Gustavo dos Reis
31 de março de 2011
O Pecado (?) do desejo
30 de março de 2011
Continuação de "Seria coragem ou covardia?"
No momento em que preparava o “salto”, algo em fez parar. Recuei instintivamente o pé do vazio e abri os olhos. Eu sentia algo diferente dentro de mim, uma estranha pulsação. Meu coração continuava batendo descontroladamente, mas a pulsação não era dele, parecia vir de algum lugar mais fundo no meu ser.
Olhei em volta, procurando alguma coisa, mas não havia ninguém ali, eu estava sozinha.
Olhei novamente para a frente. A paisagem era linda, linda mesmo, e eu não tinha percebido até aquele momento. O céu azul se estendia infinitamente para a minha frente, perdendo-se no horizonte, fundindo-se ao mar que refletia sua cor ao longe. As ondas quebravam em silêncio na praia no seu movimento constante de ir e voltar, sempre movimentando-se.
Meu corpo se arrepiou por completo de uma vez só e eu estremeci bruscamente, senti frio e calor, um aperto no peito, um sentimento que me fez ter vontade de chorar.
Estava tudo muito silencioso.
Senti as lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto, embaçando levemente a visão enquanto saíam dos olhos.
Uma linda borboleta passou pela minha frente. Era de um azul maravilhoso, ainda mais intenso que o céu acima de mim. E era imensa. Devia ter vários centímetros de uma asa à outra. Ela voou ao redor do meu corpo e quando passava pela minha frente, olhei para baixo e vi uma lágrima caindo sobre suas asas. Ela se desequilibrou no vôo e eu instintivamente estiquei as mãos para ampará-la. Segurei-a com delicadeza e ela não fugiu de mim. Levantei-a à altura dos olhos, sentindo suas finas pernas na minha mão, praticamente sem peso algum. Ela sacudiu suas asas e esvoaçou alegremente pelo ar mais uma vez.
As lágrimas começaram a cair com ainda mais vontade pelo meu rosto e eu não conseguia controlá-las. Um soluço sacudiu com força o meu peito. O que eu pensava que estava fazendo? Como podia desistir de uma vida como essa? De um mundo como esse, tão belo? Apenas porque eu tive alguns problemas, não significava que eu tinha o direito de acabar com a minha vida.
Olhei para baixo e fiquei tonta. Eu estava no topo de um prédio muito alto. Dei um passo atrás, perdendo um pouco o equilíbrio.
Percebi que estava sem ar nos pulmões. Inspirei com força, enchendo os pulmões de vida. Eu não queria morrer, não podia morrer naquele momento. Não! Haviam tantas coisas que eu ainda queria fazer! Viajar pelo mundo, fazer uma faculdade, me casar, ter meus filhos... e eu seria com eles totalmente diferente do que meus pais foram comigo.
Dei outro passo atrás, me afastando da borda. Nesse momento, ouvi um movimento atrás de mim que me assustou, logo em seguida, uma voz falou.
- Não faça isso.
Me virei bruscamente, buscando enxergar o estranho, o coração ainda mais acelerado. Dei um passo inconsciente atrás. Mas dessa vez o atrás era o vazio.
Meu pé se apoiou apenas na borda do prédio e eu perdi o equilíbrio. Era um homem que tinha me chamado. Ele viu que eu caía e já estava correndo na minha direção, gritando, mas eu não ouvia nada, só sentia meu corpo perdendo o peso e caindo pelo ar. Joguei meu corpo pra frente, tentando buscar um ponto de apoio, mas eu não consegui, eu estava caindo e caindo. E ia morrer.
E então eu não pude deixar de acreditar que Deus existe, ainda que esse pensamento pareça ter sido um pouco ilógico no momento.
O homem – na verdade era um rapaz da minha idade, talvez – conseguiu me alcançar antes que eu ficasse abaixo do nível do parapeito. Segurou com firmeza no meu braço, mas sua mão escorregou e desceu até a mão. Senti que minha mão escorregando também. Ele esticou o outro braço, debruçado no parapeito, metade do corpo pra fora do prédio também, e segurou no meu antebraço.
- Não vou te soltar!
Sua voz era suave, ainda que exaltada pelo esforço. A primeira coisa que notei foram os seus olhos. Eram azuis, lindos olhos azuis. Não pude deixar de reparar na diferença com os olhos negros.
Ele recuou seu corpo, buscando um ponto de apoio sem afrouxar o aperto em mim que até machucava um pouco, mas o que era essa pequena dor em comparação com a morte? Segurei firme na mão que segurava a minha e agarrei seu braço com o meu outro.
