28 de julho de 2011
As vidas do segundo
26 de julho de 2011
Um mundo injusto?
25 de julho de 2011
Ao escritor
5 de julho de 2011
Aos oito com um cinco
Sabe, quando eu estava lá pelos meus seis, sete anos, eu não gostava do oito. Não me pergunte o porque, mas eu não gostava do oito. Eu acreditava plenamente que eu ia passar dos sete direto para os nove. Ah sim, porque do número nove eu sempre gostei.
Isso com certeza não aconteceu, mas acho que acreditei tão fielmente nisso que mal notei que tive oito anos. Lembro dos sete e dos nove, dos oito não.
Mas hoje o oito é um número muito importante. Importante por vários fatores, mas primeiramente porque ele marca, assim como aquele que eu não queria que chegasse, a passagem do tempo.
Naquele, eram anos de vida.
Esse, são meses de renascimento.
Oito meses.
Oito meses que eu tomei uma decisão. A decisão. Com certeza uma das mais importantes da minha vida. Com certeza.
Quantas mudanças já não decorreram de tão simples passo, de tão poucas palavras...
“Quer namorar comigo?” a pergunta se formou nos meus lábios quando o vento começava a soprar arrastando consigo gotas frias de uma chuva que ameaçava afogar a todos.
“Sim”.
No fim, não foi tudo o que prometia.
A chuva, não as consequências da pergunta e da resposta.
Dessas últimas, foi muito mais.
Muito mesmo.
E oito meses depois, em um dia frio, mas nem tanto, de um céu praticamente limpo, gotas, pequeninas e frias ao toque caíram ao nosso redor, como que imitando o dia do pedido. O dia da resposta.
Olhei para cima ao primeiro “toque” e vi apenas estrelas. De onde vieram as gotas? Não sou eu que vou saber te responder, mas elas estavam lá, tocando minha pele, ressoando seus baques em meus ouvidos, molhando o chão ao redor. No céu, realmente, havia uma estrela que brilhava mais.