15 de dezembro de 2010

A lógica do abstrato


Enquanto eu escrevia outro texto, tive a idéia de fazer esse. Vou recapitular o trecho que me trouxe a inspiração.
Eu falava de mim, da minha mente e forma de pensar nas coisas. Como você analisa os fatos ao seu redor? Como interioriza esses fatos? Como aprende com eles? Como encara a vida?
Cada um tem a sua forma.
A minha é ao mesmo tempo duas completamente diferentes (para a maioria das pessoas), mas que para mim, mesmo elas parecendo ser o extremo uma da outra, se encaixam perfeitamente bem.
Primeiramente, minha mente funciona sempre de uma forma lógica.
Até mesmo quando estou andando na rua, no shopping, onde quer que seja, eu estou meio que fazendo “cálculos”, procurando o melhor e mais rápido caminho, se vale a pena eu ir mais devagar e em linha reta ou ir rápido costurando pelo meio do povo, ou se eu vou chegar suado se andar rápido ou se vai dar na mesma se eu for devagar e assim posso ir rápido mesmo que chego mais depressa (ta, eu sei, sou estranho mesmo, já aceitei isso).
O fato é que eu penso sempre de uma forma exata. Mas, ao contrário das pessoas da minha área, eu tenho imaginação (e muita, pode ter certeza). Ao mesmo tempo em que eu consigo resolver uma integral (não queira saber o que é isso) eu também posso escrever um livro de ficção (fato que já foi consumado, diga-se de passagem). Posso arquivar e desenvolver três histórias diferentes na minha cabeça e escrevê-las sem confundir uma com a outra ou uma atrapalhar no desenvolvimento da outra.
Minha mente é muito abstrata também.
Só que abstração e lógica não são coisas que andem sempre separadas. Não, são não!
A abstração possui lógica! Assim como a lógica pode ser abstrata. Eu posso associá-las e encontrar sentido nos dois casos. Se você ler o meu livro, vai ver isso.
Nele eu falo sobre magia e, ao contrário das outras histórias onde ela se envolve, na minha ela possui lógica (ainda que seja algo abstrato). Nada de palavras inventadas ou feitiços que se contradizem, tudo tem nexo e pode ser compreendido, sem nunca cair em contradição, pois eu busco compreendê-la e explicá-la através de conceitos reais, científicos. Se eu crio algo que não tem muita lógica, eu penso sobre o assunto até encontrar uma explicação lógica para ele (e olha que eu encontro hein!).
Outra coisa. Ao mesmo tempo em que eu leio um livro, posso pensar em algo totalmente diferente sem perder o conteúdo das palavras à minha frente. Posso cantar em inglês enquanto escrevo um texto em português. Posso ler enquanto ouço alguém falando comigo e compreender as duas coisas.
Porque isso?
Também queria saber... sempre funcionei assim, meio estranho, talvez aja algum problema comigo, mas uma coisa que eu acho que influenciou muito, é que sempre fui muito criativo, sempre exercitei muito a minha imaginação. Quando era pequeno, podia passar horas brincando apenas na minha mente, sem cansar, criando histórias sem fim (isso não se resume apenas à infância! XD).
As pessoas, quando crescem, deixam a imaginação de lado, acham que isso não é “coisa de adulto”. Na verdade, não é, pois se ser adulto é ser igual ao conceito que criamos de adulto, prefiro ser criança para sempre, assim pelo menos eu vou ser feliz.
Não imponha barreiras à sua mente. Dentro dela ninguém pode mexer, então, não tenha vergonha de si. Dê asas à sua imaginação, exercite-a, assim você será uma pessoa que pensa muito mais rápido e pode encontrar muito mais soluções que outras por aí.

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