Um aperto no peito...

Eu paro na frente de um papel em branco com apenas um sentimento nas mãos, na cabeça, no corpo, no coração... Minha mente é uma folha em branco. A imaginação deseja criar algo, tenta colocar em palavras tudo aquilo que estou sentindo, todo essa força dominadora, curadora que tomou conta de mim.

Queria simplesmente escrever algo bonito para ela...

Melhor. Quero viver algo bonito com ela. Mas para algo acontecer, antes ele precisa ser imaginado, planejado, mesmo que esse planejamento ocorra um segundo antes da ação, do momento.

Quero ter uma vida. E quero que ela esteja nela.

Quero correr por campos, por entre as árvores, em uma praia deserta à meia noite, deitar no meio de uma clareira e apreciar o Sol na nossa pele, entrar nas ondas de um mar calmo, sentir a força que rege o mundo ali tão perto de nós, deitar na areia e apreciar um pôr-do-sol único. Único porque será com ela que eu vou ver. Quero olhar as estrelas com seu corpo colado no meu, sentindo o cheiro da sua pele, de seu perfume, do seu cabelo, suas mãos quentes no meu corpo, sua respiração profunda no meu peito, sentir meu coração batendo ao ritmo do seu, sentindo meu amor pulsando intenso no peito...

Não quero pensar no futuro um pouco mais distante. Quero apenas pensar no próximo dia que irei vê-la, para aproveitá-lo ao máximo, para me apaixonar mais ainda, para amar cada vez mais e, quem sabe, fazer com que ela me ame mais também. Quem sabe o que pode acontecer até o final do ano? E no final do ano que vem? Muitas coisas podem acontecer e não vou sofrer por tais coisas, pois ainda não aconteceram, podem não acontecer, podem acontecer de um jeito diferente. Mas que dá um aperto no peito saber que elas podem acontecer, ah isso dá.

Quero sentir meu coração todo o tempo, por muitos dias, meses, anos à frente como o sinto agora. Feliz por ter podido beijá-la, abraçá-la, ter ouvido sua voz sussurrar: Eu te amo!

Eu também te amo. Muito.

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