Ele lentamente se ajoelhou no parapeito, içando-me com ele. Com um esforço enorme, pôs os pés no chão, agachado. Não pude deixar de notar como ele era forte, ou pelo menos determinado. Estava arriscando a própria vida para salvar uma estranha.
Começou a se erguer lentamente com as pernas e eu fui subindo junto. Ele me puxou com os braços também e eu ajudei, fazendo o máximo de força com os meus.
Foram longos minutos, mas ele conseguiu me erguer o suficiente para eu colocar um pé no parapeito. Daí, ele se jogou para trás com força e me levou junto. Giramos no ar e ele me agarrou pela cintura, colocando seu corpo embaixo do meu para me proteger da queda. Senti o baque do seu corpo no chão, mas foi macio.
Eu estava nos braços de um estranho, deitada no chão em cima dele, e ele acabara de salvar uma vida que eu achava perdida.
Ele olhou fundo nos meus olhos, ofegante. Eu sorri tremulamente para ele e comecei a chorar incontrolavelmente.
É, Deus existia sim.
29 de março de 2011
25 de março de 2011
Seria coragem ou covardia?
23 de março de 2011
Night of the hunter
22 de março de 2011
1) O Balão
Havia certa vez um homem navegando com seu balão, por um lugar desconhecido. Ele estava completamente perdido, e quão grande foi sua surpresa quando encontrou uma pessoa...
Ao reduzir um pouco a altitude do balão, em uma distância de 10m aproximadamente, ele gritou p/ a pessoa:
- Hei, você aí, aonde eu estou???
E então o jovem respondeu:
- Você está num balão a 10 m de altura!!!
Então o homem fez outra pergunta:
- Você é estagiário, não é???
O rapaz respondeu:
- Sim, Puxa! Como o senhor adivinhou?
E o homem:
- É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...
Então o Estagiário pergunta:
- O senhor é chefe no seu trabalho, não é???
E o homem:
- Sou..., Como você adivinhou???
E o rapaz:
- Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe o que fazer e ainda quer colocar a culpa no estagiário...
2) Remédio para Tosse
O farmacêutico entra na sua farmácia e repara num homem petrificado, com os olhos esbugalhados, mão na boca, encostado em uma das paredes. Ele pergunta para ao estagiário:
- Que significa isto? Quem é esse cara encostado naquela parede?
O estagiário:
- Ah! É um cliente que queria comprar remédio para tosse.
Ele achou caro, então eu vendi um laxante.
O farmacêutico:
- Você ficou maluco? Desde quando laxante é bom para tosse?!?!
O estagiário:
- É excelente. Olha só o medo que ele tem de tossir...
3) Dúvida de Presidente
Um presidente de empresa, casado há 25 anos, está na maior dúvida se transar com a mulher dele, depois de tanto tempo, é trabalho ou prazer. Na dúvida, liga pro diretor geral e pergunta.
- Para eu, transar com minha mulher depois de 25 anos de casado, é trabalho ou prazer?
O diretor liga pro vice-diretor e faz a mesma pergunta.
- Para o presidente, transar com a mulher dele depois de 25 anos de casado, é trabalho ou prazer?
O vice-diretor liga para gerente geral e pede para que responda se é trabalho ou prazer quando o presidente da empresa transa com a mulher dele, depois de 25 anos de casado. E assim segue a corrente de ligações, até que a pergunta chega no jurídico e o advogado chefe, pergunta para o estagiário que está todo afobado, fazendo mil coisas ao mesmo tempo:
- Rapaz, você tem um minuto para responder: Quando o presidente da empresa transa com a mulher dele, depois de 25 anos de casado, é trabalho ou prazer?
O rapaz imediatamente, com convicção, responde:
- É prazer!
O advogado chefe, impressionado pela agilidade e convicção da resposta do rapaz, indaga.
- Ué? Como é que você pode responder isso com tanta segurança?
O rapaz, que é estagiário, diz:
- É que se fosse trabalho já tinha mandado eu fazer.
O que aprendemos com a tragédia no Japão
Dias atrás, a humanidade foi mais uma vez subjugada pelas forças da natureza, que em mais um ato de fúria vem nos cobrar a conta pelo descaso com que vem sendo tratada pela espécie humana.
Um terremoto de 8,4 na Escala Richter, seguido de um Tsunami, devastou diversas cidades e ceifou a vida de milhares de pessoas.
Se, por um lado compartilhamos a dor que se abateu sobre os japoneses, por outro, em momentos como esse, percebemos o quanto temos a aprender com os nossos irmãos da cultura oriental.
Um primeiro ponto: “A capacidade de estabelecer uma visão de futuro e se preparar para as possíveis dificuldades”.
