Quando se trata dela, muitas coisas são
impossíveis de acontecer. Entre estas muitas, podemos considerar os verbos “esquecer”,
“odiar” ou “separar”, e também conjugações como “deixar de amar”. Essas são
coisas que, de certa forma, podem ser mensuradas. Têm classificações e
explicações, significados, motivos para não acontecer e outros imaginários que
poderiam fazer com que tais verbos se tornassem realidade. Há uma coisa, porém,
que tem sua impossibilidade resumida na impossibilidade de mensurá-la. Tal coisa
é o tempo.
Como medir o tempo passado ao lado dela?
Talvez esse tempo até pudesse ser quantificado caso eu tivesse uma mente como a
de um computador, que gravasse inexoravelmente cada segundo vivido por mim. Mas
eu não a tenho, e, assim, posso gravar apenas o tempo que se passou...