Você já parou para pensar no que é realmente a consciência?
Muitos a confundem com o consciente. Estão errados. Eles são coisas um tanto diferentes.
E o subconsciente (ou inconsciente)? Você acredita na sua existência, certo? Alguns acreditam, outros não, mas o fato é que ele exerce muita influência sobre o nosso consciente, sobre os nossos atos.
Vamos falar um pouco sobre esses dois lados da nossa mente.
O consciente é aquele que está desperto na maior parte do tempo. É quem toma as decisões, avalia as possibilidades, aprende, enxerga, analisa o mundo à nossa volta. O consciente seria aquilo que nós chamamos de “eu”.
Quando você fala “eu sou assim”, “eu gosto disso”, “eu agiria deste jeito”, você está falando sobre gostos e ações do seu consciente, de, como algumas pessoas falam, de você próprio.
Mas e naquelas situações onde fazemos coisas que, segundo nós, não sabemos porque fizemos? Quando reagimos por instinto ou sem pensar? Quando dizemos algo que não estávamos nem pensando no momento, simplesmente abrimos a boca e aquilo sai?
Esse é o seu subconsciente.
Ele tem muito mais influência sobre as suas escolhas do que você imagina. No subconsciente estão guardados os nossos instintos, nosso medos, angústias, desejos, vontades. Eu acredito até que o subconsciente é que é o nosso verdadeiro eu, ainda que não possamos nunca desprezar os gostos do consciente.
É que no subconsciente é que estão guardadas aquelas vontades que você tem vergonha de falar, ou também aquele gosto por aventura, aquele desejo secreto por algo ou alguém.
O consciente é influenciável por fatores externos. Ele está sujeito ao crivo da razão e da “lógica”, se importa com o que os outros dizem e pensam para formar os seus gostos, ainda que você diga que não se importa com isso. Pode até não se importar agora, mas quando houve a formação dos seus gostos, eles foram sim influenciados pelo externo, pelas outras pessoas, pelo que elas pensam e gostam.
O subconsciente não.
Ele não se influencia por outros. Ele quer aquilo, gosta daquilo, e ponto. Por isso que as pessoas têm tanto medo de seguir seus instintos, de se entregar aos desejos, pois têm medo de serem julgadas.
Só que, em um assalto, por exemplo, você sabe qual seria a sua reação? Todos sempre dizem que não, e isso é verdade, apenas quem já passou por um sabe como agiria. Às vezes você é uma pessoa completamente pacífica e, assim que é anunciado o assalto, você parte pra cima do assaltante. Às vezes você se acha muito corajoso e se acovarda em frente ao perigo. Talvez, também, você consiga manter-se sob controle e agir conforme a situação, conciliando consciente e subconsciente para fazer o que for preciso: não reagir ou reagir.
Em situações de extrema tensão, quem manda em você é o seu subconsciente.
Mas então não podemos mudá-lo? Ele existe e somos reféns dele?
É claro que não. Ele é você, faz parte de você, é você quem manda nele, não ele em você, pois existe algo acima disso: é a consciência.
Junção do consciente e do subconsciente, a consciência é o que nós somos de verdade, a consciência somos nós realmente.
O consciente é fácil de mudar, desde que tenha força de vontade e determinação. O subconsciente já é mais difícil. Exige muito mais força de vontade, auto controle e também, acima de tudo, um auto conhecimento relativamente bom.
Para você mudar seu subconsciente, suas vontades e instintos, você precisa, primeiro, conhecê-los. Após obter esse conhecimento, precisa treinar sua mente e corpo para que algo se torne instintivo, se for isso que você quiser, ou fazer com que você não seja mais “refém” de uma vontade enraizada na sua mente.
Tudo é uma questão de treino. Você pode sim, é só você querer.
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