28 de fevereiro de 2011

Mera ilusão


 Em alguns momentos das nossas vidas nós sempre vamos parar e pensar: será que o que estou fazendo é o certo?
Pode ser que você nunca tenha passado por isso, mas pode ter certeza que um dia passará. Eu já passei por isso algumas vezes em várias situações e essa dúvida, pode acreditar, é cruel.
Como ter certeza de que o caminho que está sendo tomado é realmente aquele que devemos tomar? Não há como.
Sempre teremos que arriscar, na maioria das vezes, jogando no escuro, apostando em suposições e incertezas, em convicções, em ideais, em esperanças. Quando estamos falando de coisas materiais como um emprego, uma faculdade, comprar algo ou qualquer coisa do tipo, é fácil saber, depois, se tomamos a atitude certa, pois ficaremos desgostosos com aquela escolha, veremos que não era exatamente o que queríamos, tal coisa pode não dar certo do jeito que imaginávamos etc.
Mas e quando essas escolhas, essas maneiras de se conduzir, envolvem outras pessoas? Envolvem sentimentos, relacionamentos? É muito mais difícil.
Quantas vezes já não me questionei: será que estou tão errado assim? Geralmente quem erra não vê seu erro com tanta facilidade, mas pode ter certeza que muito tempo já foi gasto refletindo sobre. Total inocência? Nunca, ser hipócrita não ajuda em nada. Mas e se a outra pessoa acreditar que ela está totalmente certa? Se ela repetir e repetir sempre que você está errado? Mas há um contraponto. Apenas ela e mais uma acreditam realmente que todo o erro consiste em alguém de fora deles dois. Todo o resto não vê as coisas dessa maneira.
Mas há um contraponto do contraponto. Eles não vivenciam, apenas ouvem. Como podemos dizer que não passamos apenas aquilo que queremos passar ainda que tentemos passar a realidade, ou aquilo que enxergamos dela?
Às vezes penso que o melhor a fazer é se conformar e aceitar que não vai mudar. Às vezes penso que devo fazer mudar. Mas se apenas um dos lados admitir que está errado enquanto o outro continua fielmente pensando que está certo, nada nunca vai se acertar.
O que se deve fazer então? Primeiramente, a nossa parte, que é o que podemos “comandar”. O que está fora de nosso controle... bem, não podemos fazer nada não é?
Orgulho, vaidade, medo de assumir os erros... grandes erros da humanidade. Mas o pior talvez seja a ilusão que uma pessoa pode fazer de si acreditando que ela não erra nunca.
Como alguém nesse mundo pode acreditar que todos os erros consistem nos outros? Pode ter a coragem de falar que é culpa dos outros a vida que está levando?
É difícil de acreditar, ainda mais quando tal pessoa tem acesso à informação, acesso a saber que as coisas não são do jeito que acha que são.
Bem, talvez coisas assim não se resolvam em períodos tão curtos de tempo quanto o é apenas uma vida, ainda mais quando não sabemos o que foi feito nas que se passaram...
O jeito é continuar tentando.

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