Esse terremoto vem sendo previsto, esperado e estudado há 3 décadas. Isso mesmo, há 30 anos que os japoneses se prepararam para uma tragédia.
Esse planejamento prévio, que se reflete nas estruturas especiais das construções, nos meios rápidos de comunicação de catástrofes e nos sistemas de socorro fizeram com que o terremoto no Japão, apesar de ser 900 vezes pior do que o ocorrido no Haiti no ano passado, fizesse um estrago infinitamente menor.
Mas, existe ainda um segundo, e mais impressionante, ponto a ser analisado: “A atitude das pessoas diante das dificuldades.”
As imagens da TV mostravam uma quase inexplicável capacidade de resignação das pessoas frente a tão adversa situação.
Os depoimentos da população no dia seguinte ao terremoto deixaram claro para todo o mundo que o povo japonês, apesar da dor, da angústia e das incertezas inerentes a momentos como esse já começavam a trabalhar na reconstrução do país, pensando nas soluções e não nos problemas.
Mesmo diante de uma possível crise nuclear, que seria catastrófica para o país, o governo japonês tem procurado agir com seriedade e transparência.
Por incrível que pareça, não foi registrado nenhum caso de saque. Não houve baderna, correria ou empurra-empurra.
Em momento algum eu vi um japonês ou uma japonesa que tenha perdido sua casa, seus bens ou até mesmo seus familiares gritando, esperneando, arrancando os cabelos ou fazendo qualquer escândalo como forma de lidar com o seu inconteste sofrimento.
Quando vi a imagem de um grupo de senhoras idosas sentadas na calçada se protegendo do frio com cobertores doados pela prefeitura, de forma tão paciente e resignada, não pude deixar de pensar na maneira como o povo brasileiro lida com situações similares.
Ao ver as pessoas pacientemente esperando em filas enormes para usar um telefone público e avisar aos seus angustiados familiares que estavam vivas, não pude deixar de me recordar dos inúmeros relatos de abusos e desvios de doações destinados aos nossos irmãos vítimas das chuvas no Rio e
Diante dos fatos, sinto que o mínimo que posso fazer é elevar as minhas vibrações ao povo japonês desejando que superem com a maior agilidade esse momento difícil, agradecer por mais essas lições de disciplina, determinação e superação e torcer para que o nosso amado povo brasileiro consiga aprender algo com essa tragédia.
21 de março de 2011
Muita gente precisa ler isso:
O que é amor?
A palma de sua mão fica suada, seu coração acelera, e sua voz fica presa no peito? Isso não é amar, é gostar. Você não consegue manter seus olhos ou suas mãos longe dessa pessoa, estou certa? Isso não é amor, é desejo. Você esta orgulhosa, ansiosa para mostrá-la? Isso não é amor, é orgulho. Você gosta dele por que você sabe que ele está lá? Isso não é amor, é solidão. Você está lá por que é o que todo mundo quer? Isso não é amor, é lealdade. Você está lá por que ele te beijou ou segurou sua mão? Isso não é amor, é insegurança. Você continua com ele por causa de suas confissões de amor e por que você não quer machucá-lo? Isso não é amor, é piedade. Você continua a pertencer a ele por que vê-lo faz seu coração pular? Isso não é amor, é paixão. Você perdoa os erros dele por que você se importa com ele? Isso não é amor, é amizade. Você daria todas as suas coisas favoritas em consideração por ele? Isso não é amor, é caridade. Seu coração quebra e dói quando ele está triste? Então é amor. Os olhos dele veêm seu verdadeiro coração e tocam sua alma tão profundamente que dói? Então é amor. Você continua com ele por que uma cegante e incompreensível mistura de dor e conexão puxa você pra perto e te segura lá? Então é amor. Você aceita os erros dele porque são parte de quem ele é? Então é amor. Você se sente atraída à outros, mas continua com ele fielmente e sem se arrepender? Então é amor. Você daria a ele seu coração, sua vida, sua morte?
Pense nisso por um segundo.
Dominatrix
Dominatrix
Com certeza você já ouviu a frase “A mente domina a matéria”. Ainda mais se você já leu Crepúsculo. Mas não vim aqui hoje para fazer uma paródia ou questionar os motivos que levam um vampiro a não querer comer (não apenas no sentido literal) um jovem humana indefesa. É claro que os apelos da carne são muito fortes, (ainda mais para um vampiro vegetariano) porém uma mente determinada pode superar e dominar qualquer instinto.
Saindo um pouco da mente, vamos ao corpo.
