15 de agosto de 2011

Os Dragões

   
“Herdeiros da Luz – O Início da Guerra das Sombras é um livro que desperta muitos sentimentos, muitas emoções. Você vai rir e chorar, se emocionar, sofrer, sentir o amor e a felicidade, vai odiar... Acima de tudo, vai viver as emoções de William junto com ele, vai entrar na história desta Guerra e, de uma hora pra outra, estará vivendo-a.
Acesse o blog oficial: http://herdeiros-daluz.blogspot.com e conheça esse universo.”
Quando começou? Onde? Como? Por quê? São tantas perguntas que não possuem uma resposta satisfatória...
Vou contar tudo o que eu sei, com o máximo de detalhes que puder, mas adianto que nem tudo vou conseguir explicar. Acho que talvez a pergunta que mais desejamos uma resposta é o “porque”. E é exatamente a mais difícil de se responder...
Porque tanta destruição? Porque tanto sofrimento, massacres, tantas mortes? Eu não sei... Eu não sei, merda, não sei porque resolveram vir logo para este orbe, porque resolveram fazer tudo isso com tantas pessoas inocentes...
Vamos tentar descobrir juntos, só que precisamos pensar em outra pergunta também: Quem.
Mas não agora. Vou começar pelo “Quando”, ainda que essa também seja uma resposta incerta.
O nosso “Quando” começou vários milênios atrás, em um lugar muito, mas muito longe daqui, do outro lado dos universos...
Não se pode dizer uma data exata, nem mesmo o século em que tudo começou, pois é algo muito incerto, há muito poucos que podem se lembrar de quando e como tudo começou. Posso afirmar apenas uma coisa: o lugar.
Foi em um orbe que ficava em um lugar completamente diferente do nosso. Não era um canto esquecido do universo, mas algo perto do seu centro povoado de estrelas.
O sistema onde se localizava o orbe possuía vários “sóis”, muito maiores que o nosso. O orbe também era muito maior do que o nosso, com a maioria dos mundos sendo muito mais evoluídos material e espiritualmente do que os nossos. As espécies que lá habitavam eram fantásticas e, por causa da grande incidência e de luz solar em alguns pontos, algumas nem mesmo dormiam.
O orbe viveu em uma paz relativa (tendo apenas suas guerras internas entre seus povos) por dezenas de milhares de anos, evoluindo, desempenhando seu papel no universo.
Mas não durou para sempre e é nesse ponto que os fatos se perdem, tornando-se nebulosos.
Algo aconteceu. Não se sabe exatamente o que nem de onde, mas sombras encobriram os sóis por vários dias, nuvens revestiram os céus, a atmosfera ficou densa, pesada, e isso foi sentido em todos os mundos paralelos daquele orbe. Algo estava indo para lá, algo havia chegado.
Depois de algum tempo tudo pareceu voltar ao normal, mas nunca mais seria o normal. Os Dragões haviam chegado. Eles haviam vindo de algum lugar, talvez de algum canto dos universos, ou talvez de algum lugar para além dele, nas trevas que envolviam os limites ou não de espaços tão gigantescos. Talvez tenham vindo de dimensões além das materiais, dimensões paralelas que não possuem suas próprias dimensões materiais. Eu não sei, ninguém sabe. O fato foi que os Dragões chegaram lá.
Qual era o nome de “lá”? Não sei. Há apenas um único ser que era daquele planeta ainda vivo, e ele não se lembra mais o nome de onde nasceu.
As guerras começaram.
Destruição e morte para todos os lados, sombras onde antes havia apenas luz, desesperança, solidão, terror... Os Dragões eram numerosos, muito numerosos e, de algum jeito, conseguiram influenciar nas dimensões materiais daquele orbe com muito mais intensidade do que fazem no nosso. Mataram, exterminaram e aniquilaram, e ninguém nunca soube o motivo que os levou a fazer isso. Eles simplesmente chegaram lá e começaram a matar. Mas, qualquer que fosse o objetivo deles, talvez eles tenham ido longe demais.
Eles interferiram drasticamente em todos os mundos, sem volta. O interior dos planetas se agitou na maior erupção vulcânica, nos maiores terremotos que qualquer lugar já havia visto. Os planetas moveram-se em suas órbitas, saíram de seus caminhos, separaram-se uns dos outros.
Os Dragões eram tão poderosos e foram tão estrondosos em seus poderes, em sua magia, que afetaram a tênue ligação que separa os mundos.
O tecido do universo se rasgou, cada planeta foi para um lado, separando-se irreversivelmente uns dos outros, rumando na direção daquilo que antes lhes dava vida, aquilo que devia permanecer distante deles.
Os universos se esticaram ao máximo, então cederam naquele ponto, abalando-se por completo, a ação dos Dragões refletindo-se em cada ponta, em todos eles. Um gigantesco buraco negro, que levava apenas ao vazio infinito do que há além daquilo que deve existir, se formou no ponto central de ligação dos mundos. Ponto esse que não ligava mais nada. Os planetas viajaram velozmente em direção aos sóis e chocaram-se com eles, sendo engolidos completamente.
Por alguns instantes depois de todos os planetas terem sido engolidos, tudo permaneceu em silêncio. Os Dragões reinando em sua estranha matéria no alto de tudo, apreciando seu feito. Que aparência eles tinham? Ninguém sobreviveu para contar.
E então houve a explosão. As estrelas se contraíram e depois explodiram, cada uma de uma vez. O buraco negro aumentou e sugou tudo o que havia ao redor. Os Dragões, que haviam perdido o controle de tudo há muito tempo, apenas puderam ver a destruição que eles causaram rumando para eles. Não havia como fugir.
Foram atingidos e quase destruídos, sugados para o nada de onde talvez tivessem vindo. Mas conseguiram fugir. Fracos, muito mais fracos do que haviam sido, sem alguma parte fundamental do ser deles, eles rumaram pelo espaço.
Eles vieram para cá.

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