação de som. Se não há um ruído sequer, há o silêncio. Às vezes o silêncio é bom. Ajuda você a pensar melhor, raciocinar e se concentrar. Em outras, nem tanto. Como já disse, há pessoas que têm medo do silêncio, e com razão.

O silêncio vai muito além da simples privação de som. O silêncio é algo mais profundo. O silêncio, na verdade, pode ser ouvido, sentido. Entre em uma câmara isolada acusticamente para saber o que estou querendo dizer.

Na época da Segunda Grande Guerra, prisioneiros eram submetidos à câmaras totalmente brancas e isoladas para que não entrasse nenhum som. esse método se chamava “privação sensorial” e todos os presos submetidos a esse tipo de tortura falavam tudo o que lhes era perguntado após algum tempo.

Existe também o silêncio das imagens, cheiros e movimentos, até do tato. Você acha que os cegos não estão mergulhados no silêncio? Eles, porém, não se deixam abater por ele. Os surdos são os mais afetados, mas eles ouvem com seus outros sentidos.

O silêncio é ameaçador, aterrorizante, amedrontador. Ninguém pode “sobreviver” ao silêncio, vencê-lo. O silêncio sempre vence, a não ser que você enfrente-o. Como? É simples! Se ele começar a te dominar, grite, não deixe que se perca em sua quietude. Cante! Movimente-se, sinta e veja!

Milhares de pessoas vivem hoje dominadas pelo silêncio. Elas tem medo de sentir, medo de ver, ouvir, medo de amar. O silêncio de sentimentos, eu diria, é o pior e mais cruel. Domina a pessoa com tal intensidade que ela acaba querendo ouvir o silêncio, se entregar a ele. Não deixe que o silêncio domine seu corpo, mas, com ainda mais convicção, não deixe que ele domine sua alma. Quantos não vivem, também, no silêncio de pensamentos? Não pensam, não questionam, não raciocinam. Apenas ouvem e reproduzem.

Mas o silêncio não é apenas algo ruim. O silêncio é bom também.

Existem coisas que só podem ser ditas no silêncio de um olhar, de um toque. Amores que são entendidos com muito mais intensidade quando expressados no silêncio das palavras. Ainda assim, não está entregue ao silêncio. O amor pode ser tudo, menos silencioso.

Por isso, não se acostume com o silêncio. Ele não é de todo ruim, porém não é de todo bom. Te domina sem que você perceba.

Você pode viver em silêncio, porém nunca calado. Expresse-se a cada instante, com o corpo ou a alma, não importa, o importante é não deixar silenciar.

19 de agosto de 2010

Positivo atrai positivo

Eu estava relendo o livro Onze minutos, do Paulo Coelho - que conta a história real de Maria, uma prostituta – e a personagem escreve em seu diário sobre “o desejo profundo, o desejo mais real”, que é o de aproximar-se de alguém. Ok, todos nós já sentimos esse desejo. Uns mais, outros menos, alguns o tempo todo. Mas, como a Maria mesmo fala, é impossível de se explicar a atração que junta duas pessoas.

O que, entre milhões de pessoas, faz com que você se interesse exatamente por aquela? O que realmente aquela pessoa tem de tão especial que te faz querê-la?

Não sei se você já se perguntou isso, mas já me perguntaram isso e eu também já pensei sobre o assunto. Quer saber se eu cheguei a alguma resposta? Vamos analisar então.

Quando você se sente atraído por alguém (não quando se apaixona), como acontece isso? Para mim pelo menos, é como que à primeira vista. Esse “desejo profundo” acontece antes mesmo de eu escutar a voz da pessoa, antes mesmo de nossos olhares se encontrarem, antes dela sequer reparar em mim. É como que uma atração, mas não tem nada a ver com atração física, não é desejo, nada físico, corporal, não é porque a garota é linda ou tem um corpo bonito. Não. É mais forte. Muito mais forte.