Todos concordam que o que fizeram com os negros e índios no Brasil (sim, eu acredito que os índios foram escravizados. Você acha mesmo que eles tinham como se rebelar usando arcos, quando os portugueses tinham armas de fogo?) foi totalmente vil e desumano. Eles escravizaram e torturaram, porém, o domínio do corpo não é o pior e nem mesmo o mais cruel, pois não somos carne, e sim espírito. Matando a carne, você liberta o espírito, e assim não há mais escravidão.
O pior domínio que existe (você já deve estar imaginando) é o domínio da mente, retratado com perfeição no filme Matrix.
E porque ele é o pior? Simplesmente porque a pessoa que sofre tal tipo de domínio, não sabe que está sendo dominada. O último refúgio de um ser, toda a sua individualidade e existência, é a sua mente. Quando esta é escravizada, todo o seu ser também é.
Agora, você pode me dar absoluta certeza (o pleonasmo foi intencional) de que, neste momento, não vivemos em uma matrix? Tem certeza que pode? Prove então.
É, eu sei, isso é frustrante. Como podemos descobrir isso então? Não podemos, simples assim.
Quer dizer que é impossível escapar? Não. como já disse, não acredito que algo seja impossível (exceto talvez, o fato das sombras)*. O que devemos fazer então? Evitar que sejamos dominados.
Tenho certeza que, se você não acredita, conhece alguém que acredita em Adão e Eva. Agora, como toda a civilização pode ter vindo de um único casal? A genética nós jogamos no lixo não é? E as amazonas de Caim, saíram de onde? Brotaram do chão?
É isso que devemos fazer. Questionar sempre, como nos ensinou Sócrates.
Porque o céu é azul? Podia ser rosa não podia? Ou branco, amarelo – que é a cor do Sol – mas é azul. E você sabe por quê? Porque o Sol emite diversas ondas, cada qual com seu comprimento, e cada comprimento caracteriza uma cor, e a cor predominante é o azul.
E o mar, você sabe por que ele é azul? Azul é uma cor bonita, então, como pintamos nossos mapas dessa cor, ele resolveu nos imitar. Acho que não. Então... já sei! A água é azul. Encha um copo transparente com água do mar. Ela parece azul para você? Ainda mais se for da Praia Grande, aí é que não vai ser azul mesmo. A explicação é muito mais simples (tirando os casos em que ela é verde. Aí é outra história). O mar simplesmente reflete a cor do céu.
Está vendo como até mesmo as coisas simples nos fogem ao entendimento?
Milhões de pessoas, hoje em dia, sofrem desse tipo de domínio no nosso mundo, em graus diversos e de formas variadas. A televisão nos instiga a sermos quem não somos, agir como não queremos, e nós obedecemos às ordens do capitalismo sem questionar, comprando, gastando e nos tornando fúteis.
E porque?
Porque não sabemos usar o por que. Não sabemos por em dúvida, aceitamos sem pensar, nos deixamos dominar.
Mude sua forma de pensar, seja diferente, questione, liberte-se dos grilhões da escravidão. Não deixe que os outros lhe digam o que fazer, faça você mesmo o seu próprio caminho, escolha suas escolhas. Rebele-se (nem tanto) e não se deixe calar.
É você quem manda na sua mente. A sua mente é você.
"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados."
Mahatma Gandhi
20 de março de 2011
17 de março de 2011
Deixe-os serem o que quiserem!
16 de março de 2011
15 de março de 2011
Pray for Japan
You gotta find a way
Yeah, I can't wait another day
Ain't nothin' gonna change
If we stay around here
I gotta do what it takes
'Cuz it's all in our hands
We all make mistakes
Yeah, but it's never too late to start again (yeah yeah)
Take another breath
And say another prayer
And fly away from here
Anywhere
Yeah, I don't care
We just fly away from here
Our hopes and dreams
Are out there somewhere
Won't let time pass us by
We'll just fly
If this life
Gets any harder now
It ain't no never mind
You got me by your side
And anytime you want (fly fly fly)
Yeah we catch a train and find a better place
Yeah, 'cause we won't let nothin'
Or no one keep gettin' us down
Maybe you and I
Can pack our bags and hit the sky
And fly away from here
Anywhere
Yeah, I don't care
We just fly away from here
Our hopes and dreams
Are out there somewhere
Do you see a blue sky now
You can have a better ride now
Open your eyes
'Cuz no one here can ever stop us
They can try but we won't let them
No way-ay-ay-ay-yeah-ah
Maybe you and I
Can pack our bags and say goodbye
And fly away from here
Our hopes and dreams
Are out there somewhere
Fly away from here ( ya)
Yeah anywhere
Now honey, I don't I don't I don't care
Yeah we just fly...
We just fly (fly away)