24 de outubro de 2010

Um mundo selvagem


Ainda não publiquei o primeiro livro (o que tenho certeza que vai acontecer), mas aqui está um pequeno pedaço do segundo... ^^ (ele não tem nome ainda..)
O redemoinho negro e vazio, opressor, acabou tão de repente quanto começou. Dessa vez não caí no chão. Apareci no meio do ar naquele novo mundo. Ou seria o mesmo? A aurora não estava mais ali. Nem mesmo a escuridão. Ao meu redor, uma fortíssima tempestade de neve caía dos céus. Tão forte era, que eu não conseguia ver nem mesmo alguns metros à minha frente.
Olhei para trás. O portal ainda estava lá, em seu vácuo misterioso, flutuando em meio ao ar, sua matéria girando lentamente em torno da força que a sustentava. Alguns flocos de neve entravam por ele e eram outros como esses que eu tinha visto lá no longínquo mundo dos elfos.
Novamente minhas runas saíram dos meus bolsos e ficaram orbitando o espaço ao meu redor. Aquele realmente não devia ser um mundo seguro. Mas eu estava confiante. Uma confiança cega gerada pelas minhas novas habilidades e capacidades e que poderia ser fatal para mim.
Com receio de anunciar minha presença a qualquer coisa que pudesse estar ali, evitei acender uma runa ou fazer a neve parar de cair ao meu redor para que eu pudesse enxergar melhor.
Meu coração batia com força, uma mistura de medo, receio e adrenalina. Comecei a caminhar, sem ter nenhuma noção de para onde seguir. Resolvi, não sei porque, continuar em linha reta saindo do portal. Enquanto aquela tempestade não acabasse, eu não teria como me localizar ou descobrir uma direção para seguir. Mantive o ar ao meu redor aquecido de modo que não morresse de frio e segui em frente com firmeza, andando rapidamente, sentidos completamente alertas para qualquer coisa que pudesse aparecer. As runas continuavam ao meu redor, pressentindo o perigo.
Há um bom tempo eu já não podia ver o portal e não sabia se podia encontrá-lo de novo. Na pior das hipóteses, eu estava preso naquele mundo.
Não sei exatamente quanto tempo eu andei, nem que distancia percorri, mas tentei seguir a linha mais reta possível. Ouvi então passadas muito rápidas se aproximando pelas minhas costas. Pareciam ser dois pares de pés compassados, o que poderia ser tanto duas pessoas como um ser de quatro patas. Apostei na segunda opção. A presença da criatura era grande – tanto física quanto mágica. Me virei rapidamente me preparando para enfrentá-la e fui surpreendido por algo gigantesco voando na minha direção. Estava rápido demais – incrivelmente rápido. Não consegui me desviar a tempo.
Ela me acertou em cheio no peito com uma força descomunal. Voei para trás e cai no chão de costas com um baque macio. A coisa estava rápida demais. Passou por cima de mim e foi cair mais longe.
Me levantei depressa, atordoado com a força do impacto. Eu podia sentir as patas daquilo no meu peito como se ainda estivessem ali. Cinco unhas grandes ao redor de patas fortíssimas e macias e que iam da minha clavícula até quase o fim das minhas costelas.
O animal já tinha se virado para me atacar de novo. Parecia um urso, mas era mais esbelto, o corpo bem mais magro e definido, forte, ágil. Um longo focinho cinza deixava expostos caninos tão longos quanto facas, mais afiados que uma espada.
As runas ainda giravam ao meu redor e eu me perguntei porque elas não haviam disparado. E também não disparavam agora.
O lobo estava de frente para mim, já correndo, preparando o próximo ataque. Não era um lobo comum. Realmente tinha quase o tamanho de um urso pardo, mais de um metro de altura, uns três de comprimento.
Era maior que o maior dos tigres.

1 comentários:

Phamela Silva disse...

segundo livro ? ah meu Deus, que demais !
demais mesmo !

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