Alguns podem ler e falar: “Vai dizer então que a garota é feia?”. Tá, não é assim, mas beleza não é o fundamental. Como eu posso afirmar que não é apenas físico? Porque conheço garotas extremamente lindas e nunca senti a menor vontade de ficar com elas. Muitas vezes por falta de conteúdo, por não gostar do jeito ou das atitudes, mas, na maioria das vezes, é porque esse desejo, essa atração, não aconteceu. Coincidência (ou não) isso só aconteceu comigo com garotas com quem eu me familiarizara também (nada de patricinhas chatas e nojentas...).so so)nte a coisa? outras, mas tem algo nela que atrai. sinceramente?icos e. elas muitas er reparar em mim.

Não tenho certeza do que realmente pode ser isso. Sei que é algo que transcende a matéria, vai mais longe. Tem algo a ver com... a energia? da pessoa, não sei explicar. Aquela pessoa, se você for analisar friamente, não tem nada de excepcional se for comparar com as outras. É claro, tem suas particularidades, mas nada que você também não vê em outros. Ok, algumas vezes são particularidades raras (é dessas que eu gosto, as diferentes..hehehe), mas mesmo assim, elas não tem super poderes nem disparam raios pelos olhos ou sugam a energia pelo toque. Elas são elas mesmas e, apenas fazendo isso, já atraem com tal força, tal intensidade, que fica difícil resistir.

Não faço ideia do que vou falar agora, mas veio na cabeça. É como se você sentisse a aura da pessoa, a verdadeira essência dela ao se aproximar, mesmo que não percebamos isso, mas é por isso que somos atraídos. Aquela frase famosa “Os opostos se atraem” só funciona na ciência mesmo. Na vida real, os opostos se distraem, os dispostos se atraem ™.

E quando você conhece a pessoa? Você já conseguiu sentir o cheiro de uma pessoa? Não o perfume, mas o cheiro da pessoa, da pele dela. Uma vez eu fiquei pensando sobre isso e percebi que não consigo sentir o cheiro de todos, mas que os que eu sinto, são pessoas que, de alguma forma, me atraíram mais que as outras. Talvez isso também tenha alguma relação com esse desejo, talvez não, o fato é que os cheiros também contribuem muito para ele. A ciência diz que as pessoas se apaixonam porque os nossos corpos exalam aromas únicos, e que esses aromas meio que “carregam” a nossa genética. Estranho? É sim. É como se apenas nos apaixonássemos pelas pessoas que temos mais chance de gerar descendentes saudáveis e geneticamente melhorados. Ok, pode ser verdade, já que a ciência se baseia em fatos, mas eu não generalizaria tanto.

Existem tantas coisas que fazem uma pessoa se apaixonar pela outra...

Mas estávamos falando do que vem antes da paixão, a atração.

Então, lá em cima eu perguntei se você queria saber se eu cheguei a alguma resposta sobre isso. Sinceramente? Não.

O que realmente faz com que uma pessoa se destaque no meio de uma multidão? Uma amiga minha falou isso em um texto dela que ela apagou. A pessoa é cool, como todas as outras, mas tem algo nela que atrai. (de novo citando você Paah). O que seria essa coisa? Não sei.

Se você acompanha o meu blog, provavelmente (ou não) deve ter percebido que eu estou “apaixonado” (não tenho certeza...hehehe, estou tentando não me machucar depois). E esse sentimentos começou exatamente com essa atração inexplicavel. Eu simplesmente nunca tinha visto a garota na minha vida e, quando entrei no mesmo lugar onde ela estava (uma reunião de mocidade espírita), simplesmente não tive como não reparar nela sentada lá, de pernas curzadas, e também não pude me impedir de ficar olhando o tempo todo para ela. E olha que eu só fui ouvir a voz dela uma hora depois, se bobear. Só que eu já tinha certeza de que ia pelo menos tentar me aproximar dela e, quem sabe, fazer acontecer algumas coisas mais. ;D

Não sei se um dia vou realmente entender o que é que acontece quando isso ocorre, se acontece nesse plano, ou outro, uma dimensão diferente ou é algo que ainda esta completamente fora do meu entendimento.

O fato é que eu vou continuar sempre sentindo e me entregando a tais forças, até que uma delas seja correspondida e eu finalmente possa parar de procurar.

^^

(ouvindo Apocalyptica apenas para me desligar da propaganda política)

 
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